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Estudar a história das ideias sem compreender a realidade social que fez surgir essas ideias também é problemático. Os movimentos abolicionistas só surgiram, por exemplo, depois da máquinas (que substituem o trabalho braçal mais árduo) e do capitalismo (que necessita de consumidores). É assim que se contextualiza os ideais mais nobres concebidos por ocidentais... Sobre a China, ela começou a poluir de 20 anos para cá,se pegar os 150 anos de revolução industrial, o peso dela é sensivelmente menor
Como é, quais são as desculpas que o Qatar e outras teocracias islâmicas apresentam para nunca aprenderem com os seus fracassos? Simples, ó pá: não reconhecer que são fracassos.
Mais um dia do Coutinho como Pondé ilustrado... Em sua narrativa, o Ocidente - entenda-se, as potências dominantes - sempre se sai muitÃssimo bem. Atribui ao presidente da FIFA uma frase que ele jamais disse só para embasar uma narrativa; quanto ao meio ambiente, a maior vÃtima da virtuosa revolução industrial, qualquer iniciativa dependeria da penalização da China que, não, não é o maior poluidor, duvidosa honra que cabe aos EUA. E responsabilidade com o meio ambiente não é um sonho infantil.
Como sempre, brilhante!!
Artigo perfeito, também não troco o mindo atual pelo passado de barbárie. O que espanta é que no Brasil temos duas linhas no bolsonarismo. Uma defende o tempo da biblia, horroso. E a outra linha defende a idade média horrorosa. Lá no fundo o que querem é apagar o século XX, o que depois de barbarizar trouxe um pouco de civilização. Querem apagar a parte civilizada da história.
[phôia, que desanimador: acredito piamente - sou um grosseirão de fé - que meu comentário sairá vivo dos porões. Um ou outro sopapo não irá matá-lo. Todavia, pude ouvi-lo gritar, enquanto o levavam: "Orra, que Herda é essa, não posso ser cortês? Tenho que gritar palavrão pra não ser preso no Filhadaputistão? Baralho!" A sençura folhofrenética scrip'tomática sempre me impreCiona. Mal.]
Bem, Coutinho, o relativismo é uma faca de três legumes, um dos quais corta somente a mão de quem o empunha: a China só faz o que faz porque tem quem compre o que produz. Que, salvo engano - é é sempre bom salvar o engano, porque o correto já se afogou mesmo - é, mais do que majoritariamente, EUA e Europa, inclusive com (ainda) lucrativas unidades fabris por lá. Extraindo minérios da Ãfrica (até do civilizado Chile), depois de aprender que exércitos são desnecessários: bastam bancos.
João Pereira Coutinho preciso como sempre. Esse artigo é uma paulada no relativismo moral que se assenta nas falsas equivalências, o mesmo que quer nos fazer crer que tanto faz viver em uma democracia da Europa Central ou numa monarquia absolutista islâmica.
Poi Zé, Marcelo, mas mesmo ele relativiza. Nada contra, melhor relativismos inteligentes do que absolutismos burrros, muito melhor. Até porque absolutismo inteligente e relativismo burrro, são um perigo!
O último parágrafo diz tudo. O que não falta no mundo de hoje são crianças opinando a respeito de qualquer assunto. Opinando, não. Fazendo birra.
Obrigado Coutinho.
No final das contas, não passa de um artigo-justificativa de um conservador pseudo-iluminado. É uma grosseria gigantesca colocar Cecil Rhodes e um camponês irlandês que atravessou um oceano fugindo da fome no mesmo saco ocidental. Só serve pra dissolver a responsabilidade dos donos do capital.
Fabiana, o Capital não é necessariamente "o" mal, depende de como ele é usado. Se para financiar atividades efetivamente produtivas, coisas do mundo real que geram empregos decentes, sustentando uma economia razoavelmente virtuosa, é "do bem"; se for para uso especulativo, gerando riqueza apenas para um punhado de capitalistas e operadores do mercado de capitais, é "do mal". No exemplo do Daniel, o Rhodes promoveu escravidão e danos ambientais, enquanto que o irlandês trabalhou duro no campo.
E o capital é o mal, simples assim?
A monarquia catari comprou o mundo futebolÃstico ocidental, que finge não ver que essa Copa se realiza sob mais de 6 mil cadáveres asiáticos. Fim.
O melhor colunista da Folha não é homofóbico, e eu celebro isso. Tristemente (ou, pelo contrário, óbvia e felizmente) não é brasileiro. Coutinho, saiba que seus leitores o acompanharão para onde você for: não somente nesta Folha de São Paulo.
Querer dizer que a Europa se emendou com relação aos direitos humanos é outra hipocrisia: os imigrantes que o digam.
Ah, mas só os imigrantes que aportam na Itália. O coutinho é tuga! Os que aportam na Islândia, são muito bem tratados, já chegam congelados e não precisam ser abatidos.
Fosse o texto meu: ".. Tivemos a escravidão; mas também os movimentos abolicionistas internos e transferimos a exploração para além-mar com o colonialismo, o que acabou com a infâmia só para os trouxas. Tivemos os totalitarismos polÃticos; mas também a força da democracia liberal, servida no colonialismo."
Hahahahah, que dedada no'zóio da condescendência. Que bom que tem gente mais educada que eu no mundo, agradeço o contraponto civilizado.
O Coutinho é um legÃtimo conservador no sentido da história polÃtica do termo e não no sentido coloquial em que colocam na mesma caixa os reacionários, pessoas que idealizam um passado que nunca existiu e que deveria ser o modelo de sociedade a seguir. Sabendo disso, não surpreende sua desconfiança no humano. Em sÃntese, um conservador não é nada afeito a idealizações, a construções abstratas de mundo, sejam do passado sejam para o futuro.
Sua concepção fundamental é de que os seres humanos são falhos e, portanto, é preciso ter muito cuidado com construções mentais para mudar o mundo, especialmente se essas mudanças forem violentas e rápidas demais. No entanto, o conservador não é avesso a mudanças, já que instituições e estruturas, por mais que tenham passado pelo escrutÃnio do tempo, podem ter algo aqui e acolá para consertar.
Parabéns pelo texto. A hipocrisia grassa o mundo, não é fácil.
Esqueceu da Inglaterra em 66. Eua 94. Etc etc
gostei mesmo foi da “ confiança quase nula na especie humana” , não sabia qual doença eu rinha em relação aos humanos, descobri, falta de confiança
Sensacional!....comece então desconfiando de esposa, filhos, parentes...ai será um homem coerente......
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