João Pereira Coutinho > Para despertar consciências, por que não rebentar com um museu? Voltar
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Esses atos são coisa de gente infeliz, que fica procurando um sentido pra suas vidas vazias. Além de desocupados e invejosos, por não terem talento pra criarem obras como aquelas.
Protestos desse tipo são fáceis. Mas quando o Macron tentou um imposto sobre combustÃveis fósseis, o tempo fechou na França com protestos bem mais quentes. Todos concordam que medidas devem ser tomadas, mas como dizia um colega: 'no meu não pô!'
É, Coutinho, não dá pra ignorar o argumento, tem cabeça, tronco e membros. É aquela coisa, carÃssimo: momento extremo, atitudes extremadas. Não sem riscos como os que você aponta, de modo tão razoável. Aliás, tendo usado o termo, vejamos: há algo de razoável em se destruir as condições de vida do planeta, em proveito de uns poucos e em detrimento do rato todo? Meu ponto é: tratar a coisa com razoabilidade*também tem riscos*. Pode não funcionar, pode não dar tempo. E aÃ, Mano Coutinho, como fica?
Pessoalmente sempre fui contra manifestações mais "radicais". Mas hoje em dia eu penso diferente. Ainda não é da minha preferência, dada minha natureza menos agressiva, digamos. Mas não descambando para o vandalismo puro e simples (Black blocs, alguém?), acho que dá para entender. Dessa vez o JPC "Narlochou" como disse outro colega.
Leitura obrigatória. Para adultos, por óbvio.
Hoje, escutando à um humorÃstico numa rádio italiana (onde os apresentadores já haviam condenado a ação da semana passada), os condutores levantaram a questão "É, ok, mas em que momento da História se fez uma revolução com amor, beijos e abraços?". Sobre o aquecimento global "os cientistas estão avisando, o cinema está avisando (Don't Look Up), ativistas como a Greta Thunberg estão avisando... E ninguém dá bola. Só falta mesmo partir para algo mais radical". Justifica? Não. Mas explica.
Vamos na mesma direção, meu caro. É nóis.
Hoje baixou o Narloch no João Pereira Coutinho. O argumento dele só se sustenta com a proposição que ninguém fez de que o mundo precisa voltar ao paleolÃtico. É mais fácil vir com um argumento desses do que admitir que, sendo parte do 1%, não ia ser muito sacrifÃcio economizar voluntariamente 10% da energia que gasta pelo bem dos outros.
Marcos, ele é muito melhor, mas dessa vez não foi.
Ôôô, Fernando, mardade forte, hein? Hahahah, narloquismo pega fácil em sistema imunológico comprometido e célebro fraquinho. Nosso articulista é melhor que isso, vá... Hahahah!
Fica a grande questão da humanidade: a ética pode ser transformada numa ciência empÃrica? Assim como a ciência busca o conhecimento falÃvel, reformulando as hipóteses continuamente quando elas não explicam a experiência. Mesmo em Platão nós temos duvidas se a pratica da virtude pode ser ensinada. As tradições teológicas e religiosas dizem que a vida humana não é autônoma e Deus deve ser o guia. A ética é uma ciência empÃrica?
Os julgamentos éticos serão fonte perpétua de irritação se nós buscarmos certeza absoluta. A filosofia romântica de Rousseau tenta definir o bom, o belo e o verdadeiro, mas não submete seu ideal à critica racional. A vida e a experiência incluem o erro e a ilusão. Não sabemos todos os fatos e não analisamos todos os fatores na condenação dos outros. Os ideais éticos nos dão uma direção. O estado de natureza de Rousseau é uma história a priori, mais produto lógico que passado vivido.
Hobbes é que sabia das coisas : "A natureza humana é caótica". Vamos administrando como dá.
Pois é, Little, sua comparação e o diagnóstico de q os ativistas são radicais continuam absurdos, mesmo depois de tanta ironia. É óbvio q o objetivo era criar um evento não violento e não destrutivo, mas com apelo à imprensa. Pq chamar de radicalismo e de vandalismo, se nada foi danificado e ninguém sofreu violência? Esses jovens tem a percepção de q herdarão um mundo em caos, e nada está sendo feito. Não estão errados, já em 1985 Carl Sagan havia denunciado o aquecimento global e nada foi feito
Se tivessem estragado o quadro do Van Gogh, para ele não faria a menor diferença. Qual é o real valor do quadro?
Jorge, respondendo á sua pergunta, a linha q separa os radicais dos não radicais é o uso da violência e do vandalismo. As manifestações comentadas não tiveram nenhuma das duas coisas.
Jorge, não houve nenhum dano aos quadros ou qquer obra de arte. Como se lê no artigo, as telas estão sempre protegidas por um vidro, e os ativistas sabiam disso. Não houve vandalismo, como vc sugere, nem ninguém está propondo q haja. Tomara os radicais bolsonaristas e trumpistas só jogassem molho de tomate em vidros de quadros, em vez de espancar jornalistas, atirar em policiais e invadir o Congresso para matar polÃticos.
Então, talvez se, na época do Sagan, tivessem destruÃdo meia dúzia de quadros e umas tantas esculturas a gente estaria livre do aquecimento global... Se é absurdo chamar essa turma de radical, qual deve ser a linha que separa vândalos de jovens voluntariosos cujo ativismo salvará o mundo?
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