Eu sistematicamente discordo da colunista, mas dessa vez preciso respaldar o alerta. Esse é o tipo de lei que abre uma brecha enorme para autoritarismo e perseguição. Reverte a balança para o outro lado, o que não é solução (nem à direita nem à esquerda). Entretanto, não quer dizer que não haja um problema a ser enfrentado: as bolhas estão criando ódio. Assédio, desrespeito e violência tornaram-se regra. Vai ser preciso, infelizmente regular algumas coisas na interação, para sair da barbárie.

A propósito, a justiça considera as redes sociais como espaço público quando se tratar de crimes de expressão (calúnia, injúria, difamação, racismo, ameaça, etc.). Ofender na rua ou na internet não muda a natureza do crime cometido, mas quando cometido na internet há o agravante da difusão em grande escala, potencializando a ofensa. Com a internet, a falta de urbanidade virou uma praga perigosa e divisiva, que ameaça a própria liberdade de expressão, logo, há que se ter leis para sanar.

Leis de caráter educativo (reserva de vagas em estacionamentos, reserva de assento em veículos de transporte público, proibição de fumar em locais fechados, etc.) visam promover a urbanidade e civilidade quando isso não se faz voluntariamente. Creio que se trata de mais uma lei neste sentido. Só acho que a pena é exagerada, a menos que no bojo da ofensa hajam outros crimes como injúria, calúnia, difamação, ameaça, racismo, etc. Neste sentido a lei é bem vinda e se junta às demais que já existem.

Após o nazismo na Alemanha tornou crime qualquer apologia ao regime derrotado porque representava um risco à humanidade. Teremos sim que ter leis para punir aqueles que continuem a defender o fascismo no Brasil já que ameaça o Estado democrático de Direito.

É curioso que a articulista se incomoda apenas com "atacados" pela esquerda, menciona Regina Duarte mas não vi no texto menção ao MPF que ontem denunciou professores e uma promotora que questionaram o Aras em Paris ou André Mendonça que acionou um cidadão com base na LSN apenas porque fez um outdoor dizendo que Bolsonaro era "pior que pequi roído", seletividade a gente vê por aqui...

O artigo é claro e preciso. É necessário deixar claro algumas palavras que podem apresentar sentido dúbio.

Decididamente, a coisa fica cada vez mais complicada. É óbvio que sou contra abordagens violentas, principalmente quando se trata de violência física. Qualquer pessoa em sã consciência é. O problema (como se já não tivéssemos o mais que suficiente) é, como observa a colunista, a questão da subjetividade nas interpretações. Chamar o mico cape tão mili ciano de geno cida pode ser criminalizado?

É o berçário das ideias de blindagem e do controle social sistemático. Seus alicerces estão entranhados no autoritarismo dos monopólios da verdade ideológica. (Claudia F.)

Ninguém tem o direito de fazer isso, seja com Gil ou Regina. Isso é violência e não outra coisa e assim deve ser punido. Existem meios legais de se manifestar

Graças a artigos como este, é que se confunde cada vez mais o que é liberdade de expressão e assédio grave e ca faj este como o que fizeram com o Gil. Ou seja, articulistas da Folha demonstrando que nem sabem o que é Democracia. Tenha a santa paciência!!!!

Há, sempre, um ponto de tangência entre os extremos. Nesse ponto, o propósito de blindagem própria e autoritarismo contra os adversos resta exposto. Isso é indisfarçável.

Senhoras e Senhores, com uma regime politico como esse onde se fazem presente castas, que separam o cidadão dos demais, é urgente a reforma do sistema politico com a criação do Voto Distrital com Recall, como é em países decentes, o Brasil é um pais de muindos diferentes, enquanto alguns pagam a vida toda para não ter nada, outros tem tudo sem fazer nada, não dá mais, ou se faz essa reforma ou só nos resta uma revolução pra mudar isso, não dá pra fingir que aqui é uma Democracia de verdade.

A Lei, em sendo aprovada, terá sua aplicação de forma indiscriminada a indivíduos, criminosos e violentos, de direita ou de esquerda, o constrangimento violento sofrido por ministros do STF , pode ser classificado como direito de insulto e intimidação como atos pacíficos. Senhora bolsonarista, seu conceito deve ser analisado pela ótica de apoio ao crime sem sensores ou posições.

