Hélio Schwartsman > O indivíduo e a modernidade Voltar

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  1. zilda bastos mello

    Uma pessoa que se encontra num estado de sofrimento, sejam quais forem as razões, estaria realmente livre para” sair da vida” e deixar outros sofrem?

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  2. DANNIELLE MIRANDA MACIEL

    Excelente!

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  3. xikito ferreira

    É, ampliação do conceito de indivíduo, com grandes vantagens e grandes desvantagens. Caro Helio, não diga que Godard assim não machuca muitos, nem prejudica a memoria do cinema

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    1. Peter Janos Wechsler

      Correto.

  4. João Paulo Zizas

    É capcioso tratar o abortamento a pedido como um direito oriundo da ampliação do conceito de indivíduo. A interrupção voluntária da gravidez é matar alguém quando a vítima ainda está no início da sua existência. É evidente que tal ação é um ataque à vida, a mais básica das garantias fundamentais do ser humano.

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  5. Nilton Silva

    Só Deus pode decidir a hora da nossa morte. O suicídio é pecado sem perdão, quem o comete vai direto pro inferno. (Rsrsrs) E ainda tem gente pensando como se pensava na idade média.

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    1. Marcos Benassi

      Bem, meu caro, parece que há muita gente que perde por esperar: pode ficar morrendo devagarinho, porque vai pro inferbo de qualquer modo... Hahaha!

  6. CESAR MONTEZUMA CARVALHO

    Cada um deve ter a liberdade de escolher o seu destino, pois se isso for errado, apenas ele sofrerá as consequências. Encaro a velhice como a última lição que Deus dará ao homem para refletir sobre a vida. Na velhice e já perto da morte talvez o homem entenda que a riqueza material, beleza física, aparência social e ego virarão pó, assim como ele...

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  7. José Cardoso

    Não vejo isso como um problema. Se uma pessoa quer mesmo se suicidar não há quem segure. Segundo a OMS, os idosos são o grupo populacional onde o suicídio é mais frequente.

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    1. Jorge Guimarães

      Seu comentário está um degrau abaixo do que o colunista propôs refletir. Trata-se de suicídio assistido, eutanásia. Procedimentos com suporte social e psicológico para o indivíduo e seus familiares.

  8. RAMON CARVALHO

    Nem todo mundo quer ser um Sísifo. Empurrar a pedra deve ser uma escolha, não uma imposição.

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    1. Marcos Benassi

      Boa. Representa bem nosso dilema: Sísifo ou Sifú? Hahahahah!

  9. Jorge Guimarães

    É um paradoxo sim. A evolução deu ao homem a noção de si, do espaço e do tempo. E, no entanto, isso não nos deu controle da passagem de nossas próprias vidas. Não pedimos ou decidimos nascer. Que, ao menos, tenhamos o direito de escolher como morrer.

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    1. Jove Bernardes

      Como e quando.

  10. Fernando Gomes

    O indivíduo pode ser explicado a partir da frase de Descartes - Penso logo existo. O contexto, no entanto era outro e a frase já não faz tanto sentido em um mundo que uma massa de indivíduos precisa lutar diariamente pelo direito de existir. O modernista acredita tanto em si próprio que não aceita o fato de envelhecer e se tornar passivo diante da vida e da sua perenidade. Não o condeno, mas existe um capacitismo que precisamos compreender nessa noção moderna da autonomia irrestrita.

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    1. Marcos Benassi

      Opa, isso é discussão de paga a pena. Fernando, o "direito de existir" deveria nos estar assegurado pelo contrato social - a luta por ele, já foi feita durante um ou dois séculos. A contemporânea, em princípio, seria por bem-estar, o que quer que entendamos por isso. Num mundo em que aumenta a longevidade, mas o corpo continua decaindo, não é, creio, a negação do ciclo natural: o controle sobre a própria morte é somente uma extensão das conquistas modernas. Mas dá pano pra manga, não?

  11. Mozart Cabral

    Será que um indivíduo longevo e lúcido deveria esperar o seu fim como o dos animais selvagens? A vida deveria acabar como uma folha seca que caí numa tarde de outono? Ou deveríamos ficar esperando que o deus nada termine os nossos dias de sofrimento, que na velhice se degradam irreversivelmente pela Segunda Lei da Termodinâmica? O suicídio é um problema filosófico que Godard agora resolveu.

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  12. Marcos Benassi

    Embora eu consiga perfeitamente entender essa percepção do controle sobre a própria morte como a culminação de um conjunto de direitos do indivíduo, caro Hélio, minha visão é oposta: é um direito tão básico quanto o dever de cuidar do próprio traseiro. Nem o Estado, nem meu vizinho, nem a igreja ou qualquer outra instituição são responsáveis pela minha vida: eu tenho que me virar, não é? Pois é perfeitamente razoável que eu possa determinar quando ela vai cessar.

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    1. Gaya Becker

      Sou totalmente favorável ao direito da pessoa decidir, de livre e espontânea vontade, o momento de morrer. Sendo exclusivamente eu a responsável por todos os meus atos, civil e criminalmente, em contrapartida também me é de pleno direito decidir não mais viver. A vida é minha. Ninguém é dono de ninguém. Nem governo, nem família, nem igreja, nem coisa nenhuma. Eu pago para viver e vou pagar para morrer. O corpo é meu. E a minha vontade é soberana. Afinal, sou eu quem vivo nele!

    2. Marcos Benassi

      Aliás, necessário complementar, não tem nada que ver com a doença terminal, eu como direito absoluto e não circunstancial. Estando ou não acamado, com dores excruciantes, reduzido a vegetal, o sujeito é sujeito de si, não objeto de outrem. Muito menos de nossos médicos, tão legais, que andaram receitando cloroquina por aí durante esses últimos anos.

  13. CL UDIO CASTELO DOS SANTOS

    A Falha gosta de dar voz a essas ideias. Mas sobre Deus não se pode falar.

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    1. Jove Bernardes

      Até agora só vi você dizer isso, hehehe.

    2. Marcos Benassi

      Uai, cludio, claro que pode. Não enchendo o saco alheio, "é tudo da lei', como cantava o Raul Seixas. Aliás, como dizia Aleister Crowley, o "Rei Demônio" na Inglaterra do final do século XIX.

    3. Jorge Ary Lima Martins Lima Martins

      Procure num jornal religioso.

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