Ilustríssima > Não há modernidade sem violência racial, diz Denise Ferreira da Silva Voltar

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  1. Marcelo Moraes Victor

    Sou branco, da elite mas jamais racista. Essas generalizações são elas mesmo racistas. Faço o que? me culpando para sempre?

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  2. José Cardoso

    Por mais terrível que tenha sido, o tráfico transatlântico e a escravidão nas Américas são menos importantes que o movimento abolicionista. Afinal escravidão não era novidade, sendo inclusive a base da civilização grega e romana. Estudar porque esse movimento foi bem sucedido seria muito interessante. Por exemplo: até que ponto a revolta de escravos e a posterior independência do Haiti, com a abolição feita pelos próprios cativos, não foi um evento crucial nesse processo?

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  3. Henrique Marinho

    Só mimimi de looser. Sugiro assistir ao filme Vazante, de Daniela Thomas, que pulveriza o identitarismo racial com Arte, com A maiúsculo.

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  4. Paloma Fonseca

    Bem, não li o livro, e ao ouvir a professora pareceu-me que ela possui um pensamento hermético, de acesso não imediato, assim como outros autores que já li (Foucault, Derrida, Deleuze), será que sua matriz teórica é desses franceses, além de Frantz Fanon? A crítica que faço é a de a professora subsumir a criminalidade à condição racial: para mim, a raça não está atrelada ao crime, e não posso justificar ou desculpar o crime pela condição racial. Relato abaixo uma situação que presenciei.

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    1. Paloma Fonseca

      Fiz uma denúncia na ouvidoria do governo local, a denúncia chegou ao conselho tutelar, e alguns dias depois o conselho me dá como resposta que há outras prioridades que estão atendendo, e que depois iriam verificar. Sim, penso comigo, há crimes mais graves, violência física e sexual contra crianças e adolescentes. A pergunta que me faço é: eu deveria fingir que não vi, que não aconteceu o que esteja bem à vista dos meus olhos caso as mulheres "responsáveis" fossem negras?

    2. Paloma Fonseca

      Dezembro, mês de festas, de 13º salário, de corações moles, região central da cidade, pista com saída de carros, que param quando o sinal fecha, três ou quatro crianças de seis a oito anos pedem dinheiro ou vendem balinhas aos motoristas, colocam seus rostinhos para dentro das janelas. Duas mulheres estão a poucos metros do que acontece, sentadas e observando, elas são as "mães" ou "responsáveis" por essas crianças, elas estão explorando essas crianças.

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