José Manuel Diogo > Redes sociais não são mais lugar de debate; tornaram-se altares inúteis de afirmação Voltar
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Faço minhas suas palavras. Essa foi a razão de eu encerrar o meu Facebook, que é mais alpicatibo de publicidade e de "tretas" do que social. Também não participo de grupos no whatsapp pelo mesmo motivo, no caso, "tretas". Estou ainda decidindo o "Instagram". As redes sociais serviu apenas para ampliar o que há de pior nós seres-humanos.
Exatamente JM, as tais redes hoje não são usadas para se expor e discutir pensamentos , sentimentos e posições, mas para massacrar os supostos diferentes.
Pouco uso rede social. No inicio até tentei, mas percebi que recebia as mesmas publicaçoes de pessoas diferentes, várias vezes no mesmo dia; fotos de pessoas sorrindo pelo tempo necessário para tirar uma selfie; familias divididas unidas para uma foto conjunta; frases de efeito que nada representavam quem as mandava; cumprimentos pré programados e sem sentimento. Depois começaram as fakes de vacina e politica, sai dos poucos grupos que estava. Uso para trabalho, melhor alternativa que encontrei.
O melhor é desligar as telas e sentar-se com um amigo. Eu lhe daria um abraço, ainda + depois desse texto. A internet já faz algum tempo não é espaço pra democracia, conversa ou diálogo. Sempre foi sobre ME Me Me, tÃtulo da revista Times de meados dos anos 2010, já estava explÃcito os seus rumos. Mas acho que agora está pornograficamente escancarado. Talvez essa profusão horrenda nos ajude a voltar pra casa e para os amigos. Sonho meu.
Como dialogar com o fascismo?
A criação das redes sociais, com a consequente quebra do monopólio da informação da "grande mÃdia", são o maior avanço para a democracia desde a invenção da escrita.
Roger, as redes sociais foram criadas visando a quebra do "monopólio da informação da grande mÃdia"? Infelizmente, o que se vê hoje circulando pelas mÃdias sociais é majoritariamente um desserviço à informação, com conteúdos manipulados e muita fake News.
Todo aquele entusiasmo inicial, na verdade marketing promocional do que foi denominado "redes sociais" tinha como objetivo incrementar a nÃvel global o consumo de massa. A versão 2.0 do capitalismo em sua fase neoliberal. Na virada do século e com a invasão do Estados Unidos em 2003, inicialmente o Google e em seguida o Facebook e demais "redes" invadiram o espaço privado dos indivÃduos, interfiram em eleições, transformaram-se em cracolândias digitais criando vÃcios comportamentais.
Rede social nunca foi lugar de debate. Se algum dia aconteceu, foi porque o comportamento ainda era resultado do ambiente sem ela. Rede social, pseudo empreendedorismo, meritocracia e ostentação, são os novos moldes do capitalismo selvagem. Sem valores positivos e universais, sem empatia. Irracional.
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