Ilustrada > Expressão 'pessoas que menstruam' defende vidas trans, diz Élle de Bernardini Voltar
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Élle arrasou, mais didática e paciente impossÃvel. é incrÃvel o esforço q alguns fazem para deturpar o q ela diz com tanta clareza. eu como mulher cis q já menstruou e hj opta por não menstruar, me sinto totalmente representada pelas palavras da artista, o termo pessoas q menstruam não reduz ninguém a nada, é um termo inclusivo, q busca incluir no debate sobre menstruação e gravidez pessoas excluÃdas para com isso trazer melhorias para uma população q sofre demais com o descaso da sociedade.
A lÃngua inglesa é bastante neutra quanto a gênero e nem por isso as sociedades nas quais ela é lÃngua oficial eliminaram o machismo, o patriarcado, a transfobia e afins. Isso me parece uma ilusão, porque a linguagem simplesmente profere o que está - essencialmente - no coração.
Não quero ser colocada como uma subcategoria de mulher. Se alguns querem, ok. Mas não somos obrigadas a aceitar uma imposição de um discurso e uma teoria supostamente inclusiva. Uma teoria que na verdade tem servido muito bem para retirar das mulheres espaços de segurança e legitimidade de fala. Uma teoria que serve muito bem ao patriarcado como a obra da artista que devotada ao falo.
Precisamos encontrar uma forma que respeite mas que não seja excludente. A pessoa (habitualmente chamada mulher) que não menstrua após a menopausa ou por problemas de saúde ou por opção, é o quê? Aos 66 anos de vida, de luta por direitos e muito trabalho, perco minha identidade porque não sou "pessoa que menstrua"? A partir dessa perspectiva, porque os homens ainda são chamados homens e não "pessoas com próstata" , como li dia desses aqui mesmo na folha? Ou com os homens ninguém mexe?
Hoje já se aceita naturalmente que o indivÃduo escolha se prefere ser referido com termos masculinos ou femininos, acho que nossa sociedade já tem isso quase como um consenso há décadas, o que é muito bom. Porém, a linguagem que inclui "artigo neutro" poderia ser gradativamente aceita, mas o risco é que, sendo imposta por uma "revolução" (justa ou não), provoque resistência proporcional. Confiassem na evolução natural do idioma.
Élle e FamÃlia duas mulheres que eu admiro pelo poder da expressão de suas lutas. E, por isso eu consigo ouvir e compreender seus pontos de debate. Eu sou mulher e não menstruo, nunca gostei de menstruar, de casar, de religião, de secularidades. Quis estudar e conhecer como se dá a necessidade polÃtica do indivÃduo se expressar, se fazer valer. Coisa bonita perguntar "quem é você?" E escapar da retórica da liberdade e torna_la possÃvel, pelo respeito da expressão social e polÃtica libertária
Frases breves, altamente redutivas, de som definitivo, tornam-se o inÃcio e o fim de qualquer análise ideológica, prática que vem de muito. E assim, que se apague a mulher, esse objeto sem importância, sem necessidades próprias? Como é fácil tomar esse espaço, não? Conquistado a duras penas, com tanto sofrimento, dividido em um estalar ideológico de dedos.
Obrigado pelo termo querido, Henrique, o uso está vulgarizado, mas ainda é bem vindo. Sei que o texto é complexo e demanda ir além da coluna, mas analise com cuidado, leia sobre os problemas que a fácil reclassificação feminina vem causando e você entenderá melhor meu texto e quem sabe, deixará a misoginia de lado.
Meu querido ninguém está "apagando a mulher". Apesar de sua verve pseudo-infelectual você aparentemente não entendeu nada do texto, pois está colocando palavras na oca da autora. Tente ler novamente, mas sem ideias preconcebidas.
A luta é por individualização, não por generalização usando termos diferentes. Se a pessoa precisa de exame de próstata ou útero, deve ser atendida pelo especialista relativo. Essa briga toda só fez anular as "pessoas que não menstruam mesmo tendo útero", e retroceder décadas na questäo dos direitos das mulheres.
Como diz Dave Chappelle, a gente acha que um único movimento... mas na verdade, cada um está em seu movimento próprio. Mais neoliberal que isto é impossÃvel.
Mulher menstrua.
eu sou uma mulher cis e não menstruo, Élle tb é mulher e não menstrua. quem é vc pra questionar a nossa identidade de gênero? pq vc acha q sabe mais sobre a gente q nós mesmas?
Gente, cada um é o que é, e todos merecem respeito!
Então, as mulheres que nasceram biologicamente mulheres passam a ser chamadas de “pessoas que menstruam”, certo? E as mulheres trans serão chamadas como? De “mulheres trans”? Isso quer dizer que elas vão se apropriar do termo mulher e nós mulheres(bilhões em todo o planeta), temos que aceitar como boas mocinhas ser chamadas por “pessoas que menstruam”?
