Vera Iaconelli > O trabalho com pessoas que gestam Voltar
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Eiueu
A " radicalização " identitária esconde o interesse maior de manutenção da ordem vigente, fugindo das questões estruturais, base da desigualdade e exploração do trabalho, se perde no formalismo que apenas muda para manter tudo exatamente como está!
"Todes" é de lascar! Quando a Ciência decidiu incluir a qualquer custo, desistiu de entender os fenômenos e passou a explicá-los segundo a narrativa dos envolvidos em questões de identidade que só a eles interessam.
Misoginia explÃcita. Sempre foi fácil suprimir o direito feminino e invadir seus espaços.
Pelo que entendi, quando se trata de anatomia e fisiologia, é melhor empregar a nomenclatura "pessoas que menstruam" e similares, pois isso engloba e inclui pessoas de diferentes gêneros com a mesma corporeidade, e isso é uma pauta das pessoas trans e travestis. Estas ainda estão circunscritas, no âmbito da saúde, aos enquadramentos da Aids/IST e das cirurgias de redesignação. Irão lutar pela própria incorporação em polÃticas públicas, na condição de sujeites de direitos.
Em resumo. São mulheres. E qualquer um tem a liberdade de querer ser chamado de qualquer coisa. Só não queira impor nada a ninguém pois não vai funcionar.
A autora pode não gostar que o conceito de "mulher" seja usado como identidade, mas ela não tem o poder de decidir que essa não é uma identidade válida. Se mulheres se identificam dessa forma, isso é tudo que basta. Goste ela ou não.
Para a autora (não consigo responder abaixo por alguma razão): Que não gosta do uso do conceito de mulher *como identidade* (que foi o que eu disse)? No próprio texto, onde afirma "não se trata de uma identidade". Se a identidade trans é baseada em autodeclaração, por que o mesmo não seria válido para as mulheres cis? Trata-se de uma identidade sempre que uma mulher disser que essa é sua identidade, simples assim.
Onde escrevi que não gosto do conceito mulher?
Ai, ai... O mundo ficou complexo, muito mais do que era, né, cara Vera? Vejo pelas contas: os custos fixos eram telefone, energia e água. Um de cada. Agora? Quantos telefones? Internet? Televisão? Carro alugado? Streaming? Jornais, sites e quejandos? Eu, quanto ao corpo e a identidade, tô na banda simples: homi, cis, tudo facinho, mas há complexidades. Eu acho admirável que, pelo esforço da vontade, gênero se corporifique, até certo ponto; é muito ingrata a celeuma de gênero x corpo.
No referencial do rabo do cachorro, esse último é que abana. O cachorro para ele é um rabo obeso.
Acho um dos termos mais ridÃculos de se usar: pessoas que menstruam. Me parece uma grosseria reduzir mulheres a isso, exceto se o assunto for expressamente sobre menstruação, aà seria aceitável. Digo que a menor parte das mulheres “estão menstruando” pois fazem isso em apenas uns 40% dos anos de suas vidas, em um quarto do tempo desses anos. E as que não menstruam porque não podem ou porque não querem? É muito simplificação chamar uma pessoa disso.
É uma expressão que só serve ao machismo e reduz as mulheres a uma função. As mulheres que não percebem isso são enganadas por uma teoria que é pretensamente progressista, mas que é uma ferramenta perversa para apagar mulheres
talvez vc precise reler o texto, ela não nos reduziu a nada
ótimo texto Vera! o narcisismo é o x do problema da polêmica q tá rolando por aqui.
Muito boas as reflexões proposições de Vera! Aliás, como lhe é peculiar... Um detalhe secundário, terciário talvez... Há pessoas a quem não ocorre usar a construção: "Gostaria de dar as boas-vindas a todas as pessoas aqui presentes." Em sua incapacidade linguÃstica, usam: "Gostaria de dar as boas-vindas a todos e todas..." Ou preferem o que já chamaram de "a modinha do estupro linguÃstico": "Gostaria de dar as boas-vindas a todes"...
