Hélio, ao retratar as intenções de voto, as pesquisas induzem o futuro. Apontam preferencias, estigmatizam candidatos e em alguns casos até mudam votos. Erros gritantes é que são extrapolação já que apontam sempre para a mesma direção ideológica. Seria um viés politizado? Pela rapidez da apuração brasileira qual seria a vantagem da apuração boca de urna? (Claudia F.)

A forma como as pesquisas são utilizadas pelos meios de comunicação é que precisa mudar. Outra coisa, se existe uma margem de erro e o resultado ultrapassa tal margem, o problema é de metodologia. Mas parece que ninguém quer reconhecer os próprios erros. Políticos, partidos, institutos de pesquisa, etc jogam sempre com a memória curta da população.

Quando a pesquisa tenta obter dados a partir de mensuração (sobrepeso da população, po ex.) um dos erros, pequeno, na maior parte das vezes, tem a ver com a precisão do instrumento de medição (no caso a balança). Quando a pesquisa tenta obter informação sobre o que está na cabeça do entrevistado, um erro difícil de contornar é aquele associado à vontade do entrevistado de falar a verdade. Um eleitor que tem vergonha, ou não tem segurança do seu voto, tenderá a mentir.

Pesquisa boca-de-urna fazia todo sentido no tempo dos votos em papel, quando as apurações se arrastavam pela madrugada, em alguns estados duravam dias; lembro da eleição de 98, em que as pequenas cidades ainda votavam em cédulas e a definição do Mario Covas para enfrentar Paulo Maluf no segundo turno pra governador levou 5 dias. No domingo os votos começaram a ser contados aos milhões às 17 horas e às 20 já estava tudo definido. Boca-de-urna é recurso antigo, que morreu com as urnas eletrônicas.

1.2 Prezado, eu também acredito em pesquisas. Entretanto, não as do DataFolhA. A questão da magnitude do erro diz respeito ao viés amostral (de fontes diversas). Os erros, de diferentes institutos, não foram, em sua maioria, da magnitude gritante do DataFalhA. Ademais, friso que a FSP divulga uma série de pesquisas (não só políticas) de forma tendenciosa, de acordo com a ideologia do jornalista militante (não é o seu caso, meu caro).

2.2 Agora, por favor, em relação à proposta de solução parcial: qual seria a utilidade de uma pesquisa de boca de urna após a efetiva votação?? Seria mais racional (e econômico) esperar a própria apuração dos votos. Estatísticas, tendem a fornecer medidas de tendência do eleitorado. Quando falham em captar o que informa o teorema do eleitor mediano, certos vieses (e erros grosseiros) ficam mais difíceis de serem ocultados, como aconteceu.

Para governador e senador parece haver problema de metodologia ou amostragem. As diferenças foram muito altas para justifica-las apenas como mudanças e definições do eleitor nos últimos momentos.

Bem, Hélio, se os institutos quiserem, por honra da firma, fazer pesquisa de "teclado de urna", que façam; quero ver se alguém pagará pela irrelevância. Tal como você, não preciso de nada além da realidade: já se discutiu sobre os problemas demográficos das amostras, por ausência de censo; o senso de vergonha de alguns eleitores; a falta de senso de noção de quem votava numa proposta de centro e resolveu cair no colo do Bozo, intempestiva e descerebradamente. A questão é adequação metodológica.

Deveriam voltar aos bancos escolares isso sim a considerar que foi apenas incompetência. Há controvérsias...

O que os institutos podem fazer se os eleitores de Ciro resolveram correr para Nero no primeiro turno para tentar salvar o ídolo deles de perder no 1º turno? O voto útil virou o inútil para a democracia e nos jogou de novo no pesadelo interminável. A sombra do mal segue até dia 30, com todo tipo de armadilha que o governo vai colocar na frente da democracia. Políticos espertos fazem o povo cair nelas como patinhos. A classe média tem culpa, assim como Garcia, Castro, Zema, Ciro, Moro, ACM.

Em 2018, a pesquisa boca de urna foi fundamental pra eu decidir o meu voto no witzel (governador do rio), quando vi que ele podia ganhar eu mudei o meu voto para apoia-lo. Acredito que quanto mais info melhor

Me desculpe, mas não vejo o menor sentido em pesquisa de boca de urna. Vou pelo contrário : Acho que pesquisas eleitorais não deveriam ser permitidas há uma semana do pleito.