Camila, você não está fazendo o dever de casa. Por que você disse “nós mulheres”; não deveria ser “nós pessoas que menstruam”? Aliás, menstruação para a maioria das mulheres é sinônimo de desconforto, cólica, tpm, dor de cabeça, sangue escorrendo, roupa manchada, irritação, encontros sexuais frustrados, o fio do O.B saindo para fora do biquini, tampões rebeldes que se negam a parar na calcinha etc. Então, a extorsão da palavra mulher de nós mulheres é ainda sádica.
não Heloisa, nós mulheres cis não estamos sendo reduzidas a nada, é só um fato q nós somos pessoas q menstruam, assim como os homens trans, 'pessoas q menstruam' é um termo usado para a inclusão desses últimos q são frequentemente excluÃdos dos debates sobre menstruação e gravidez.
Boa argumentação e entendo a necessidade atual da redundância mulheres biológicas. Espelhando a luta feminina, há de se ajudar as pessoas trans a conquistarem seu espaço, mas não à custa da anulação da figura da mulher.
Verdade fim dos tempos...
A grama é azul.
Bernardini apresenta seus argumentos de forma didática e com total honestidade intelectual. Seu texto certamente não é caracterÃstico de alguém que se apresenta para o debate de "forma desrespeitosa, racista, ofensiva, sem se ater aos argumentos expostos" como Ribeiro parece tentar nos fazer acreditar. As pessoas trans estão morrendo. Urge ouvi-las.
Alexandre, dá um google e busque as tais estatÃsticas q vc tanto quer, ou busque conhecer e conversar com homens trans e entenda a situação q eles se encontram nesse debate.
O medo das pessoas é tão grande que procuram a todo custo desautorizar as pessoas trans até em comentários alheios. Alexandre, a autora não está "repetindo chavões", como você afirma, e nem é possÃvel que apresente "estatÃsticas" para provar sua teoria, pois é preciso primeiro que a utilização do termo proposto seja aceita socialmente em um grupo considerável para que tal fenômeno possa ser mensurado. Ela apresenta a base teórica de sua posição polÃtica. Sugiro que leia novamente.
O texto não apresenta razões ou estatÃstica para comprovar a afirmação que a adoção do termo terá algum efeito além do reducionismo que expressa. a repetir chavões, só reforça a argumentação sobre a misoginia da expressão.
Acho que um bom começo, com relação à PolÃticas Públicas é usar o conectivo "E". Assim fica mais fácil lidar com a situação pq só não se incomoda com a invisibilidade quem não é invisÃvel. Tentem imaginar o constrangimento de um homem trans - portanto pessoa q menstrua - esperando para ser atendida pelo ginecologista num posto de saúde. Bora aprender a respeitar as diferenças.
E as mulheres que não menstruam depois da menopausa ??
Cada caso é um caso, pois segundo eu li aqui, há mulheres que não menstruam porquê possuem o orgão masculino, o importante é que as mulheres trans não deixem de fazer o exame de próstata, pois o câncer é retrógrado, conservador e tóxico e ainda não aprendeu a respeitar a diversidade que temos hoje....
Perda de tempo burguesa. Por aqui criando uma creche com amigos, crianças precisam de abrigo e atenção. Se toquem identitários ridÃculos, a terapia um dia funciona
E como ficam as mulheres na menopausa??
continuam sendo mulheres q um diz já menstruaram, a maioria pelo menos. não é uma questão etária ou uma questão de deslegitimar mulheres cis em qq circunstância, é uma questão de incluir pessoas q são frequentemente anuladas e excluÃdas do debate e de ações de saúde pública.
Fora que, realmente, "mulher" não é quem tem "órgãos reprodutores X". "Homem" não é quem tem o órgão masculino. Portanto, mudar da função biológica "órgãos reprodutores" para a função biológica "menstruação" não resolve nada e não muda nada. Apenas volta a reduzir pessoas (=mulheres) a suas capacidades reprodutoras.
não Juliana, ninguém tá nos reduzindo a nada, é um termo inclusivo, não reducionista.
Juliana! Perfeita a tua colocação!
Não entendi o ponto. Ela mesma se afirma como "mulher trans que não menstrua". Criar as categorias pessoas que menstruam ou não nada resolve. Como mulher trans ela deveria ter todos os direitos da mulher, por exemplo, no uso das instituições de proteção à mulher em razão da violência de gênero. Agora, se usarmos apenas as categorias menstruar ou não, as mulheres trans não teriam acesso a essas polÃticas e instituições. Este debate está muito equivocado porque não é permitido que seja travado.
Juliana, é um beco sem saÃda, levando ao raciocÃnio circular.
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