Há contextos em que dizer "pessoas que menstruam" é mais adequado do que dizer "mulheres". Apenas isto. Por que será tão difÃcil de entender algo tão evidente?
Para o contexto dos ambulatório e burocracia de saúde: uma mulher não conseguiria, de seu plano de saúde, a liberação para uma operação para a próstata porque os sistemas e saúde não atrelam essa operação à mulher. Uma trans é mulher e possui prostata e fica impedida de cuidar de sua saúde por causa da tecnocracia.
O contexto da saúde. Homens trans menstruam. Meninas e idosas não. Há aà uma condição não atrelada exclusivamente a gênero.
Do texto publicado: "Um vem da falta de conhecimento sobre o tema, afinal estamos todos aprendendo". Saber quais são os contextos ajudaria a entender. Você consegue citar alguns?
Muito bom e esclarecedor o artigo, obrigado.
Mais uma da Vera para ganhar biscoito de macho e da esquerda festiva. Um desserviço para as mulheres. E sim Vera, você é mulher e dizer que você é uma pessoa que pode ter menstruação ou gravidez é reduzir todo o significado histórico do que é ser mulher. Ser mulher em uma sociedade misógina é reconhecer a opressão, é reconhecer as próprias necessidades e a de suas irmãs perante um mundo que é violento contra o nosso sexo. E sim, é o nosso sexo biológico o determinante da opressão que sofremos.
Nadia, acabei de me dar conta q vc é rad, portanto não merece nem o respeito pelo qual estava te tratando
Camila. Isso é uma redução a nossa capacidade reprodutiva e que é usada sistematicamente para oprimir. Você sabe que a base para pensamentos como o da Vera é a teoria queer? E sim, é apenas uma teoria e não um dado da realidade. Teoria base para a ideia de mudança de identificação de gênero e para o movimento trans. O mesmo movimento que não menciona que o Irã é um dos paÃses que apoiam as cirurgias de redesignação desde a década de 80. O Irã é um paÃs notoriamente homofóbico.
mas Nadia, ela não nos reduziu a nada, é só um fato q a maioria das mulheres cis menstruam e podem gestar se quiserem, ela está apontando esse fato e tentando incluir outros corpos nesse lugar. não sei se vc já teve a oportunidade de conversar com mulheres trans ou travestis, mas afirmo aqui pra vc, elas tb são oprimidas (e muito) por estarem inseridas em uma sociedade machista e misógina.
#1.1 Essa briga entre tribalistas identitários na FSP só mostra a grande fraqueza dos argumentos de cada um dos grupos, que advogam para si uma alegada capacidade, exclusiva e fantasiosa, de incluir. Não se confunde identidade com corporalidade (como no subtÃtulo), até porque esta última influencia em larga medida a primeira.
#1.2 Portanto, não são partes substituÃveis, mas constituintes e, principalmente, a autopercepção de identidade (mulher trans) não se traduz na capacidade de gestar (capacidade que na origem da humanidade é feminina, ou seja - nessa altura do campeonato na FSP - , da mulher no sentido histórico, salva raras exceções na biologia).
#1.3 Agora, o óbvio (ou deveria ser): para incluir grupos ditos subalternizados (e.g., homens trans) não é necessário deslegitimar as mulheres (que menstruam), as quais têm uma identidade e corporalidade própria, a qual não se defini somente pela gestação, ou nas condições óbvias, de terem útero ou uma série de condições genéticas mais propÃcias a determinadas doenças, altura, etc. Por fim, é perfeitamente cabÃvel existirem polÃticas públicas para mulheres e homens trans que gestam.
obrigada pelos apontamentos. É surreal que a voz de mulheres, clamando por serem chamadas de mulheres, estejam sendo silenciadas ou deslegitimadas por outras mulheres. E tudo isso na defesa de uma autoafirmação de identidade completamente desconectada do material. Autoafirmações majoritariamente feitas por machos ( e não estou falando de identidade, mas do dado corporal).
mas em nenhum momento mulheres foram deslegitimadas
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