Samuel Pessoa > Para os ortodoxos, economia já opera a plena carga Voltar
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se estamos no pleno emprego, então já passou da hora de criar novos, porque tem muita gente sem trabalho e passando fome. ou seja, mais do que urgente aumentar as despesas públicas.
O colunista desconsidera 4 fatores fundamentais: 1-apagão de dados em todas as áreas no desgoverno Bolsonaro; 2- a estagnação da massa dos rendimentos do trabalho, cuja ausência de aumentos reais do salário mÃnimo é só uma parte; 3- o sucateamento de todas as polÃticas públicas, vide o que fizeram com o bolsa famÃlia e denunciado nessa folha por Tereza Campello; 4- mudança na metodologia de cálculo do que é emprego e que Lula denunciou nos debates, qualquer bico virou emprego
O item 4 foi parcialmente endereçado - porque a série apresentada na coluna foi uma reconstrução combinando PNAD anual e PME (acomodando a mudança na metodologia). Mas a chave realmente pode estar no item 2: os dados escondem a precarização do emprego (migração da carteira assinada para autônomos com renda baixa - o que explica a estagnação da massa de rendimentos). Esse movimento, se verificado, praticamente invalida o ponto central da coluna de que a economia já opera em plena carga.
Décadas de ortodoxia de livre mercado afetaram a democracia, globalmente. Pobreza, concentração de renda e governos democraticamente eleitos rendidos, concordo com Stiglitz. Os defensores dessas teorias se recusam a aceitar que suas crenças e modelos não funcionaram corretamente. Como ele apontou, ‘tais teorias sobrevivem com tentativas ptolomaicas de ajustá-las aos fatos, o que atesta a realidade de que as más ideias, uma vez estabelecidas, muitas vezes têm uma morte lenta.’
Talvez o importante seja a taxa de desemprego de quem sabe trabalhar em alguma coisa. Realmente, no final do governo Dilma havia um apagão de mão de obra. Era difÃcil conseguir pintores, pedreiros, eletricistas ou encanadores. Claro que ainda havia desemprego, mas de gente que ninguém quer contratar.
Eu queria entender a lógica de "a economia brasileira se encontra em plena carga", sendo que a cada dia que passa o poder de compra diminui, mais pessoas morando na rua, mais pessoas pedindo comida e menos criança nas escolas e hospitais públicos mais cheios. Gostaria de entender qual economia é essa que liberais gritam aos 4 ventos.
Ortodoxia econômica é só um tÃtulo. No mundo atual não existe espaço para os puristas da Ciência Econômica.
Emprego bom é emprego com qualidade e isso só reindustrializando o paÃs, não adianta formar engenheiros e não ter colocação no mercado de trabalho obrigando-os a trabalhar de Uber, não deveria ser assim o mercado de trabalho, não é à toa que o Brasil é considerado um paÃs subdesenvolvido.
Ótimo artigo.
E não esquecer que são considerados entre os empregados os informais, que na verdade ocupam subempregos.
Não é só no bolsonarismo, os ortodoxos criaram seu mundo paralelo. Os locais estão se superando,inventaram que o pleno emprego é 8 ou 9% de desemprego. E a renda de salário não importa.
"A economia brasileira já opera a plena carga". Enquanto isso, 60 milhões de brasileiros enfrentam insegurança alimentar. Ortodoxo bom é ortodoxo morto.
Está misturando coisas diferentes, a capacidade da economia não tem a ver com segurança alimentar. Mas quem sofre a insegurança vai sofrer com a inflação. E vamos parar de querer matar os outros.
Perfeito! A questão é que o projeto escravagista neoliberal capturou todo o dinheiro para os rentistas, que hoje faturam como nunca. São duas economias paralelas. A dos rentistas o autor não tem autorização para comentar e consome mais da metade do orçamento. Esse setor é muitas vezes chamado de setor produtivo, apesar de não produzir um centavo sequer. E a economia dos pobres, em que foi estipulado um teto de gastos sociais, a precarização dos contratos trabalhistas e o confisco da previdência.
Você é tão lunático quanto os bolsonaristas
Tudo errado, o inimigo não é a direta ou a esquerda, são os polÃticos que desviam dinheiro para fundo partidário, emendas de relator (gasto sem licitação), e a elite do funcionalismo como juÃzes com dois meses de férias. E vocês aà sendo enrolados...
Prezado Gustavo, dÃvida em real não é problema, como o próprio autor afirma. A questão não é essa. A questão é que os ciclos de produção de bilionários pressupõe a criação de miseráveis escravos. Esse foi o projeto do golpe na presidente Dilma e que teve o maior sucesso. Sempre foi assim desde o Brasil colônia. O paÃs não está pronto para um estado de bem estar social, mesmo que os ricos saibam que não ficarão mais pobres. Basta ler os livros do Laurentino Gomes, ou ouvir os podcasts Querino.
E vai continuar assim, afinal quem financia a dÃvida? Se baseia o governo em dÃvida nova e cada vez mais dÃvida para se financiar, obviamente também é um governo que financia os rentistas.... não é lógico?
Tu entende tanto de economia qto eu de quÃmica, ou seja, bulhufas. Ou esta tentando enganar alguém com essa matéria.
As teorias da conspiração não graçam somente na esquerda. Protocolos de sábios do Sião também vicejam entre os petistas.
Perfeito Gustavo, o colunista tem uma formação profissional excelente. Mas seria de bom alvitre que ele declarasse seus conflitos de interesses. Assim, todos vamos concluir que a bagagem dele é toda direcionada a defender seus financiadores. Como é o que acontece com todos.
Bom, o colunista é doutor em economia pela USP e pesquisador da FGV. O Senhor é formado no MIT?
Então estamos no paraÃso? Não falta comida para ninguém, nem saúde, educação, moradia e trabalho digno? Por que será que há tanta gente morando nas ruas, nas periferias inóspitas, com carências mil? Não são um punhado de gente, são milhões. Ou estamos alucinados?
Prezado Marcelo, sua lógica econômica foi superada na primeira metade do século XX. Os lugares comuns e as bobagens de suas colocações são primários. Basta olhar para a América Latina, Argentina principalmente, para observar as consequências de sua inocência.
Prezado Gustavo, quem sustenta o capitalista é o trabalhador. Exemplo gritante do Elon Musk que comprou o Twitter, mandou embora metade dos funcionários, colocou camas no local de trabalho e disse para o restante se virar, ou vai embora também. E quem paga imposto no Brasil, que sustenta os ricos, são os pobres através do consumo. Na pandemia os bancos receberam 1 trilhão e 200 bilhões de reais, mas o governo se gabava de estar gastando alguns bilhões com o auxÃlio emergencial. Sempre foi assim.
ainda bem que nada disso foi dito né. Relaxa viu, quanto mais dÃvida, mais os bancos vão ganhar, é uma relação direta...Ao fim sobra menos ainda para financiar polÃtica social, e outra né, uma hora não tem quem pague, afinal porque trabalhar pra financiar outrem...
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