Hélio Schwartsman > Godard reacende discussão sobre eutanásia e morte assistida Voltar
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Gostei do 'assustador' ,como a vida .O dever do estado é oferecer todo o auxÃlio possÃvel para estarmos seguros de nossas decisões , e só.
Eu já fui contra o aborto não sou mais! Pensando melhor, há pessoas que não devia ter nascido. Também já fui contra a descriminação das drogas, já não sou mais. Quem quiser se matar que faça isso. Sou a favor da eutanásia, desde que isso não seja por motivos banais.
Reacender discussão sobre eutanásia e morte assistida? Como assim? Vamos deslocar o sentido desta discussão e traze-la para o campo social e polÃtico no Brasil, deixando que cada indivÃduo tome a sua decisão de como pretende morrer face aos sofrimentos que a vida lhe impôs. O que assistimos não só no Brasil é a eutanásia impositiva pela fome, carências de todas as misérias que nos acompanham a séculos desde a escravidão. E sequer temos a coragem de aprofundarmos a morte assistida neste paÃs.
Sou totalmente favorável ao direito da pessoa decidir, de livre e espontânea vontade, o momento de morrer. Sendo exclusivamente eu a responsável por todos os meus atos, civil e criminalmente, em contrapartida também me é de pleno direito decidir não mais viver. A vida é minha. Ninguém é dono de ninguém. Nem governo, nem famÃlia, nem igreja, nem coisa nenhuma. Eu pago para viver e vou pagar para morrer. O corpo é meu. E a minha vontade é soberana. Afinal, sou eu quem vivo nele!
Schwartsman arrisca-se corajosamente num tabu. A tese da autonomia do indivÃduo é coerente com a História, contudo é também com a ética sob a proteção do Estado? À parte considerações religiosas afetas naturalmente apenas a seus crentes, há outras ideias que interditariam dispor-se da própria vida/corpo. Imagina-se que o Estado garantiria autoamputações, por exemplo? Ou caberia ao Poder Público defender o indivÃduo de si mesmo quando, possivelmente, há carência de saúde mental pura e simples?
Vcs são abjetos.
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