Excelente artigo, de fato a mídia tradicional não consegue entender o submundo da internet. E ela também não consegue, há anos, entender o que se passa nas diversas camadas populares que existem no Brasil. A mídia se fechou no seu mundinho elitista, com ouvidos tapados e pronta pra ouvir apenas aquilo que convém (mercado, ações...capital especulativo), o resto, que é a vida do povo, é igual o desconhecimento que tem sobre o submundo da internet. Nulo.

Parece que não levamos a sério as palavras de gente que ameaça a vida de desafetos por motivos fúteis, pura discriminação social ou racial. Não apenas o jornalismo, mas as próprias autoridades necessitam mergulhar mais fundo neste mar de lama que motiva homicídios em massa e quase derrubou nossa pífia democracia.

Achei o artigo muito bom e bem escrito. Concordo com a observação feita aqui pelo Benassi de que esse conteúdo muitas vezes é inacessível, o que não é culpa dos jornalistas. A deep web pode ser horrível, o que é outro ponto a se levar em consideração.

Excelente evocação ao mergulho à interiora terrae...

Podemos dizer que a mídia tradicional , baseado nas opiniões , reportagens e notícias gerais , ainda considera que o inimigo é a esquerda . O mundo jornalístico não consegue interagir fora desta bolha . Com isso a internet profunda vai ficando fora do foco . O problema parece que está na formação defasada e falta de interesse das corporações no estímulo do trabalho investigativo.

Bem, Senhor@s, creio que vale a pena clarificar um ponto: a internet profunda contém desde inocências até barbaridades; basta que o conteúdo esteja contido em um banco de dados pra que não seja visível ao Google e congêneres - e há muito, muitíssimo conteúdo inacessível simplesmente porque armazenado "invisívelmente" aos motores de busca. Essas técnicas de mineração de informação são facilmente atualizáveis; mais difícil é formar jornalistas competentes na apuração conscienciosa, na boa escrita.

A midia está ao largo de toda a realidade brasileira. É corporativa, métodos, opiniões, rotina. Ainda tenta chamar a atenção pelo barulho sensacional. Até hoje vê furos como vantagem ao invés da informação apurada na rotina. Tem medo de discorrer e instruir e ser confundida com ideologia de esquerda qualquer. A imprensa emburrece, stressa, alarma e frusta. A imprensa é velha e desatualizada, cheias de rotinas mecanicas e clichês, inclusive na maneira de saber o que se passa de verdade.