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  1. Marcos Benassi

    Michael, caríssimo, ao par disso tudo, tem um treco que é bem malígrino: a observação do entorno social e físico, de até onde as pessoas semelhantes avançam em seus potenciais, modula as expectativas que criamos sobre nós mesm@s. Curto e grosso, se sou preto e periférico, observo meus pares tendo pouca instrução, alcançando empregos menos qualificados e pagos, morando mal e se deslocando pior e muito, é muito mais difícil criar expectativas similares às dos brancos da cobertura. Perverso.

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  2. Filipo Studzinski Perotto

    Texto excelente, e iniciativas concretas ainda mais. E não bastasse o enorme desafio que é conscientizar, combater, desmantelar e reverter esse racismo implícito ou tácito, que é correlacionado ao racismo estrutural, agora é preciso desmantelar as hordas anti-movimento negro, como jà vimos berrar aqui mesmo na Folha, com a falácia dos perigos do que chamam "identitarismo". A direitona se antecipou, colocando o tema nessa imunda "guerra cultural", como o caso da fundação Palmares sob Bozo.

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    1. Marcos Benassi

      Sem contar, meu caro, que o Nnneegão da Palmares é antípoda à própria tradição familiar, de alta intelectualidade e combate explícito ao preconceito de cor. É triste em muitas dimensões.

  3. Ivo Mutzenberg

    Perfeitas reflexões. A mobilidade social é fortalecida com o melhoramento do sistema educacional e com grande esforço para diluir o racismo estrutural, que tem forte relação à cor, mas não apenas à cor. Questões econômicas e migratórias são fatores importantes que devem ser consideradas. Parabéns por teu trabalho, Michael França!

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