Ross Douthat > Canadá amplia suicídio assistido; saiba o que a prática fez no país Voltar
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O que a humanidade entendeu sobre a vida, seu significado, sua finalidade? O que é uma vida sem a participação da essência espiritual? Após a invenção do dinheiro os seres humanos puseram de lado o transcendental da vida, por terem concentrado nele toda sua energia, mas o que é o dinheiro? As leis naturais possibilitam o nascimento para uma vida temporária na Terra, mas o que fazem de sua vida?
Concordo que a abreviação da vida não deve ser incentivada mas a perspectiva de ficar uma cama sofrendo a espera da morte mr assusta da mesma forma, na minha opinião se não há perspectiva de cura e os sentidos que nos conectam ao mudam vão se deteriorar e nos levar a um estado vegetativo a morte assistida é a melhor opção.
Seria bom que o autor se recordasse das mortes de deficientes fÃsicos e mentais por estados conservadores de extrema direita, seria bom lembrar-se das polÃticas de eugenia e dos ideais de massacres de “raças” consideradas inferiores. O texto é inconsistente e escrevê-la como uma propaganda piegas e enganosa acerca do conservadorismo de direita.
Não existe lei nenhuma que proÃba um indivÃduo de cometer suicÃdio, então a abordagem do artigo é risÃvel. Eu tenho sim uma preocupação em relação a polÃticas de suicÃdio assistido, pois é possÃvel que se abuse do sistema para dar cabo da vida de alguém que não possui capacidade ou condições de decidir por si. Mas essa preocupação não se apresenta no artigo, é pura ladainha polÃtica e religiosa.
Ou eu sou obtuso, ou esse texto foi mal escrito e enrolado para dizer que é contra a eutanásia.
O texto é pertinente. Ainda que possa ser justa, o suicÃdio assistido é uma solução extrema, portanto deve-se levar em consideração várias questões entorno de cada caso. O autor no entanto é hipócrita em falar de "descristianização" como se fosse causa de uma suposta falta de ética. Religião nenhuma tem moral pra falar de ética. Por outro lado, como não acredito em santos, há muitos autoproclamados progressistas que no fundo sempre lutam em causa própria.
Como eu não posso imaginar tamanho sofrimento fÃsico e/ou mental, prefiro não julgar as pessoas que optam por essa prática.
Se muitas pessoas têm o direito de tirar sua vida lentamente fumando cigarros, usando drogas lÃcitas e ilÃcitas, ingerindo comida e bebidas insalubres, então por que outras não teriam o direito de usufruir do suicÃdio medicamente assistido?
Eis um péssimo artigo que defende que o enorme sofrimento de uma pessoa em estado terminal não lhe pertence, mas as religiões, partidos de direita e plano de saúde acreditam que detêm uma fatia disso. Eles não permitem que a famÃlia da pessoa ou ela mesma decidam se é melhor. interromper tudo isso. O suicÃdio assistido deveria ser um direito de cada um, mas querem negá-lo...
Provavelmente o cara é da mesma safra dos que são contra o aborto de anencéfalos ou em caso de gravidez por estupro. Daà que a gente vê como o cristianismo e o conservadorismo é perigoso.
Texto muito tendencioso, associando extrema direita como combate ao suicÃdio assistido. Desumano é deixar uma pessoa mentalmente doente prejudicando a si mesma e aos outros, sem perspectiva de melhora, é deixar um idoso demente ou que não tem mais qualidade de vida continuar vivendo doente em um hospital ou dando trabalho pra famÃlia carente de recursos financeiros e humanos pra dar conta dessa vida. Se cada um pudesse decidir a hora de morrer, o mundo seria um lugar melhor.
Se cada um pudesse decidir...........o mundo seria um lugar melhor. Então, Dona Beatriz, os velhinhos mentalmente doentes não são capazes de decidir nada e não será por causa das despesas que se vai sair matando os incapazes. E é de direita ou não eu não sei.Sei que o nazismo tinha como fundamento a morte de doentes e idosos com a mesma justificativa.
Péssimo artigo que no seu tÃtulo tem o Canadá mas com viés de direita arranjou um jeito de citar Trump (The Great Clown). O texto não propõe um debate, adota uma ótica conservadora e insensÃvel. Quem teve parentes em estado terminal não quer que o sofrimento deles se estenda por anos, que eles não sejam mais explorados e desrespeitados pelos planos de saúde. O suicÃdio assistido pode ser uma opção aceitável nesses casos...
cada um deve ter o direito de viver e morrer como preferir. o problema são os caras das preventsenior da vida dando pitaco sobre as possibilidades de cura. pensa num tratamento bem oneroso, e no diretor financeiro que vai determinar o bônus de quem autorizou o tratamento; e por outro lado, no psicólogo sorridente da voz calma explicando que tanta dor, tanto sofrimento, podem ser evitados. no popular, um mato sem cachorro...
Discordo do autor. Viver não é uma obrigação, é um direito e também uma decisão, uma escolha, uma opção de cada um. Morrer também é um direito e uma escolha. O Estado democrático de direito tem o dever de dar assistência a cada indivÃduo nessas duas decisões. Um Estado que se nega a isso é um Estado que traz um traço de totalitarismo.
Como legista sou confrontado com tantos suicÃdios, a imensa maioria levados a cabo de forma muito dolorosa. Também trabalho com home-care e conheci centenas de assistências a pessoas mantidas vivas no final de processos demenciais prolongados até a imobilidade total. Convivi, como médico auditor, com o melhor e o pior de hospitais e operadoras de planos de saúde. Esse é, dos temas humanos, um dos mais complexos e fundamentais. Precisamos de liberais e dos conservadores para nossa balança.
