Painel do Leitor > Quais são suas memórias com Gal Costa? Conte para a Folha Voltar
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A gravação do DVD a pele do futuro! Estava lá
Lembro-me com emoção do festival Phono 73, em maio de 73, no Anhembi. Presentes Chico, Gil, Hermeto, Caetano, mas a maior emoção foi ver Gal vestida de Ãndia cantando Ãndia e depois voz e violão, lentamente, Trem das onze . InesquecÃvel!!
Há muito tempo não ouvia Gal cantar, assim, de pertinho. Mas no dia 30 de julho, em uma virada cultural, em Maringá-Pr, fui assistir a já senhora cantar lindamente, para os mais velhos, como eu, e para os jovens que formavam coro em muitas das canções. Fiquei comovida e surpresa. Gal é passado, é presente e futuro numa só. Isto é privilégio das Deusas.
Sim todos nós estávamos muito acostumados a vê-la cantar com infinitos pássaros presos na garganta o refrão “Meu nome é Gal!!“ A estrela nessa vida ao longo de gerações vai ser estrela nos longos caminhos da eternidade. Partiu Gal Costa para ficar cada vez mais nossa. E se o céu se encontrava de ontem pra hoje um tanto entediado, isso mudou quando todos os seres alados ouviram a sonora ordem do Senhor: “Vocês todos merecem a felicidade! E que venha Gal!!” E lá foi ela. Descanse em paz.
No dia primeiro de dezembro de 2015 ela fez um show no Campo de Bagatele em homenagem ao Cazuza. Infelizmente foi a única oportunidade que tive de vê lá.
Ter tido a oportunidade de ouvir Gal Costa, na minha juventude, cantando Um favor, de Jamelão, no Teatro Vila Velha, em Salvador, foi um momento de que jamais esqueci. Que voz transcendental!
No teatro Bandeirantes, em São Paulo, fiquei estarrecida quando vi Gal Costa entrar no palco com a elegância das deusas. Quando ela começou a cantar, eu não acreditava que poderia existir uma voz tão mágica que me deixou arrepiada. Nunca esquecerei aquele momento de magia alucinante. Era Gal...
Em 1979, quando era estudante em Uruçuca, Bahia, fui particpar de um estágio em um municÃpio próximo, em uma carona oferecida por um dos instrutores. No meio da viagem, ele pôs pra tocar uma fita do LP Gal Tropical, que acabara de ser lançado. Samba Rasgado, Noites Cariocas, Ãndia, Estrada do Sol, A preta do Acarajé, Dez Anos. Quando chegou em Força Estranha, eu estava com lágrimas nos olhos de emoção. 43 anos depois, a emoção não se arrefeceu. Ali descobri a beleza e a perfeição.
Eu era adolescente e cresci ouvindo Gal. Mesmo de famÃlia pobre, minha irmã gostava de MPB e numa capital longe do centro do Brasil existia uma criança/adolescente que ouvia e dançava ao som de Gal Costa. Ela tinha uma voz fantástica. Era uma mulher que sabia brilhar e não se encostar em escândalos. Ela já era um escândalo com sua ousadia.
Nos anos 80 fui a um show de Gal, ganhei o ingresso de uma rádio de Santos e ainda ganhei a camiseta. O sucesso na época era Balancê. BelÃssima voz, gigantesca carreira
Me vem a memória todas as festas da adolescência em que "festa do interior" era um hino! E mais recentemente fiquei embevecido com a regravação de "o que é que há", cantada por fabio Jr, em que ela transformou toda a música, colocando um sentimento tão profundo, que chega no fundo da alma!!! Quantas histórias ricas se vão com ela! Sinto muito também por ela não poder desfrutar desse paÃs que será reconstruido agora, principalmente a cultura, cujo desmando a fez sofrer tanto ultimamente!
Me lembro aos 14 anos, morando no sul, Cruz Alta, vou no mercado e dou de cara com a capa do LP India. Pode não ser o melhor disco, mas aquela capa para um garoto de 14 anos, era uma visão de lamber a testa. Grande Gal. Estará eternizada por tudo de bom que nos legou.
Uma pantera de unhas negras, uma beleza que nos aconteceu.
Comove forte, a morte de Gal. Vaca Profana, Luz do Sol, Força Estranha. E muitas outras. Com certeza ela "não morreu, ficou encantada".
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