Ilustrada > Camila Sosa Villada, na Flip, critica ativistas e diz que literatura não resolve nada Voltar
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Roland Barthes já havia advertido que o fascismo não está presente quando palavras são proscritas; "o fascismo está na lÃngua", o fascismo está presente nos panfletos e nas palavras de ordem. Oportunas e lúcidas as declarações da escritora argentina.
A matéria deu-me vontade de ler os textos da autora. Ela põe no bolso certos teóricos e docentes que superestimam a literatura panfletária; cala também os identitários toscos, que querem segmentar a arte e a literatura em nichos de autoria e de leitura, de modo que as pessoas só criem/escrevam sobre e para quem é de sua mesma cor ou etnia. Villada é pessoa trans, mas não escreve só sobre pessoas trans nem só para leitores trans; mostra querer superar o particular na busca pelo universal.
Nem todo mundo que pertence a uma minoria tem que ser ativista. Parabéns a escritora e uma lição para ser aprendida pelos movimentos LGBTs do Brasil.
Excelente! De nada adianta se libertar de uma tirania e cair em outra. A opinião dos outros é a única real esfinge a matar! Aplaudo a lucidez da Camila.
A literatura, assim como a educação, nunca se apresentou como instrumentos para solução direta de auguras humanas: fome, depressão, doenças. Ninguém lê para não precisar comer restos (ou para que ninguém o tenha fazer). Literatura e educação não são calculadoras para dar respostas diretas. Mas ambos podem ser instrumentos que apontam um caminho melhor por intermédio da formação humana. Esperar respostas da literatura, é um tanto quanto infantil.
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