Lygia Maria > Legislando o útero Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Prezada sra Larissa Nunes, o que quer dizer com "vocês não deveriam"? E sempre assim, pedi apenas uma reflexão.
Tive uma cachorrinha que nasceu sem rim; descobrimos isso quando ela tinha três meses de idade. Sobreviveu mais três. A maior parte do tempo, passou bem; mas, um dia, intoxicada por suas próprias secreções, teve uma série de hemoptise. Foi um sofrimento inaudito para todos e, naquele mesmo dia, praticamos a eutanásia. Isso sim foi doloroso. Guardadas as devidas proporções, imagino que é essa dor que a douta juÃza quer ver a criança e a sua mãe passarem.
Fico pensando será que o nÃvel dos juÃzes é que caiu ou é só uma sensação
Então, 1-só para refletir ( se é que não o fez e está fechada a outras questões) o sofrimento da mulher/mae que gesta um filho doente, o trauma é maior ou menor do que quando faz um aborto? 2- quem garante que ele não sobrevivera? Meu 13o neto nasceu com o coração (linguagem bem popular) que era um buraco só. A primeira fala da médica era abortar. Não, disseram os pais. Nasceu, três operações, 40 dias no hospital. Hoje 2 anos e meio, ele está feliz, transbordando de alegria. Evitou-se matar um
Então, dentro da sua proposta de reflexão. A lei dá o direito à mulher de abortar nesses casos. A mulher que quer continuar a gravidez, em qualquer situação, tem a sua escolha respeitada. Da mesma forma, a mulher que não quer continuar essa gravidez tem o direito de ter sua escolha respeitada e ver a lei cumprida. Ninguém pretende obrigar nenhuma mulher a fazer aborto contra sua vontade. Da mesma forma vocês não deveriam tentar impedir o aborto se a mãe quer fazer e a lei autoriza.
1- Não é só o trauma da mulher é o risco de vida, se vc leu 2- O caso que vc diz é um e o desta matéria é outro, tem de se analisar caso a caso e não comparar
Corrijo-me abaixo: se os médicos, através dos exames dizem que não chegará a termo...! Que a Luz de Cristo ilumine abençoando todos os caminhos na vida de seu décimo terceiro neto.
Deus deu a inteligência para o cientista por isso ele sabe mais do que qualquer um. Se um médico, através dos exames, dizem que não chegará a termo ou se chegar não sobreviverá, quem somos nós para contestar? E cada caso é cada caso. Já vi uma quase mãe, carregar nove meses uma feto no ventre e quando foi para o hospital o feto fazia três dias que estava sem vida. À época ,quase cinquenta anos, não existiam exames...Se homem parisse o aborto seria livre a termo. Sadio ou não.
O juiz deve aplicar a lei, que como diziam os Romanos, pode ser dura mas é lei. Cabe ao Congresso, talvez por iniciativa do presidente, que já se declarou favorável à descriminalização, mudá-la. Como na abolição da escravatura, estamos ficando por último: México, Argentina e Colômbia já tem legislação bem mais liberal a respeito.
A Lei deve ser Interpretada. Se a lei for aplicada aspas ipsis verbis, qualquer computador julgará melhor e mais barato do que um Juiz. Acabe com o Poder Judiciário e coloque computadores para Julgar. Aprendi, há quase cinquenta anos que o Juiz , ou quem julga, assessor, presidente de Comissão Processante,deve ter acima de tudo, bom senso,. Não adianta conhecer tudo do direito, se não tem bom senso,não será um bom julgador.
Lygia, prezada, nunca havia ouvido essa argumentação do sofrimento do feto, mas não deve ser nova, porque "razoável". Ocorre que, como pontuado, ele não sobreviverá; como de fato morrerá (talvez em sofrimento), todo o ônus recai sobre a mãe: deverá gestá-lo imersa na angústia de que ele vai morrer; ela passará pelo sofrimento natural ou cirúrgico do parto; após parir, nada poderá fazer pela sobrevivência do filh@. Forma muito cristã de evitar/abreviar um sofrimento, não? É cada uma...
