O planeta Terra foi estruturado para acolher a vida humana, possibilitando o desabrochar do elemento espiritual para prosseguir no beneficiamento geral e embelezamento. O homem, com o seu livre arbítrio, elegeu o poder como prioridade, seja na religião, na tirania e na gestão das nações, transformando o mundo em um lugar perigoso para se viver. Jesus não criou religião, cabendo ao ser humano buscar a Luz por si, com o querer de seu espírito.

Na atual campanha política o mundo evangélico se descredenciou amplamente. Quem vai participar de uma religião que trocou Deus por um ídolo genocida? Sou do meio evangélico tradicional.

Até pouco tempo tinha grande preconceito contra ateus e agnósticos. Mas diante do quadro recente de cristãos protestantes e católicos enraivecidos que almejavam a continuação de um certo Messias ensandecido no poder, percebi que o risco maior para a democracia, sociedade e da verdadeira cristandade é mulatíssimo maior nestes falsos cristãos que pregam o golpismo e uma via política com a extrema direita.

Muitos abandonam sua fé cristã. Mas buscam filósofos ou palestrantes de auto ajuda para compensar o abandono da sua crença.

Muitos, extremamente decepcionados com suas Igrejas, abandonam sua fé e passam a procurar outros credos não cristãos, como o budismo ou islamismo.

Há um correlação inversa entre mais informação e educação e religiosidade. Quanto mais bem informado e preparado, menos religião se tem, pois em última análise nada na religião é racional, é um conjunto de fatos não comprováveis que se é obrigado a crer.

Graças a Deus!

Ar religiões abraãmicas são pra mim um conjunto de conceitos sem pé nem cabeça. Com pode as pessoas aceitarem que um deus todo poderoso resolve punir toda a humanidade afoga ndo-a? Ou assa ssinando todos os primogênitos de um povo só para provar seu poder. Ou fulminar uma cidade sem sequer dar se ao trabalho de justificar. A lista é longa.

O crescimento das religiões pentecostais me sugere uma comparação com a vida política. O anarquismo é difícil porque na falta de um Estado atuante, surgem máfias diversas disputando o controle de territórios e populações. Ou seja, saindo o grande Estado, aparecem muitos pequenos tiranos. Com o declínio das religiões católicas e protestantes tradicionais abre-se a temporada de caça 'às almas' com muitos pastores disputando o rebanho à deriva.

Que alívio. Deus te ouça! hahaha

Com religião, não há solução para os males do mundo, isso está cada vez mais óbvio, vide os males causados à política e vida pessoal no Brasil.

Belíssimo artigo que me fez pensar muito e também compartilhar com a minha família. Durante a pandemia comecei a fazer meditação usando um app chamado headspace, então me identifiquei muito com essa parte. Sou uma daquelas que acham que o importante é dar ensinamentos sobre espiritualidade e não sobre crenças para as crianças, como listado entre as razões para essa queda. Foi perfeito. Agradecida pela leitura.

Com o novo psicodelismo com drogas enteogenicas (deus dentro ) tipo DMT (ayuasca) e mesmo a maconha, acho que o futuro dos ateus não está garantido. Podemos ter apenas a disseminação da Nova Era, da Ufologia Mística, de novas seitas como no Japão, país com a melhor educação e distribuição de renda do mundo mas ainda muito religioso.

A tese do Álvaro é a mesma do Positivismo e do Modernismo, velhos de mais de um século. Em vez de um crescimento monotonico de ateus, o que vemos são ondas de religiosidade/secularização tipo ciclos de Lotka-Volterra. Esses ciclos sao vistos no Ocidente desde os gregos. A fração de não religiosos na Inglaterra era bem maior no século XVII do que hoje.

Este artigo é original, preciso, profundo, lúcido e outras coisas mais. Captou uma tendência importante de verdade. Na minha casa, evitamos doutrinar as crianças pelas razões morais expostas. Aproveito para dizer que essa coluna de repente se tornou importante para mim.

Análise extraordinária!

Ótimo artigo! Pra mim o raciocionio é bem simples: quanto mais desenvolvido o país, menos a religião tem relevância. Quanto mais a religião se mete na vida politica e econômica de um país, mais parecido com o Brasil ele fica...

Imagine there's no heaven, no hell below us, above us only sky, and no religion too, Imagine all the people living life in peace. Lennon já sonhava com isso.

- Esse artigo me traz um certo alívio.

Muito boa análise! Uau, de fôlego. Concordo com todos os pontos, mas acrescento que a religião também pode ser útil em casos que não são o das prisões, por exemplo, ela cria rotinas de união para as famílias que muitas vezes não têm isso de outra maneira. Não é parte da discussão central, mas vale notar. Obrigada.

Não sei se entedi bem, mas artigos assim invariavelmente confundem religião e espiritualidade, e desassociam a fé de Cristo a substituindo-a por fé racional ou um crer sem lastro.

As religiões cristãs, particularmente as correntes evangélicas neopentecostais, possuem um cunho machista muito forte , onde , de forma explícita ou disfarçada, pregam a superioridade do homem em relação a mulher. Racionalmente pensando , só este elemento seria suficiente para desistimular a adesão a religiosidade, principalmente por parte de jovens mulheres com bom nível de educação !

Continuo cristão, e católico. Me permiti não frequentar mais as igrejas, diante da desunião entre o clero - parte da culpa atribuo à CNBB, quanto às posições diversas assumidas na recente campanha eleitoral. Penca de padres aliando-se aos donos de templos que os transformaram e comitês eleitorais pró candidatura dum herege, politeista, trígamo, destruidor da maior evidência da existência de Deus que é a Natureza. Além de armamentista e apático à morte de conterrâneos. Adeptos dum genocida.

Segundo o articulista: Nada, exceto a religião, legitima um homem a explodir um ônibus. Diga isso para todos os terroristas que matam por causas políticas (ETA, grupos terroristas da América Latina, nazistas, russos na Ucrânia, várias guerras motivadas por questões políticas e territoriais). Já aí dá para ver que o autor não sabe do que fala e não pensa no que escreve. Quanto ao papel dos deuses no comportamento das sociedades antigas, leiam As Suplicantes, de Ésquilo. Il dit n'importe quoi.

Eu sou kardecista. Acredito sim na existência de Deus e do espiritual. Só lamento o papel que alguns religiosos exerceram nesses últimos tempos: não sou de esquerda, mas escutar que "a Igreja" (qual de tantas?) seria posta para governar o Brasil, me deu medo! Não é assim que conseguirão fiéis? Reação exaltada, fundamentalista.

Só tem fé, quem tem medo. E o medo é a mãe de todos os males.

O que existe no mundo real, não precisa de fé. O que precisa de fé, não existe no mundo real.

Quando me perguntam porque sou ateu respondo que é cômodo. Ainda me deixa livre para discutir religião sem magoar ninguém.

Olhando o horizonte imediato, o panorama parece inverso ao descrito. E desalentador.

Ótimo texto! Sobre o futuro, tem que se levar em conta que os sem religião não são organizados e tendem a dispersar suas preferências políticas enquanto os religiosos se organizam e vão mantendo sua relevância nessa área, diminuindo assim sua chance de desaparecer