Hoje está faltando uma operação tipo a Condor (inclusive com ramificações como a Operação Bandeirantes), isto é, falta algo como uma coordenação internacional, papel que foi desempenhado pelos EUA num contexto de divisão do mundo em dois blocos. Se os militares conseguirem realizar o sonho, que sempre foi o deles, de um golpe, quem os apoiaria afora esses caquéticos Vilas Bôas, Helenos e Santos Cruz?

Neste golpe não ha lugar para ignóbeis como Bolsonaro anderson Valdemar e deputados do PL. O comando seria uma junta militar usufruindo com seus oficiais das benesses totais, muito mais que próteses Viagra e salários duplicados. Um país continental que viraria uma guatemala. A renda viria das commodites e o povão seria a classe segregada no apartheid social.

O articulista não leva em consideração que para haver uma golpe de estado há que existir uma estratégia preparada por um líder capaz - algo que o foragido na Disney não é - juntamente com a classe dominante insatisfeita com o poder instituído - o que não é o caso - e apoio das forças armadas - que no momento não querem se arriscar numa aventura dessas, pois não teriam respaldo de nenhuma potencia estrangeira. Portanto, seguindo a lógica, o autor do texto está literalmente viajando na maionese.

Dá-lhe Renato Janine Ribeiro (ex-ministro da Educação no governo Dilma, 2015)!

O Estado de São Paulo será o novo celeiro dos golpistas.

Infelizmente nosso pais nao tem liberdade total para ser uma nacao plural, democratica, moderna, igualitaria. Temos um velho problema. Lutemos

Perfeito!! foi no centro da questão.

Janine está certo. Faltam pessoas com poder suficiente para colocar os militares em seu lugar: a caserna e a obediência às leis. O fantasma da ditadura ainda nos ronda!

Em "Os Donos do Poder", de Raymundo Faoro e em "O Assassinato de Reputações", de Romeu Tuma, analisa-se a aliança patrimonialista envolvendo a elite econômica e um falso líder sindical que sabia negociar de forma suja. O esquema desembocou no Mensalão e Petrolão, desvendados pela Lavajato gerando crises e o fenômeno Bolsonaro, que piorou a situação. O esquema deu errado com a soltura do Lula, ungido para rearticular esse sistema e perpetua-lo. Estranho que o autor não tocou no assunto.

Temos um congresso ou um quartel general? Nos acampamentos só tinha gente do "BEM".

Há exageros no texto assumidamente especulativo através do qual o acadêmico Renato Janine Ribeiro desenvolve suas ideias sobre as arruaças que abalaram Brasília no último domingo(8). Lula fez observações mais plausíveis quanto à violência em questão, pois há dois dias ele chegou a tratá-la como uma coisa menor promovida por pessoas alopradas. Ademais, o mandatário acertou a valer quando sugeriu a impossibilidade de os atos de vandalismo na ordem do dia gerarem um golpe de Estado.

Considero a análise sensata. N
o estamos falando de teorias conspiratórias. É conspiração. Mas nada tira da minha cabeça que o núcleo duro do governo atual (sou apoiador incondicional e filiado ao PT desde a fundação) sabia da conspiração. A turba deu ao governo um pouco de circo necessário para um namoro de 6 meses. Sem isso, Lula dificilmente teria essa paz necessário. Ao texto do Renato (novamente, excelente) agregaria a pitada, aí sim, teoria conspiratória, da necessidade deste evento.

Caso fossem Professores e alunos protestando por melhores condições de trabalho e ensino o comportamento seria outro. As Forças Armadas e Policiais possuem caminhões com jatos de água próprios para conter multidões enfurecidas que sequer estavam presentes no dia 8.

o golpismo nunca descansa, é hora de se revisar o papel constitucional dos militares e na minha opinião, militares não devem nem sequer ter título de eleitor muito menos serem votados.

um detalhe, junta militar não pode ser composta por junta de marrucos viagrais não.

assistam Arghentina 1985, quando eles irão para bhanco dos rheus?

O que me deixa mais triste é que os Três Poderes vão entrar num processo de aumentar a segurança dos prédios, num movimento que vem do final década de noventa, com a construção dos espelhos d'agua no acesso ao Congresso Nacional e colocação de gradis em frente às fachadas do Planalto e do STF. Na década de oitenta não havia nada disso, curtia-se a exuberância arquitetônica e urbanística da utopia imaginada por Oscar Niemeyer e Lucio Costa.

Correta a análise. Entretanto, a reação dita democrática aos radicais não pode se dar ao arrepio da lei, por parte de um membro do judiciário, usando um processo de fake news. Alguns jornalistas estrangeiros e a própria FSP já notaram a anomalia jurídica. Jornalistas tiveram seus canais bloqueados pela justiça. Nem a ditadura militar fez isso.

Perfeitamente lógica sua linha de raciocínio. Li hoje aqui que no domingo Mucio sugeriu a Lula a implantação de uma GLO; toda atenção é necessária para a atuação desse ministro...

As lições da História ainda há aqueles que não as esquecem! Será por isso que reiteradamente tenta-se retirar a matéria dos currículos escolares? História do Brasil, História da América Latina, realidades que mostram o agir de muitos contra a democracia, contra o modo de produção predatório. Há lições que não podem ser esquecidas!

Nosso primeiro golpe civil-militar foi a dissolução da Constituinte em 1823. Com a República, tivemos um golpe militar, típico, latino-americano, com o apoio dos proprietários de gerra e gente, que queriam ao menos a indenização por seus escravos. E desenvolvemos a cultura de tutela militar sobre a sociedade, que às vezes se reflete até em festa de aniversário infantil, quando alguém de farda está presente. A cultura muda, para desgosto de muitos, mas a mudança é desesperadamente lenta.

Concordo integralmente. A invasão de aloprados serve como laboratório para novas tentativas de golpe. Cresce enormemente de importância então a atitude firme das instituições, em especial o STF de Alexandre Moraes.

Não é um treco impreCionante, Seu Renato? Inda que o senhor escreveu o artigo antes da divulgação do rascunho de AI-Jesuis, o arremedo deAI5do Bozo e demais gorpistas. Bem se vê que sua lógica não anda má, não: tem muita mão nessa cumbuca.

Segurança pública é tarefa para a sociedade civil, não para militares. No caso do Capitólio dois anos atrás, os militares americanos ficaram distantes, quem agiu para extinguir a rebelião foi a polícia, que não é militar. Quando se põe militares para policiar civis é de se esperar que seja criado um inimigo interno, aí fica fácil chutar o pau da barraca.