Excelente artigo.

Eu acho que a crítica a agentes públicos não deve ser criminalizada, principalmente em horário "de trabalho". Agora acho uma covardia, a agressão, insulto e ameaça ao mesmo agente público quando este não está a trabalho, ou seja em um fim de semana com amigos ou familiares. Agentes públicos também são cidadãos e também devem ter seus direitos respeitados. Crítica é uma coisa, agressão e ameaça é outra.

Criticar pode. O que aparentemente querem criminalizar é a falta de educação na crítica, como por exemplo a que fazem em aviões e em restaurantes, com alguém gritando, ofendendo em altos brados e filmando a pessoa enquanto ela é insultada. Todo mundo merece um mínimo de respeito, inclusive as pessoas ao redor que são incomodadas com o triste espetáculo.

Parabéns Lygia Maria.

Quem tem vida pública está exposto a ser aplaudido ou vaiado fora de seus palcos , púlpitos . O que extrapolar à liberdade de expressão deve ser responsabilizado. Já se tem lei pra isso.

A intenção é boa, mas o caminho não é esse. Só incentiva a nossa velha tradição da carteirada por parte dos poderosos.

Incrível a dificuldade que o leitor típico da folha tem de entender que esse tipo de lei tem como objetivo proteger políticos poderosos de serem criticados.

A colunista dos dois demônios ( sendo que o da extrema direita é de algum modo sempre defendido), equivocada mais uma vez, compara alhos com bugalhos. Atitude fascista de agressão ao Gil num jogo de futebol com rechaço a uma bolsonarista que atacou a cultura e nesse mesmo ambiente foi repreendida. Extrema direita, fascismo e violência são sinônimos e contra isso não se pode tergiversar. Vide o que está acontecendo no país com a derrota do inominável!

Não há ato que não seja político. Perto de casa tem um acampamento frente a um quartel que ocupa duas das quatro pistas de uma avenida. Não são admoestados nem com multa por estacionamento indevido. A Carla Zambelli fez o que fez, depois viajou, voltou olhando por cima e não se vê admoestação. Nos dois casos tem leis pra regular as ações. Os atos, a aplicação da lei, e a falta da aplicação, são todos "manifestação política", por ação ou omissão.

Acho q quem se aproxima de qq pessoa aos gritos e com pala deve ser identificada e pagar multa. Agora não há simetria na comparação en Regina e Gil. Ela defende genocida e ajudou a destruir a cultura nacional da qual fez parte, já Gil é um pacifista e qdo Ministro ajudou a Cultura . Não estão sequer no mesmo nível. Além disso,comparar as ações (incipientes) de (alguma)esquerda com as tragédias causadas pela extrema-direita é como dizer que existe racismo reverso. Não tem o menor cabimento.

Lygia, prezada, de fato tem umas coisas que extrapolam. Contudo, as maravilhosas portas da extrapolação estão abertas a todEs. Só tenho a dizer que "seu pessoal" foi muito incompetente ao não defender a dona Rainha. Ao tratar os políticos de esquerda de "a militância", demonstra fina má vontade, haja vista que "sua turminha" milita igualmente - o termo é genérico, consta - e com ares militares. Tomara que não façam leis contra a chatice, ou a autora corre graves riscos.

Falsos democratas solapando a democracia! Quem entra na vida pública sabe que tem poder de mudar a vida das pessoas, para o bem ou para mal. Aqueles que abusam desse poder, devem e podem ser cobrados por suas atitudes. Se tivessem caráter, proporiam um Projeto de Lei que impedisse suas campanhas eleitorais mentirosas! Ah, quem pediu para o povo ir atras dos políticos até em suas casas, foi o Lula. Ele pode, né!?

O patrulhamento ideológico foi próprio da Ditadura Militar, o assédio ideológico também é um patrulhamento e não deve ser aprovado. A liberdade de expressão não autoriza abordar pessoalmente as pessoas para constrangimentos, sendo elas políticas ou não. A crítica sem ofensas pode ser feita em respostas a publicações nas redes sociais, muito comum hoje em dia.