Eita, compadre, que invertida: pois eu tô inconformado com os quarenta e coisinha que o Bozo atingiu. Cara, como tem mulher e preto votando no Bozo! impreCionante. Olha, não foi por conta disso, mas o Politely é do art blakey (não sei se é composição dele, mas gravou com o jazz messengers). Mas, já que o Bozo não é nada, nadica de polido, pode ter havido alguma influência espiritual no voto abrutalhado...

Votarei na Sônia Guajajara, é uma guerreira, defendendo os nossos biomas e os povos originários. Cinquenta oitenta e oito.

Há um outro motivo: talvez alguns deles não sejam (ou não pareçam) competentes. Aqui no RJ o Romário é favorito ao Senado mas tem uma imagem de pouca atuação, ao contrário do Molon, com uma presença muito maior nos telejornais nos últimos anos. Até que ponto a imagem mais favorável do último tem a ver com o branco de sua pele? Por outro lado, até que ponto os eleitores do RJ (maioria de afrodescendentes) escolhem Romário por uma identificação racial?

Michael França: a partir do momento em que seu artigo tem no título a conjugação do verbo na primeira pessoa do plural significa que você também não vota; tire-me desse "nós". Sinto que o que falta mesmo, "de verdade" é um Partido da Raça Negra: são a maioria dos brasileiros, devem mostrar a capacidade de prestar relevantes serviços à minoria que se julgam ser.

Os citados de sempre, objeto dos mesmos artigos os vitimizando, são minoria no olimpo da economia e política porque oferecem desempenho baixo na liderança ou não tem qualificação como os negros, raros capacitados.

Caro Michael, você apresenta os 8 candidatos das fotos como negros? Há duas mulatas; negro nao vi ninguém. Talvez seja e continue sendo esse o preoblema no Brasil. Negro é quem tem pele preta, quem tem traços negroides é mulato/mestiço, e quem nao tem é branco - e todos deveriam ter a mesma chance.

Michael, veja essa sequência. Há algum tempo, conversando com amigos comentei que o Paulo Preto, ex-diretor da Dersa-SP, havia sido acusado de corrupção. Um deles falou, "mas também, tinha que ser preto!", êpa, expliquei que era branco. Outro falou "mas tem preto no nome", não, é apelido, seu nome é Paulo Vieira de Souza, "mas que apelido!". Por aí vemos que tens razão, ainda há uma luta árdua pela frente!