Opinião > Educação superior: para a sociedade e para o mercado Voltar
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Ótimo texto, mas acredito que deva haver sempre um esforço, nas Universidades, para que o conhecimento teórico esteja entrelaçado ao prático, a fim de se formar um profissional com competência cientÃfica para se reinventar, superando rotinas, como o próprio texto a ponta pois, assim estará em acordo com a origem do significado de Universidade, o qual remete à totalidade e à universalidade.
Eu tinha um professor de fÃsica que chocava a turma dizendo: vocês usarão nos seus empregos as 4 operações. Raiz quadrada já é palavrão. Derivada e integral? Esqueçam. Tinha razão. Normalmente um engenheiro vai administrar pessoas, avaliar retorno de investimentos, pedir orçamentos a fornecedores, e aprender sobre licitações se trabalhar no setor público.
o empresariado brasileiro reclama do nÃvel de formação dos alunos das faculdades, mas não se mexe para contribuir na formação desses alunos, seja por meios financeiros ou não. também reclamam da formação de pessoal técnico, mas nada fazem para melhorar essa situação por meio do sistema S. um bando de bebes.
Tô com os colegas e não abro: o grau de DumBice desse "mercado" é algo de estupefar até mesmo quem é acostumado com estupidez. Ora, mexam-se: todo grupo educacional quer ganhar dinheiro, montem currÃculos adequados, promovam-se, agilizem seu lado. Tem cabimento encher o saco? Pra gemer e pedir financiamento, mudança curricular, benesse fiscal etc., reviram meio mundo. Pra realizar, necas. Ora...
Posso acrescentar ao seu comentário que, mesmo quando candidatos com o perfil e formações exatos aparecem, a grande maioria das empresas quer contratar o profissional por um valor muito aquém do que exigem como qualificações. DifÃcil ter um paÃs economicamente viável desta forma.
Há alguns anos que a educação se tornou commodities e os alunos são vistos exclusivamente como um ativo. A alta probabilidade de conclusão do curso associada a baixa inadimplência coloca uma vaga em nÃvel superior como um investimento classe AAA, considerando naturalmente os diversos financiamentos com garantias públicas.
Gerson, carÃssimo, é até estranho ouvir o "para a sociedade e o mercado", muito embora faça absolutamente todo sentido: vê-se historicamente que o "mercado" põe-se apartado da sociedade. Há 2O anos atrás, participei de um longo projeto com a IBM e o Inst. Eldorado de Pesq., pra formar garotada em processamento centralizado, mainframes. Ela investiu grana própria (via lei de informática, esperta), arriscou, e não encheu o saco de ninguém. Esse tal "mercado", tá cada vez mais burrro e preguiçoso.
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