Um tema tão importante, tão fundamental e difÃcil, e a folha resolve traduzir essa bobagem carola estadosunidense. Num paÃs como o Brasil onde ainda temos dificuldade em falar em paliação e morte digna, trazer uma crÃtica rasa ao sistema canadense (Ou escandinavo, ou holandês, ou suÃço- praticamente todo mundo civilizado oferece opções dignas ao sofrimento imensurável) é praticamente criminoso. Obrigado pela resposta sensÃvel, eu fiquei sem paciência
Texto tendencioso demais, basicamente um manifesto pro-vida quase bolsonarista. A SuÃça tem um programa de suicÃdio assistido que funciona igual e as pessoas que chegam lá, chegam desesperadas. E mesmo assim vários tipos de tratamentos não convencionais são oferecidos a essas pessoas (tratamento com LSD, psilocibina, mdma, etc). E se depois de todos os tratamentos, a pessoa continuar com suas dores (fÃsicas ou mentais), o governo intervém. Não sejam desrespeitosos com o livre arbÃtrio dÂ’outros
Além do tabu paroquial de discutir a morte de forma profunda e serena - o autor estabelece um falso paralelo com o fascismo da extrema direita. Neste, a liberdade nas escolhas de cunho pessoal é violentamente suprimida, na nova prática, afirmada. E o ataque não deixa de ser irônico, dada a cantilena dos conservadores atuais sobre liberdades do indivÃduo - inclusive de não se vacinar numa epidemia e aà sim, promover a morte involuntária de milhares.
O autor é um carola burro e perverso, isso fica claro. Triste é a folha traduzir e dar voz a esse tipo de absurdo.
Caramba! Mandou bem!
No fundo, a "distopia" é sobre a perda do controle conservador sobre a sociedade. Porque o problema aqui é, sim, sobre controle. Todas as situações para o suicÃdio assistido assinalados no texto só reforçam que cada um sabe de si. Não é justo manter alguém em sofrimento constante por dogmas de terceiros.
Excelente comentário, EmÃlia! Controle sim, e principalmente da Igreja sobre a sociedade
Nao se pode negar a uma pessoa que está sofrendo demasiadamente e sem qualquer esperança de cura abreviar sua morte. Para que sofrer 1 ano que seja? Isso sim me parece cruel.
O único "argumento" que o autor oferece contra a nova prática canadense é seu horror pessoal, que tenta de forma desajeitada promover a horror cósmico. Não convence senão os convencidos que alguém imerso em denso e prolongado desespero - condição para levar adiante a prática - deveria ser privado por lei de uma decisão inteiramente livre e de cunho profundamente pessoal só porque ele e seus colegas conservadores acham que sabem o que Deus quer.
A sociedade ocidental não sabe lidar com a morte.
Verdade, Fátima (nome da minha irmã). Muitos séculos de doutrinação religiosa que não promoveram o debate e o esclarecimento desse tema e de tantos outros. No Budismo, usa-se o último suspiro como uma importante prática para observá-la como mudança de um ciclo infindável de mudanças. Ela é uma realidade natural, uma oportunidade muito especial de transformar a mente confusa num estado mental de profunda paz.
O suicÃdio assistido e a eutanásia são atos de coragem, determinação, caridade, desprendimento. Tive essa sensação quando tive que colocar para descansar um doce cão de 17 anos. Relutei, mas o sofrimento fÃsico era maior. Tudo tem um fim, precisamos aceitar e saber o momento certo, ou supostamente certo, para conceber o fim. O sofrimento alheio não nos pertence totalmente, mas precisamos respeitar as dores dos outros.
O suicÃdio medicamente assistido no Canadá se estende a qualquer desejo do paciente?ou só serve para quem se.encontra em sofrimento terrÃvel?
Está totalmente errado o articulista. O que é "civilizado" para ele é obrigar uma pessoa a sofrer contra a vontade, por mais atroz que seja o sofrimento? É obrigar alguém a "viver" sem a mÃnima qualidade de vida? No final desse artigo infeliz está o que realmente o fundamenta: a sempre indevida interferencia da religiosa na vida de todos, o que é absurdo. Acho que é correto que as pessoas, em determinadas condicoes, possam optar por abreviar a própria vida com auxilio médico.
Curioso, penso no suicÃdio assistido como uma prática liberal e conservadora. Imagine as pessoas que sofrem de forma agonÃstica ao perderem parentes para o suicÃdio de forma abrupta, sem poder se despedir e sentindo culpa pelo que aconteceu? Poderiam, diante dessa possibilidade da assistência médica, conversar em famÃlia e se despedirem... Casais longevos poderiam optar por partirem juntos. Pessoas completamente incapacitadas ou desprovidas de sentido na existência partiriam sem dor...
Texto muito bem escrito. Triste saber que será tão duramente criticadas.
Se já sabia que seria criticado, é pq sabe que é um posicionamento frágil e fácil de ser rebatido. Curioso e distópico são os conservadores que dizem defender as liberdades individuais, mas querem barrar as decisões individuais alheias que não cabem na sua cosmovisão pessoal... vai lá entender...
A vida é absolutamente minha, dela devo dispor como quiser. Quem ou o que se intromete nisso, entra indevidamente.
Concordo plenamente com suas palavras Sérgio Lisboa. Precisamos acabar com esse tabu e avançar na questão do suicÃdio assistido sem falsos pudores de cunho religioso ou ideológico. Estamos falando sobre a liberdade soberana que dispomos sobre nossa vida e nosso corpo diante do final derradeiro da existência ao qual não há como fugir ou negar.
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