Magnífico texto .Espelha a manifestação solar daquele gol eterno ,confirmando as melhores esperanças !

Muito bom o texto! Mas é o seguinte : se o Brasil ganhar a Copa, esse gol vai ser decantado por décadas. Como aquele do Branco na conquista do tetra. Se o Brasil não ganhar, vai ser só um gol bonito, do jogador que fazia aquela dança um tanto ridícula.

E o gol de Camarões? Aguardo pelo significado...

Richarlison entrou aos 25, quase de bicicleta, nos livros de História (das copas, pelo meno) nos quais normalmente conhecemos gente morta. E subjaz ao gol o contexto ditatorial e explorador do trabalho. Os prédios magníficos são como alambrados invertidos: dentro, no ar-condicionado, sorvendo banquetes, olhando pelas fachadas de vidro, quem assiste, fora aqueles que trabalham. E a distância entre esses dois lugares de classes sociais são tão intransponíveis como a da arquibancada ao gramado.

É, sêo Muniz, poético texto a nos lembrar de nossa potência voleativa e goleatória. Da capacidade brazucalegre, do ímpeto criativo, muito além dos criacionismos que nos querem fazer deglutir. A divina Eironeia, a incerta e volúvel Vvvaaca Grega, tá sempre pelaí, no contraste entre a luxúria alegre do gol e o deprimente desaparecimento do Bozo - não obstante a alegria de tê-lo calado, imensa. Mas os sinais de fumaça negra do conclave Bozolínico são inequívocos: sem Papa, ainda assim poluirão-nos.

Politizaram o gol. Ridículo. A última frase é sintomática dessa percepção. Submete a brasilidade e até todo o esforço e tudo o mais envolvido por mais uma conquista a esse ideário que, no fundo, é partidário. Ridículo e medíocre.

Belíssimo texto.

Lindo