Com todo o respeito aos juízes, mas é um deboche na cara de uma sociedade predominantemente deficitária social e economicamente. O quinquênio poderia ser estendido aos aposentados que recebem um salário mínimo? Ou da enfermagem, que nem seu piso praticamente conquistou. Ah, lembrei, os aposentados e a enfermagem não podem deliberar sobre reajustes de seus próprios ordenados, mas os juízes podem, e avacalham... vergonha!

Revoltante!

E o piso da enfermagem?

Que absurdo! Não dá pra tolerar tais abusos! Povo na rua contra o mamadores militares, juízes, Bolsonaros e pela verdade e transparência! Queremos Amazônia preservada, revogação do armamento, estratégias contra fake news e manipulação do gado aquartelado e combate à obscena desigualdade social! Vamos nos organizar e tomar às ruas com essas pautas??

O adicional de tempo de serviço não era penduricalho. Como em qualquer plano de cargos e salários, os mais antigos ganhavam mais do que os iniciantes. Isso foi tirado, a carreira passou anos sem reajuste e aí nos deram os penduricalhos como o auxílio moradia e a "gratificação de acúmulo", mas nada para os aposentados. É importante dizer que nas justiças federais ninguém recebe salário maior do que o teto (o meu sempre foi menor). É nas estaduais que os salários dos juízes chegam a 200 mil.

Privilégios e privilégios, para determinadas classes, já cheia de poderes, mostra a maneira mais fácil de minar a credibilidade junto ao cidadão comum, que todos dias, luta com força e determinação para levar alimentos e certo conforto para suas casas.

Assim não dá. "Ou todos nos locupletamos ou restaure-se a moralidade" como disse Millor Fernandes. Se grupos corporativos já com excesso de privilégios avança mais nos cofres publicos no mesmo ritmo aumenta os milhões de miseráveis. Até quando? Qualquer dia a massa vai se revoltar. E com razão.

A Justiça tarda, mas não falha. É interessante observar que em momentos de discussões críticas relativas ao orçamento público, o legislativo e o judiciário se auto aplicam mais regalias, bem mórbido. Fukuyama no livro Ordem e Decadência traça um histórico da eficiência da burocracia do Estado como um pilar fundamental para o sucesso de um país, sobrevivendo até mesmo ao nazismo. Infelizmente convivemos com um judiciário que em momentos críticos mostra sua cara retrógrada e patrimonial.

Rodrigo Pacheco pautar essa excrescência é imoral

tenho dúvidas se somos mesmo uma nação ou apenas um amontoado de gente buscando privilégios, em todas as áreas.

Mais um absurdo que o contribuinte engolirá sem protestar, afinal de contas, somos uma nação com políticos de estimação e nossa energia está toda voltada pra isso. Enquanto isso, os ratos aumentam seus privilégios sem ser incomodados.

Em vez de espasmos moralistas, a Folha devia indagar sobre a estrita legalidade da medida e, com algum esforço, perquirir sobre o tratamento diferenciado dos magistrados perante outras categorias de funcionários, que também tinham o benefício, há tempos congelado. Se o STF deixar passar isso, vai dar munição aos desatinados de porta de quartel.