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"Ninguém quer saber de borracha de panela de pressão, de cestos de vime, de fumo de corda, de pescoço de peru, de vassoura piaçava, de tripa para fazer linguiça." No Mercado Central de Belo Horizonte tem tudo isso e preços nas grimpas. A comida não é das melhores e o preço da cerveja é uma ofensa à inteligência de qualquer um. Só vou lá pra comprar queijo e tempero....
Bom texto. A cada passo que um mercado dá em transformar-se em praça de alimentação, mais público alcança (temporariamente) e mais desinteressante fica. Não que o mercado atual com suas mazelas seja hiper-resolvido para atrair público - não é, mas a padronização cansa e mata a identidade.
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Aliás, bastaria não fazer a sençura Hidiota e só receberia congratulações e mensagens simpáticas ao quão democrático é o espaço da Ãgora oferecida como complemento à s notÃcias, absolutamente compassado com o modo contemporâneo de produzi-las. Não, "mantenhamos no século dezoito - sem usar algarismos arábicos, ou empaca - que lá é que era bom". Então tá, grossura com o freguês gera grosseria para o outro lado do balcão. Enquanto freguês não abandona o barco, lembrem-se.
Por, Marcão, sabe que eu tive uma surpresa bacana em Paraty, semana passada? Tinha uma estrutura perto do porto, do ladinho da Ilha das Cobras - entreposto pra farinhas que não são de mandioca - que estava bem largada, e eu não via ha uns dois ou três anos. De repente, nesses tempos pandêmicos, reativaram como um entreposto municipal de peixe. Rapaz, que beleza: não é uma loucura, um fervor, mas se acha bom peixe fresco, da região, da época, bem trabalhado pelos velhos peixeiros. Surpresa!
Legal! espero que essa iniciativa dê certo! ----- Por falar em peixe, taà outro assunto interessante: por que se insiste tanto em se fazer sushi, sashimi e outros pratos de peixe cru somente com salmão, atum e pescada branca? A falta de salmão do mar no mercado, por exemplo, acaba levando a barbaridades como o salmão de cativeiro alimentado com ração com corante e o salmão "falsiê", vendido como o artigo legÃtimo. Por que não se tentar fazer sushi de carapeba, beijupirá, pacu, tambaqui?
Entreposto de venda de cocaÃna por parte da facção criminosa comando vermelho, cujo acrônimo C V é tido como pecaminoso por esse gasto veÃculo de comunicação. Ah, vão fão.
São os últimos suspiros dos denominados mercados municipais. Que desapareçam com dignidade.
Espetacular a reflexão além disso quero comprar uma redinha de lampião e querosene se não, é porque levaram a alma do mercado. Fora isso não tem nada errado o dono da barraca gostar de um produto de outra região isso sempre existiu , o Brasil é muito diverso.
Fórmulas pasteurizadas duram pouco, pois são reducionistas. Há uma subtração enorme de informação. O tempo dirá…
Os autênticos mercados públicos regionais farão falta para muitos, mas felizmente alguns ainda resistem.
Aconselho o autor a conhecer o Mercado Central de BH, onde mais de 90% dos produtos tÃpicos são produzidos no estado; aconselho também conhecer o Mercado Novo de BH, que oferece comida e bebida produzidas na região e tornou-se um ponto turÃstico muito interessante. Não sei em relação aos outros mercados regionais do Brasil, mas no caso de BH, percebe-se um desconhecimento da situação.
O Mercado de BH tem muita coisa raiz mas também muitos produtos industrializados. Com essa "solução hÃbrida", consegue manter-se atrativo tanto para turistas quanto para belorizontinos. Creio que o de Curitiba é semelhante. Creio que o de Barcelona consegue manter-se mais fiel ao modelo tradicional mas apenas porque está nas Ramblas, que já tem ali imenso fluxo de turistas.
As Feiras de rua mantém o (mini)regionalismo.
Fernando, meu caro, em alguns lugares: em Campinas, a cidade-mor da região onde moro, as feiras Já deram uma caÃda brutal. Em comparação, Londrina, cidade paranaense e bozofrenia que visito regularmente, mantém feiras interessantes como não vejo por aqui. Muita coisa plantada na região, de boa qualidade com preços interessantes, boa e regional charcutaria e defumados, bem bacana. Morro de inveja - bem especÃfica, não troco meu sossego geral da roça - da minha mãe, com feira a uma quadra de casa.
Discordo sobre o Mercado Central de BH. Tenho certeza que a oferta de produtos regionais atinge 99% e não será a introdução do 1% (mesmo que suba pra 5, 10%!) que mudará a essência do lugar.
Mercados ficam chatos e monótonos como shoppings centers. Falta identidade em qualquer parte do mundo Tanto faz Bancoc ou Ribeirão Preto. Todos iguais Adorei viajar pelo México O que se como no sul é sequer conhecido no norte. Mas nesse mundo virtual que tudo se resume a brilho e tela plana, quem se interessa por identidade? Massificação è a palavra
É uma tristeza transformar um mercado em um Hilton, né, Maristela? Evidente, a utilidade para o Hilton e a padronização, pena é que não se repõem os mercados sumidos; hiltons, marcou, nascem que nem cogumelo.
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