Mas professor, como um debilóide, sem competência, que não serve nem para ser chefe de torcida organizada, mais estúpido que "argola de laço" e avesso às boas relações diplomáticas com o resto do mundo, vai conseguir governar um país com um Pib que poderá chegar a nove trilhões de reais?

Não há quem o desmonte da democracia constitucional não afete, em maior ou menor grau, entre os excluídos ou não, isso é um mal de abrangência universal porque trata-se da alteraçåo e imposição de outro arcabouço jurídico sob disfarce de democracia!

Nós já estamos imersos nesse campo monárquico. O Bolsonaro conseguiu apequenar possíveis rivais como Moro, Witzel e Dória. Na esquerda o Lula fez o mesmo com Marina e Ciro. Mas sem dúvida, pela sua influência nas forças armadas, o Bolsonaro representa um risco maior para o estado de direito.

Infelizmente, as massas (direita e esquerda) votam com a emoção. Apenas a elite intelectual vota com a razão. No segundo turno, sem falsa modéstia, a razão me obriga a votar na única opção possível, Lula 13.

Caro professor, lembro-me do quadro de Goya cujo título é "O sono da razão/do razoável produz monstros". Demorará uma ou duas gerações, depois de tantos estragos, a razão e os razoáveis acordarem. Pode ser tarde para a cultura, democracia, até a sobrevidência da humanidade.

Lembro que lá por 2004, fazendo curso de atualização jurídica, ouvi diversos constitucionalistas, civilistas e penalistas dizendo a respeito da proibição do retrocesso estabelecida em nossa constituição e que, uma ruptura do atual sistema, só com uma revolução armada. Era tudo um sonho. Acho que viajaram na maionese.

Artigo primoroso!

Sim, grande parcela da sociedade não dá a mínima para a democracia e para o estado democrático de direito porque só está preocupada com a subsistência e porque está embrutecida pela pobreza e pela ignorância. Pessoas que votam em um fascista num piscar de olhos se vislumbrarem melhoria de condição de vida, por menor que seja. É um horror para qualquer pessoa minimamente informada, mas é a realidade como ela é.

Nem tudo está de todo perdido: a análise do professor Conrado é um grande alerta. As instituições competentes estão deixando a boiada passar. Depois (quando arrebentarem as porteiras da democracia), ninguém poderá se queixar.

Eita, mano Hübner, é essa a chave pra entender seu colega Juliano Spyer, do artigo de hoje: prós pô rinho evangelificados, pouca diferença faz democracia, pô. Ninguém nunca deu bola pra eles. O que perturba, contudo, é gente mais bem na fita, e instruída, adotar a perspectiva Bozolóide sem pejo algum. Isso dói de ver. Dói pela burrrice: esse pessoal, que tá mais acostumado a ter futuro, tá criando o quê pra seus filhos e de seus vizinhos bozofrênicos? Um pais desmatado, descabeçado, desprezado.

Corretíssimo, Conrado.

Errata: Permita-me e não "permite".

Na realidade a coisa é mais simples do que parece (permite esta modéstissima análise da zeitgeist): o brasileiro médio quer viver sob uma monarquia absolutista e não ter o ônus de tomar decisões. Jamais fomos uma república no sentido lato; exatamente por isto que o patrimonialismo é a real forma de administração da res publica. Exatamente por isto que temos uma nobreza disfarçada nas castas mais elevadas do Estado. O atual mandatário apenas captou o desejo de submissão de boa parte do povo.

Professor, esta eleição é o ponto de não-retorno. Mais quatro anos de B. serão suficientes para estabelecer as condições para o fim da Nova República. O último suspiro é L., mas a água ainda sobe. Teremos mais quatro anos para retardarmos a vitória do fasc...mo.

Com maioria na Câmara e no Senado, Bolsonaro poderia obter o fim do limite de dois mandatos consecutivos. Se Lula não conseguir derrotá-lo agora, quem será capaz? Essa eleição é realmente decisiva. Ótimo texto!

Parabéns professor Hübner Mendes uma aula com análise a extrema direita precisa ser cortada e já senão o resgate será difícil e doloroso .

É evidente que a cada dia que passa o fascismo, sem qualquer temor de generalização do termo, se aprofunda e a tendência é piorar no caso da vitória de Bolsonaro. Entretanto, é uma ilusão tremenda achar que algum dia nesse país as tais liberdades civís e valores democráticos existiram para toda a população. Caro professor, esses valores sempre tiveram lastro econômico, sinto informar. Caso não tenhamos isso muito claro, o fascismo já venceu.

Muito lúcido, como sp.