Olha, não é por nada não, mas acho que os institutos, sobretudo os maiores, tem que dar um passo atrás e rever as metodologias depois dessa. Não botar a culpa no eleitor que não sabe enxergar pesquisa simplesmente, até porque alguns institutos que usaram metodologia diferente chegaram bem próximos , como o Atlas e Paraná Pesquisas. Acho que tem alguma coisa com essas pesquisas presenciais que está distorcendo, não sei se voto envergonhado, se tá pegando muito eleitor de uma faixa econômica só et

Agora temos uma nova ideia para defender a escancarada manipula ao de dados dos institutos de pesquisa. Seria, segundo Schwartsman, fazer pesquisa depois do voto. Inacreditável a alienação da realidade e a falta de senso prático desse filósofo. Eu chego a duvidar de ter lido isso. É uma ruidosa reverência à imbecilidade.

Não deveria existir pesquisa antes e depois do voto. Antes só serve como forma de manipulação e depois não serve para nada

Sempre acompanhei as pesquisas e não me lembro de terem errado, principalmente em SP. Desta feita o erro foi grosseiro, basta ver as previsões para governador e senador.

Discordo. A folha ao noticiar os resultados das pesquisas o faz como prognóstico, nunca como um retrato passado que pode estar completamente errado.

Articulista, me diga, qual a utilidade da boca de urna? Depois que as pessoas votaram ou estão na fila, de que me interessa saber o resultado? Isso a apuração já vai me dar em poucas horas. Eu quero é saber a tendência do voto das pessoas dias e semanas antes, isso sim, para guiar o meu voto e para permitir a adoção de estratégias diversas para conquistar os votos do eleitor...

Pesquisa de boca de urna não pega voto envergonhado.

Afinal de contas, a pesquisa eleitoral serve então para quê? Parece conversa de comentarista esportivo, quando diz “se o campeonato acabasse hoje…”. Acontece que o campeonato não acaba no dia e a observação, assim como a pesquisa, equivalem a boa e a velha conversa fiada…

Como é possível se dizer tanta besteira? Sei lá, perguntem ao Schwartsman. Sua epistemologia das pesquisas eleitorais é um passa-pano formidável sobre o q representam e para q servem, apontando a culpa pra você, eleitor, q a vê como uma cartomante. Claro!, pois é exatamente assim como elas se oferecem e, tal qual uma quiromante, sua pretensão é influenciar o futuro. Afinal, faturam-se milhões com esse "viés da extrapolação". E Hélio tem de defender o q lhe mandaram.

Pesquisa é uma ciência, é um processo sistemático.As pesquisas feitas por esses institutos ficaram mais próximos de previsões de Mãe Dinah( que Deus a tenha) e da Marcia Sensitiva. Pura especulação. Pesquisadores mal treinados, pesquisados mentindo. Para o 2º Turno, BOLA DE CRISTAL!!! JOGO DE BÚZIOS!!!

Não é uma questão de as pesquisas não serem previsões. Todos sabem disso. A questão é que as pesquisas mediram mal o que já estava acontecendo. Claramente houve alguma falha metodológica. Bancar o avestruz não vai ajudar em nada.

Deveriam mudar de atividade! Q tal quiromancia? Ou até previsão de tempo? Briga de galos? Descredibilisaram completamente!

Seria, na verdade, muito fácil fazer uma boca de urna virtual atualmente: todo indivíduo que participa de uma pesquisa de intenção tem um ID. Após responder a pesquisa, a pessoa ganha um QR code ou link pessoal e intransferível para, no dia da votação, informar em quem de fato votou. Assim teria-se um acompanhamento dos fluxos de migração de votos. A ressalva seria aqueles que mentem nas pesquisas, mas no Brasil do atual governo isso não surpreende.

É pouco provável que os resultados das pesquisas estivessem errados. Como se diz, os números não mentem e provavelmente refletiam aquele momento, até mesmo com certo rigor estatístico. Por outro lado, para mim está claro que o uso que os veículos de imprensa deram aos resultados dessas pesquisas é intencionalmente errado.

Desta vez, os institutos nos gabelou. Mostraram o mel na chupetas pro Lula e adoçou a vida bolsonarista.

Afinal de contas, pesquisas eleitorais para que? Bem ou mal elas direcionam e influenciam o eleitor, quase que obrigando a votar no líder, no segundo colocado, anular o voto, ou simplesmente nem comparecer, caso esse líder ou o segundo não sejam o seu preferido