É admirável o esforço do articulista em normalizar o "universo da música sertaneja" com um comportamento incivilizado moldado pela indústria cultural de "artistas" pouco qualificados, seja musicalmente, seja culturalmente, seja socialmente. O passaporte reacionário no máximo garante que seus apreciadores tenham uma representação idealizada de si no mundo imaginário onde a ignorância é predicado de identidade. Há uma produção cultural de artistas muito superiores que o articulista pode divulgar.

O assinante é censurado pelo jornal em plena madrugada.

O maior problema com a música sertaneja nem é o bolsonarismo, é que a música é ruim mesmo. *Ah, mas agora o Brasil é assim!* Pior para o Brasil: me enfiei numa bolha chamada *fone de ouvido*. Dela ninguém me tira. Não sei quem é maraya e maraisa nem quero saber. Só de ouvir uma voz chorosa já sinto arrepios.

Viva a tolerância e a liberdade de expressão.

A frase mais preocupante para mim é a do Francisco Gil: aqui todos pensam igual... O quê pode ser mais fascista que isto? A esquerda é um mundo. A diferença é inerente ao pensamento livre e crítico. As vezes acho a esquerda mais equivocada que a direita.

Para mim, sertanejos tem mais a ver com pessoas que viveram ou vivem em áreas rurais. Os ritimos e compositores do sertão nordestino e mineiro são os mais representativos. Já êsses cantores midiáticos, copiaram o "countri" norte americano eletronificado.

Essa turma da sofrência não me seduz com a música nem me convence com a ideologia.

São, no geral, bolsonaristas porque são, no geral, um bando de chucros.

Pra mim, a marca que ficou é que o sertanejo - aqueles que podem assim ser reconhecidos - são vendidos!!!!!