Cecilia Machado > A economia das superestrelas Voltar
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Tem estrela não tão estrela assim ganhando fortunas. E até mesmo celebridades de conteúdo nulo ou discutÃvel ganham fortunas na Internet. Essas últimas a gente nem sabe quem são, mas a audiência sabe.
Passa da conta, né, CecÃlia? Pra que se gire o negócio, essa é a única saÃda? Pensando bem, acho que é a pergunta errada: será esse o único negócio que se pode fazer do esporte? Ele responde à s ambições éticas que o esporte (seus articuladores) pretende? A quem serve o bagúio que nos é oferecido? Sei lá, sou um chato - e nem gosto de esportes...
Folha virou tb coluna de fofocas sobre a vida dos outros, que decadência deste jornal que deixou de ser um dos melhores no passado.
Esses super salários chamam muito a atenção, assim como os bilionários fundadores de empresas ligadas aos computadores e internet. Mas o Piketty observa que o milésimo mais rico, que no Brasil são 200 mil pessoas, se compõe principalmente por riqueza herdada. Para cada superestrela no campo do entretenimento e empresarial, há uns cem indivÃduos que simplesmente gerenciam de forma conservadora a riqueza da famÃlia.
Quando o Santos, com Pelé, fazia amistosos mundo afora, a cota recebida era de cinquenta a sessenta mil dólares. O
O que alguns desses jogadores recebem em um dia apenas. Há algum absurdo!
No resto do mundo eu não sei, mas no Brasil as desigualdades estão sendo bancadas por 125 milhões de pessoas em insegurança alimentar e 33 milhões com fome. Além de terem colocado 62,5 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza. Sendo que, mais da metade são crianças. No caso do Pelé, tem o entretenimento, mas no caso dos avaros rentistas e dos cruéis CEOS das grandes empresas não vale nada. Por exemplo, o presidente da Vale recebeu 42 milhões de reais pelo maior acidente ecológico do século.
Ôôô, valeu a pena a cara-de-pau do Homi, hein? Curioso pra saber o bônus do par britânico - apostaria que foi menor, porque a sem-vergonheira aqui é mais descarada.
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