Em um ambiente dito "científico", no qual aqueles que expõem a tese são calorosamente assumidos como donos da verdade, e quem os contesta são acusados de "má-fé", já se vê que científico não é, porque se assume ser político. E com a pior política, autoritária e, portanto, antidemocrática. É por isso que, felizmente, não existem "travas" ao desenvolvimento industrial que emite os tais GEE, que nunca foram consenso - ele não existe na ciência - causarem o "aquecimento global".

Acho que esse é mais uma daquelas situações onde a situação de equilíbrio não é a situação ótima. Se todos as pessoas passassem a usar transportes coletivos e deixassem seus carros em casa sempre que possível, o aquecimento global seria reduzido, além de melhorar o trânsito das cidades. Mas os poucos que continuassem a usar seus carros desfrutariam dos mesmos benefícios, além de usufruírem de mais conforto que os demais. Por isso o ótimo é instável.

Há ao menos uma óbvia exceção à máxima de que não há lei retroativa: pagamentos de compensações aos vitoriosos em uma guerra. A razão é exatamente a mesma. No cenário das nações, ou em subcivilizações como a nossa, o contrato social é frouxo contra os valentões de plantão. É um caso clássico de moral de Tucídedes, ou o bom e velho might is right. EUA e China basicamente fazem o que querem. O resto são racionalizações de acadêmicos que rimam com anêmicos.

Excelente reflexão. Pena que o autor não levou em consideração duas hipóteses q impede minimizar o aquecimento no planeta Terra: a) o dilema do bonde desgovernado. Mundo desgovernado, com crises diversas, tenderá a escolher qual caminho: destruir 5 ou destruir apenas um, dois ou três? Por que não haverá zero de emissão carbono. b) E se a população continuar escolhendo lideres populistas sem razoabilidade e sem bonsenso? Lideres doidos ou narcisistas-sociopatas? Exemplo é a pandemia.

Excelente reflexão. Os GEE afetam toda a humanidade. Precisamos pensar e agir coletivamente, como espécie que pressente a sua extinção. Mudar é preciso. Parabéns, Sr. Cândido Bracher, pela objetividade e clareza das suas ideias.