João Pereira Coutinho > Democratas americanos não esqueceram nada e não aprenderam nada Voltar
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Direitos das minorias foram desde o século 19 uma marca do liberalismo. Nem sempre isso é popular e ganha eleições. Por exemplo, o movimento abolicionista não devia ser uma preocupação tão grande dos eleitores dos EUA da época, se comparado a seu emprego ou sua saúde. Ainda mais que a maior parte da população não tinha escravos.
Velho erro, não punir gera a continuidade do que se quer combater. Impunidade
Vale para o Brasil também. A verdade é que a Democracia está em desprestÃgio no mundo, infelizmente. Está aà a ascensão da ultradireita radical populista que não me deixa mentir. O combate a isso tem que se dar em 2 frentes: uma delas é fazer os valores democráticos terem sentido para uma grande parcela excluÃda da população, mas só isso não basta. É preciso também punir firmemente quem atenta contra a Democracia. Fazer conciliação com golpistas é um convite à Ditadura.
Coutinho, carÃssimo, o Teixeira sustenta essa tese porque não olhou pra nós, aqui no Filhadaputistão que mimetiza as técnicas Stone-Banner-TrAmpianas: a Zesquerda manteve-se dentro das pautas Bozolóides e quase meteu a bola na trave. O pobrema tá mais embaixo, meu caro, é de ordem linguÃstica e de estruturação do discurso (a sério): gostei dumas hipóteses cognitivistas que uns brazucas, sediados nos EUA, discutiram aqui dia desses - um deles chama-se Russo, que não é o Guilherme, da Vanderbilt.
"Zelite", não, Zelig. Descorretor maledetto!
Já o seu pobrema Zelite, cara, eu compartilho dele no que tange ao sotaque indiano: vivia brincando de atendente de call center chamado Bill, mas com ruÃdos de Nova Delhi ao fundo. Tá bão, um dia fui fazer uns projetos pro pessoal da Tata Consulting, e dei uns foras. Deu pra rir, mas na hora foi um aperto. E minha velha mãe adora um brasileirismo caipira que é o "ponhá", ao invés de "por": já passou vergonha ponhando caipirices em conversa com gente letrada! Hahahah!
Democratas nos EUA e Social democratas na Europa estão repetindo erros, a questão é porque Trump tentou dar um golpe de estado na mais antiga democracia do mundo e não foi punido.
Os EUA já estão a uma pequeno passo de uma guerra civil por conta de toda a polarização criada lá (promover isto dá dinheiro para a direita e para a esquerda, conservadores e liberais) . Se fizessem do Trump um mátir, e com a quantidade de armas disponÃveis para a população, seria o estopim final. Quem tinha o poder de punir o agente laranja deve ter levado isto em conta.
Os mesmos problemas de lá são vistos do lado de cá. A esquerda progressista pensa que vive na Noruega, discutindo identidade de gênero e afins, e esquecendo que os problemas são muito mais urgentes. As consequências da globalização ainda darão muita energia para a "ralé" (vide Anna arendt) eleger seus Trumps e mitos.
Eu também acho que a esquerda se perde em confabulações teóricas, esquecendo o que realmente importa para a maioria das pessoas, o que eleitoralmente é desastroso. No Brasil, vi as questões de gênero, de representatividade de grupos ocuparem o espaço da luta pela Democracia, pela vida melhor de todo o povo brasileiro. Agora, isto não quer dizer que uma enorme parcela da população americana não seja racista e reacionária: o simples fato de continuarem a apoiar o Trump é prova cabal e suficiente.
Será que assim como o "trumpismo" deixou sequelas à ponto de influenciar no parlamento Yank, será que o 'bozonarismo" também já deixou as mesmas marcas, ou mesmo, até que ponto influenciará nos rumos do parlamento tupiniquim?????
"Será?" Meu caro, teve cada votação expressiva pra Bozolóide rastejante que dá pra apostar as cuecas nisso. Sem perdê-las, digo.
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