O ajuste fiscal vai ser em cima do mercado , este é o recado . Bem lembrado que o teto foi ultrapassado em todos os anos do governo Bolsonaro e o mercado ganhou sempre especulando. Sempre como fez .

OüOüOüOüOü

Essa discussão é sempre torta. Primeiro, Jânio tem toda a razão quando afirma que Lula não foi eleito para agradar o mercado. Este chegou com força na prorrogação do segundo tempo, para tentar uma média com o novo governo. Mas isso não impede que eles tenham razão quanto a importância do ajuste fiscal para fortalecer o combate à desigualdade. Acredito que Lula saiba disso melhor que ninguém e seu recado para o mercado é: o ajuste vai ser feito mais para cima de vocês do que dos que tem menos.

Todos os dias ocorrem fatos que permitem os preços dos ativos negociados na bolsa subirem ou caírem. A "turminha" escolhe, entre os fatos, aqueles que são capazes de estabelecer uma determinada tendência de curto prazo que lhe permita ganhar seja quando a bolsa sobe, seja quando cai. O "mercado" é egoísta e cruel; é um termômetro viciado.

Ainda bem que nos livramos do mal, por, pelo menos 4 anos.

Até que enfim , a lucidez! Nunca gostei tanto de um discurso como aquele do neo Lula!

Grande Janio de Freitas, referência de lucidez e coragem sempre! Imaginei que a ausência de sua coluna domingo passado tivesse sido um prêmio de descanso após quatro anos de luta - quero dizer, espero que tenha sido...!

os movimentos da bolsa, na queda, estão mais ligados à situação da china, e nada tem a ver com a situação interna. seria interessante que os jornalistas procurassem fontes mais fidedignas antes de embarcar em análises furadas.

Tirar frases de contexto criando ambiente "compro na baixa, vendo na alta", é a especialidade dos especuladores que sempre ganham frente a miopia dos que o seguem que nem gado em debandada. Que a fome é a principal prioridade do Brasil ninguém pode negar, e buscar justificativas para adiar ao combate a mesma é o que utilizam os especuladores para ganhar e criar desequilíbrios. Há muita chance de arrumar o dinheiro necessário, combater a sonegação é uma, mas o tal de mercado busca brechas.

Agora Lula não vai governar num quadro econômico favorável como o havido durante a maior parte dos seus dois pretéritos mandatos de presidente. Àqueles tempos, ele também não se importava com o controle de gastos, mas o país tinha um lauto orçamento, e isso permitiu ao petista financiar suas vontades e se autopromover. Foi conseguida até a eleição da Dilma, que foi uma chefe do Executivo prejudicial ao povo justamente por ter praticado a irresponsabilidade fiscal tão prezada por seu mentor.

Fico imaginando a dificuldade de um jornalista desse porte fazer parte do "Conselho Editorial da Folha". Voto vencido em todas! Haja paciência. Só peço que ele não a perca e continue aqui, conosco. Por favor, jornalista! Divulgue a coluna que deveria ser ter sido publicada na semana passada e... não veio! Arriscaria até mesmo o seu título: Manifestações golpistas não impedirão a posse de Lula.

Mestre Janio de Freitas coloca o dedo na ferida e aperta: os movimentos Bolsa e dólar só interessam aos especuladores e não refletem a saúde da economia.

Sensacional o Jânio de Freitas nesse texto. Comentar seria muita audácia de minha parte.

Desculpem-me alguns bons comentaristas da Folha, mas Janio de Freitas é o maior. Numa coluna expressou o pensamento anti-povo do falado mercado

Faz muito bem o Janio de combater com as armas do adversário: levar o debate ao contexto das ideias de um quase paradigma da ideologia liberal, Armínio Fraga

Perfeito, artigo irretocável. Claro, simples e objetivo!

Na visão míope dessa gente, o que importa é garantir que os bilionários fiquem cada vez mais bilionários. Que os rentistas tenham seu ócio garantido. Gasto social, pra quê? Pra alimentar pobre? Gerar emprego e renda? Que bobagem, afinal, só temos 33 milhões passando fome e outros milhões em insegurança alimentar. Números insignificantes; tem margem pra dobrar isso ai, tá ok?!

Parabéns Mestre. Crônica irretocável na forma com que deixa claro o caráter ideológico inerente ao trabalho insano dos “dependentes”do grande capital no sentido de transformar o manipulado mercado de especulação rentista em “termômetro” do que é bom ou não para o País. Falácia. Não passa de instrumento de defesa dos privilégios de classe contra os anseios de mudança exigidos por quem vive de sua força de trabalho

Muito ruim o raciocínio. Sinceramente este tipo de discurso é inverídico, talvez para chamar a atenção. Duvido que o Sr. Janio administra seus bens como ele acha que o Lula deveria administrar os do Brasil. Abrindo mais rombo nas contas públicas. Vc faz isto em sua casa, Sr. Janio? Mercado financeiro é termometro de política certa ou errada que influência todos os brasileiros. Já uma politica errada sem controle de gastos recai sobre todos.

