Ilustríssima > Política não é assunto nem de deuses nem de bestas Voltar

Comente este texto

Leia Mais

  1. Plinio Góes Filho

    Sabe, Lenio, o q ameaça uma democracia, por ex, é a corrupção sistêmica e a falta de punição exemplar. A junção dos dois com a velha mídia consorciada, cúmplice e clientelista, q defen a censura das redes sociais pelas penas dos “Strecks” da vida, é ainda mais nociva à democracia. Nesse registro, os ‘critérios de verificação’ são apenas alegorias vernaculares para emplacar mais um golpe contra as liberdades. Claro, política não é assunto para deuses ou bestas; é assunto nosso mesmo.

    Responda
    1. RAFAEL NUNES DUARTE

      Aqui é o efeito que a falta de uma boa aula de cidadania, de instituições democráticas e, principalmente, de história fazem.

  2. Plinio Góes Filho

    Comento. Streck escreve como quem faz angu sem mexer o suficiente, deixando-o sem deglutir. Se as redes sociais precisam de censura – é disto q se trata – pq ‘ameaçam a democracia’, quem, na democracia, teria legitimidade para fazer o serviço, dizendo o q é ou não verdade? Quais seriam os ‘critérios de verificação’, caso ainda não existam? Lenio não explica. Talvez ele explique o angu empolado, mas jamais se atreveria a pôr a sua ordem à praça pública. E por quê? Pq a praça é do povo livre.

    Responda
    1. Thales Nascimento

      Em que parte do texto o articulista diz que as redes sociais precisam de censura? A propósito, o que é censura?

    2. RAFAEL NUNES DUARTE

      A rede social abriu e trouxe à tona horizontes que jaziam subjacentes em nossa sociedade. Revelou uma realidade de nossa democracia com a qual somos obrigados a lidar. É fundamental que todos participem do debate público, mas é importante que a população se eduque para que se encontre um mínimo de intersubjetividade. É preciso aprender a ouvir. É preciso aprender a identificar mentiras e a respeitar certos limites dos nomes das coisas. Fora daí, o debate pode ser qualquer coisa e isso é perigoso

    3. RAFAEL NUNES DUARTE

      Veja, o que lenio tem dificuldade de passar para você é o trabalho do jurista. O nosso trabalho é entender o significado das palavras. Em uma democracia, isso deve ser feito de forma democrática, com o devido constramgimento epistemológico entre as partes interessadas, resultando em uma fusão de horizontes que revela um sentido intersubjetivo, isto é, um sentido razoável para ambas as partes.

    4. RAFAEL NUNES DUARTE

      Nesse ponto eu concordo com você. Estamos em uma sociedade aberta e todos devem participar, de forma democrática, da construção dos sentidos relevantes para a sociedade. Destaque para o "de forma democrática". Mas isso exige aprendizado, amadurecimento, tanto das pessoas quanto das instituições.

  3. RAFAEL NUNES DUARTE

    Eu entendo como uma verdadeira aproximação da democracia verdadeira. Muita gente, que antes se via excluída dos constrangimentos epistemológicos dos debates públicos, de que exsurgiam o sentido público das palavras, ganhou voz nas redes sociais. Ocorre que ainda há uma imaturidade muito grande (a falta de uma aula de cidadania e de um ensino adequado de história ajudaria a amenizar essa imaturidade). Mas tenho esperanças positivas, se mantivermos a base da democracia. Oremos e aguardemos.

    Responda
    1. RAFAEL NUNES DUARTE

      *não a falta, mas o provimento.

  4. Ismael Graff

    Excelente. Que desânimo que me dá ver todas essas barbaridades e excrescências da política brasileira. As redes sociais explicam MUITO da m* em que estamos. Assistam "The social dilemma" e vejam.... É irônico e trágico pensar que as mais brilhantes e inovadoras mentes criaram essas redes (anti)sociais lá no Vale do Silício para que as maiores bestas e energúmenos usem elas para destruir a democracia.

    Responda

De que você precisa?

Copyright Agora. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Agora.