Ilustríssima > Política não é assunto nem de deuses nem de bestas Voltar
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Sabe, Lenio, o q ameaça uma democracia, por ex, é a corrupção sistêmica e a falta de punição exemplar. A junção dos dois com a velha mÃdia consorciada, cúmplice e clientelista, q defen a censura das redes sociais pelas penas dos “Strecks” da vida, é ainda mais nociva à democracia. Nesse registro, os ‘critérios de verificaçãoÂ’ são apenas alegorias vernaculares para emplacar mais um golpe contra as liberdades. Claro, polÃtica não é assunto para deuses ou bestas; é assunto nosso mesmo.
Aqui é o efeito que a falta de uma boa aula de cidadania, de instituições democráticas e, principalmente, de história fazem.
Comento. Streck escreve como quem faz angu sem mexer o suficiente, deixando-o sem deglutir. Se as redes sociais precisam de censura – é disto q se trata – pq ‘ameaçam a democracia’, quem, na democracia, teria legitimidade para fazer o serviço, dizendo o q é ou não verdade? Quais seriam os ‘critérios de verificação’, caso ainda não existam? Lenio não explica. Talvez ele explique o angu empolado, mas jamais se atreveria a pôr a sua ordem à praça pública. E por quê? Pq a praça é do povo livre.
Em que parte do texto o articulista diz que as redes sociais precisam de censura? A propósito, o que é censura?
A rede social abriu e trouxe à tona horizontes que jaziam subjacentes em nossa sociedade. Revelou uma realidade de nossa democracia com a qual somos obrigados a lidar. É fundamental que todos participem do debate público, mas é importante que a população se eduque para que se encontre um mÃnimo de intersubjetividade. É preciso aprender a ouvir. É preciso aprender a identificar mentiras e a respeitar certos limites dos nomes das coisas. Fora daÃ, o debate pode ser qualquer coisa e isso é perigoso
Veja, o que lenio tem dificuldade de passar para você é o trabalho do jurista. O nosso trabalho é entender o significado das palavras. Em uma democracia, isso deve ser feito de forma democrática, com o devido constramgimento epistemológico entre as partes interessadas, resultando em uma fusão de horizontes que revela um sentido intersubjetivo, isto é, um sentido razoável para ambas as partes.
Nesse ponto eu concordo com você. Estamos em uma sociedade aberta e todos devem participar, de forma democrática, da construção dos sentidos relevantes para a sociedade. Destaque para o "de forma democrática". Mas isso exige aprendizado, amadurecimento, tanto das pessoas quanto das instituições.
Eu entendo como uma verdadeira aproximação da democracia verdadeira. Muita gente, que antes se via excluÃda dos constrangimentos epistemológicos dos debates públicos, de que exsurgiam o sentido público das palavras, ganhou voz nas redes sociais. Ocorre que ainda há uma imaturidade muito grande (a falta de uma aula de cidadania e de um ensino adequado de história ajudaria a amenizar essa imaturidade). Mas tenho esperanças positivas, se mantivermos a base da democracia. Oremos e aguardemos.
*não a falta, mas o provimento.
Excelente. Que desânimo que me dá ver todas essas barbaridades e excrescências da polÃtica brasileira. As redes sociais explicam MUITO da m* em que estamos. Assistam "The social dilemma" e vejam.... É irônico e trágico pensar que as mais brilhantes e inovadoras mentes criaram essas redes (anti)sociais lá no Vale do SilÃcio para que as maiores bestas e energúmenos usem elas para destruir a democracia.
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