O dia em que Armínio Fraga falar em taxação de grannndes fortunas, dará pra começar a levar em consideração. Freitas é muito mais consistente, além da isenção de interesses próprios em seu discurso.

Ainda bem que temos Janio de Freitas para salvar! Porque a folha está deixando muito a desejar, com um editorial mais comprometido com os interesses do mercado que os mais de 30 milhões de Brasileiros que estão vítimas da fome! Infelizmente!

Perfeito! Por sua causa ainda continuo assinante da Folha.

Complementando, o Jânio está no século passado. Está comprando a ideia do mercado contra os pobres. Não é assim, se o Lula jogar a responsabilidade fiscal pela janela o mercado vai continuar ganhando como sempre. A bronca não foi sobre o gasto social, com o qual todos concordam, foi sobre o descontrole.

Totalmente errada sua interpretação. Não tem 'camadinha especulativa',.tem forças que definem o câmbio e a inflação, e não é ela quem vai perder com a fala do Lula, são os pobres. Por que ele não fala em direcionar os gastos do governo para o social ao invés de pagar os grupos de interesse, como o centrão ? Jânio, vai morar na Albânia.

Simples e preciso. Pena que Jânio de Freitas só tem um, mesmo porque o direitismo da Folha não comportaria dois.

Análise ultra necessária, à qual não faltou sequer a citação a Bolle, que com certeza está bem longe de poder ser considerada "de esquerda". Janio de Freitas é uma luz no jornalismo brasileiro, e não espanta que a Folha o tenha limitado a uma coluna semanal: estivesse ele ainda no Conselho Editorial e com certeza muitas coisas seriam diferentes. Minha tristeza é não saber o que Janio teria dito na coluna da semana passada, pós eleição e em meio aos ditos 'bloqueios' golpistas. Fez muita falta!

Uma das primeiras declarações do candidato Lula da Silva para empresários em São Paulo, foi de que investiria no desenvolvimento do país, porém a prioridade seria o 'social', ou seja, o estado garantir o prato de comida na mesa dos pobres miseráveis deste país, tal qual fez nos mandatos anteriores, além da expansão do ensino gratuito... Esta é a primeira batalha da revolução socioeconômica que o Brasil precisa para crescer... inflação dificulta a vida dos pobres, enquanto que a dor da fome mata!

Brilhante como sempre Janio dissecou o obvio movimento dos especuladores. Entretanto, experiente e sagaz como e', Lula sabe que qualquer palavra sua sobre economia poderia, como ocorreu, desencadear um short squeeze, movimento em que os tubaroes que nadavam placidamente passam a atacar de forma rapida e impiedosa as sardinhas tomando todas as economias de pequenos investidores. Um presidente nao deveria falar de improviso sobre economia. Muita gente de classe media faliu esta semana.

Putz sêo Janio, linda joelhada no saco. Acabei de ler o artigo do Gerson Tomanari, cientista respeitadíssimo e alto burocrata educacional, que tem que explicar que educação se faz pra sociedade, seja de ordem "generalista", seja "profissional". Porque vem o "mercado" e diz-que os alunos não saem preparados. Ô meu, Juta folga, mexe o traseiro, se associa a uma(s) empresa de educação, bota lá seus conteúdos, faz maketing, venda-se. Não, quer pronto, no colinho. Ah, vão fão, sô: bando folgado.

Uma aula para os leigos interpretarmos a lógica mercadista mercantilista, e ao mesmo tempo uma análise de que o mundo está atento ao jogo sorrateiro dos especuladores e aproveitadores de plantão. O que fica claro é que existe um complô entre o capital e o preconceito contra tudo que se refere a medidas de cunho social, mesmo que estas sejam urgentes e emergentes, muito embora os rompimentos de amarras financeiros aconteçam regularmente quando é pra atender grupos específicos e interesses excuso

Valeu , Jánio. Vocé é o cara

Desprezar o equilíbrio de gastos e a tudo que já se estudou e se comprovou dentro de macroeconomia, é mais ou menos equivalente ao negacionismo da ciência na pandemia. No mínimo desprezar tudo o que foi estudado mundo afora de tudo que aconteceu na história dos ciclos econômicos... PS votei contra o Bozo

Ufa! Até que enfim alguém escreve algo que faça sentido sobre a controvérsia " mercado × gastos sociais, gastos com investimentos, etc". Parabéns Jánio, melhor ainda, citando Mônica de Bolle. É difícil romper a ignorância desse pessoal dito do mercado e faze-los entender que equilíbrio fiscal se alcança com geração de renda, quanto mais se gasta ( estado e setor privado), mais se ganha ( salário, lucros, impostos). Corte de gastos gera...o nada.