Decisão hedionda! Mentalidade patriarcal hedionda. A juÃza merece punição divina, já que a terrena tá difÃcil!!
Olha, minha cara Luciana, como incréu eu preferia a segunda; na verdade, uma reforma da decisão, já seria bem bom, protegendo a mãe. Uma sentença superior que desdissesse a barbaridade e a explicitasse claramente, seria - se rápida o suficiente - "punição" básica, porque demeritória da juÃza. Daà em diante, como você falou, tá difÃcil, mas a mãe e o feto sairiam melhor dessa história horripilante ..
A cidadã se dirige ao Judiciário pedindo interrupção de gravidez, não o faz despida de sentimentos, acredito, o mais nobre deles. Amar é libertar. Não procurou clÃnica clandestina, procurou cobertura legal, acolhimento, apoio, para si e seu próprio filho, que não terá condições de vida. Somente quem perdeu um filho, em óbito uterino, sabe as cicatrizes que carrega. IncrÃvel ver homens falando com tanta "propriedade" sobre decisões que só cabem à mulher. Mais incrÃvel, a decisão vir de uma juÃza.
É o "Efeito Dddooidamares" se abatendo sobre as concidadãs.
Muito boa a coluna. Falta o bom senso para as pessoas. Torturar a ex-futura, mãe com um ser no corpo que não vingará? É muito triste. Há muito,uns50anos, em meu trabalho, uma colega iria sair em licença maternidade, estava com nove meses de gravidez. Feliz, muito feliz. Saiu.E uns dias depois, soube que quando foi dar a luz, fazia três dias que o feto estava sem vida. Não me lembro do nome da colega, mas, aquilo me deixou chocada: é justo alguém carregar um ser que não chegará a termo?
Vixe, dona Lygia. Cuidado para não ser cancelada por ter usado o termo "mulher" ao invés de "pessoas com útero". Você vai ofender uma parte identitária assim!
Para essa criança, a única vida que ela terá será onde ela está agora. Será uma curta vida, mas não precisará ter rins porque suas necessidades estão sendo atendidas pelo corpo da mãe. Para ela, o nascimento será sua morte, mas até lá merece proteção como ser humano que é. O fato de não poder sobreviver fora do útero não a qualifica para não ter o direito de viver dentro dele, e ser considerada um monstro a se extirpar, por pura conveniência da mãe.
E eu me pergunto: por que é que a tua mãe te deixou sair? Teria te poupado mais essa vergonha e nos poupado de mais esse escárnio. Ela errou rude, hein?!
Esse Alek abaixo aà é doido
Conveniência da Mãe? acho que não leu direito, é a vida dela tbm
Entendo o seu ponto de vista. É importante valorizar a existência do feto. A questão da legalização do aborto é outra. Não se trata de desvalorizar o feto, antes, é a valorização da gestante, conforme a autora expõe no texto. Obrigar a mulher a parir pode destruir emocionalmente a gestante e isto deve ser evitado com a legalização do aborto.
Conveniência da mãe? Oi? Desde quando uma pessoa que está nesta situação fará algo por pura conveniência? Chama dor, sofrimento, fracasso, saúde e respeito. Nunca fale de conveniência para algo complexo e doloroso. Você tem potencial para sentir empatia. Acredite.
Se homem parisse o aborto seria no nono mês autorizado.
Você não tem útero então não tem direito a dar pitaco. Recolha-se a sua insignificância de macho decaÃdo.
Que o feto não irá sobreviver após o parto parece certo, mas se a gestante também morrer em decorrência serão duas vidas que cessam. Dói na consciência saber que o feto irá morrer, mas, nenhuma dor na consciência pelo risco de uma segunda morte?
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Lygia Maria > Legislando o útero Voltar
Comente este texto