Ilustríssima > 'Amélia', samba hoje cancelado, era subversivo na ditadura Vargas Voltar
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Para horror dos neofascistóides de plantão, aqueles que querem um mundo melhor segundo suas convicções e que se dane os demais, só é cancelado aquilo que deixamos cancelar, só é apropriado nessa esquizofrenia aquilo que deixamos apropriar. Sigo cantando o samba, podem se rasgar de ódio, quem liga?
Essa história de cancelamento é o câncer da cultura atual. Um dia isso passa. Mário Lago cancelado...parem, apenas parem.
O verso sobre achar bonito não ter o que comer é uma sátira excepcional, ao ironizar a crueldade da extrema carência, sem desumanizar quem a suporta. Meio cÃnica, meio pungente, parece uma frase que uma personagem pobre de Assis Machado de poderia dizer.
Parabéns mestra , escritora e professora Amanda Beraldo Faria!
Excelente. Depois de ler o artigo fica óbvio que a letra não é diretamente machista. Parece mais um universo edÃpico: de um lado a nostalgia de uma mulher que é só apoio e compreensão (como uma mãe?). De outro, a mulher atual com todas as exigências, que parece querer um pai provedor, mais que um companheiro.
Se quiserem conhecer uma música que pisoteia as mulheres ouçam "Voce não passa de uma mulher" na voz de Martinho da Vila. A música Amélia fala de outra coisa completamente diferente.
Associar "Amélia" a uma mulher submissa é de longe uma das maiores bobagens que se inventou recentemente. A música fala de um sujeito que não consegue dar para a mulher um padrão de vida de luxo. O "pobre rapaz" não se adapta a vida capitalista de consumo. O que isso tem de relacionado com submissão feminina??? A Amelia da música não é uma mulher consumista e por isso não cobrava muito dinheiro do pobre rapaz. Parece que quem cancela a música "Amélia" simplesmente não entendeu a letra...
Texto excelente.
"Você só pensa em luxo e riqueza Tudo o que você vê você quer". "Você não tem a menor consciência". Ao cancelar as Amélias, solidárias na contrariedade e na dificuldade, se estaria chancelado a futilidade da outra? Paradoxos da evolução cultural, sem considerar contextos.
Excelente artigo!! A única coisa constante no universo é a mudança. Viva o samba! Abaixo ao machismo!
Alguém já disse que o homem é produto do meio. Absurdos hoje, condenados por tantos que provavelmente agiriam da mesma forma naquele tempo. Não há diferença entre sua ação, a censura ou a inquisição moral. É o que Monteiro Lobato e tantos outros que se foram diriam se pudessem. Que fariam esses paladinos da destruição da cultura depois de lerem alguns trechos da BÃblia e constatarem como era a visão daquele tempo sobre as bandeiras que defendem. Duvido que tenham coragem para proibir o Livro.
O cancelamento da canção fala mais de nossa situação de penúria na interpretação e forma de entender obras de arte, que dos autores ou de formas de superar o machismo.
Ótimo comentário.
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