Péssimo texto. O colunista trata do "mercado" e do que podemos chamar de "ganhos sociais" como se eles fossem, necessariamente, conflitantes. É uma compreensão equivocada de como o mercado financeiro e as políticas sociais interagem. Antagoniza desnecessariamente tais "entidades" e baseia seu argumento num preconceito de que o mercado financeiro nada faz. Compreensão superada há muito tempo. O texto não é só incorreto. É anacrônico e trata como opostos coisas que não são.

Ufa! Ainda há colunistas na Noruega.,digo, na FSP. Além do eventual Arminio Fraga e Pondé.

Seguindo conselhos do Lulla e o exemplo do Bolsonaro vou aumentar o Teto de Gastos aqui em casa. Farei mais investimento com educação, saúde e alimentação, somente preciso convencer o banco em aumentar o limite do meu cartão de crédito.

Eu achei o discurso maravilhoso. Estava muito ansioso para ver um político, nesse caso, um presidente eleito, priorizar o povo. Se toda vez que um presidente nesse país dizer que vai ajudar seu povo a garantir alimento na mesa o mercado entrar em colapso eu me perguntarei: esse mercado é de que país? Brasileiro certamente não é. Não venham com ah é porque gasto gera inflação que pune mais o pobre. Estamos falando de alimentação e pronto.

Janio, basta trocar a palavra mercado por agiotagem e tudo fica compreensível. O que temos hoje é domínio da agiotagem no mercado e das mídias com interesses criminosos.

Texto muito esclarecedor sobre o mercadinho. A necessária lucidez, que faltou hoje, ao editorial desse jornal.

Esqueci as frases de Tião galinha em uma antiga novela da globo mas era mais ou menos assim: quem comesi o que ganha não come o pão de ninguém, mas quem come mais doo que. Ganha sempre rouba o pão de alguem

Penso exatamente como você Jânio! Mas você sabe fazer com maestria e na mosca, a devida ironia contra estes chacais do “mercado”. Parabéns!

O mercado não tem rosto é subjetivo/irracional /especulativo/espertalh./malandr., por essa razão não se deve levar muito a serio pelo menos nesse momento..

Jânio de Freitas salvando a reputação da FSP, continuamente manchada pelas horríveis análises na sessão ‘o que a folha pensa’

A maioria das pessoas que crítica o "Mercado" não sabe o que ele é. Mercado não são instituições específicas... tudo e todos que movimentam dinheiro e investimentos compõem o Mercado... o pobre que financia a casa própria, uma empresa que pega empréstimo para investir em produção, tudo é mercado... Se o "Mercado" perder a fé na economia, o governo não se financia de maneira saudável (ou imprime dinheiro e gera inflação?)... Quem quer um líder que gasta mais do que pode pagar afinal?

Boa, Jânio, responsabilidade fiscal mas com investimento público, isso já foi feito e deu certo... austericídio é o pai da desigualdade que é a mãe do facismo !

Janio de Freitas tem razão. E desconfio que seu artigo de hoje seja interpretado como conflituoso com o editorial infeliz da folha. Trata-se do debate democrático, pessoal. A eleição de Lula assegura que podemos discordar e que devemos aprender a evitar escolhas extremistas.

Sabem o que isto me recorda? Certo "ódio" que esse mercado tem aos servidores públicos. Certa vez reclamei de minha injusta aposentadoria e tive de ouvir: "se não estiver satisfeita, vá para a iniciativa privada". Pois muito bem: esse mesmo mercado está sedento para contratar pessoas com 89 anos de vida, não é? Esse ente misterioso dita as regras de minha vida desde os meus cinco anos, quando comecei a trabalhar. Obrigada, Jânio, pelo belíssimo texto: lavou-me a alma!

A reforma trabalhista seerviu para "alimentar" mais de sangue operário, os tubarões e a reforma da previdência, para apenar as viúvas pobres

Meu avô nasceu na senzalla poucos anos antes da Lei do Ventre Livre. Minha avó, papai, mamãe, idem. Todos faleceram com quase 100 anos de idade, mas nunca viram o mar! Lembro-me da mamãe perguntando se aquela água era realmente "salgada". Isto é a vida, mas normalizamos esse tal mercado, que NUNCA participou de nossas vidas concretas. Tenho quase 90 anos de vida e, desde que me recordo como gente, escuto falar dos tais "humores do mercado". Sou uma velha e o assunto continua o mesmo. Cansou-nos.

Sempre uma análise lúcida e contundente. Não à toa Janio é uma das maiores estrelas do jornalismo brasileiro.