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O documentário "Arquitetura da Destruição" demonstra como a cultura era um dos pilares do Nazismo. A depredação dos palácios da República brasileira, assim como o vÃdeo de ex-secretário da Cultura do governo passado imitando Goebbels são reprodução da estratégia nazista de utilização da cultura contra a arte Moderna, ao mesmo tempo em que, na esfera polÃtica, é reproduzido o ataque à s instituições polÃticas da Modernidade, como o Estado democrático de Direito.
"O homem gosta de criar e de abrir estradas, isto é indiscutÃvel. Mas por que ama também, até a paixão, a destruição e o caos? Dizei-me!". Com essas (e outras) palavras, o homem do subterrâneo parecia estar prevendo a Primeira e Segunda guerras mundiais, Trump e Bolsonaro (eleitos e quase reeleitos), o Seis de Janeiro lá e o Oito de Janeiro cá. Aliás, a expressão "esgoto" usada para designar o bolsonarismo o aproxima ainda mais do subsolo a que se refere Dostoiévski.
(Dostoiévski, Fiódor; Memórias do Subterrâneo; Editora Trinta e Quatro, página 46, tradução de Bóris Schnaidermann).
Muito bom artigo. Esclarece o que anda no inconsciente coletivo de quem não respeita a própria casa, naquele triste episódio do dia 8.
Muito bom ler Chico Bosco aqui! Reflexões que atiçam outras. Por ex., de sua última frase - “um paÃs com metade da população feita de bárbaros, de estrangeiros em sua casa” - me vem a seguinte questão: mas não são eles que se vestem de verde amarelo e se dizem patriotas? E a conecto com a resposta de Bosco sobre quem destrói a própria casa: “quem não considera ser sua a casa em que mora”. Decerto eles não se sentem representados na praça dos 3 poderes, nem na cultura e arte q ali estão.
Eles vivem nas abas, ao redor ou dentro do exército. E não são metade da população! Graças às Deusas
Apenas uma pequena observação: a admirável estética de BrasÃlia não me parece traduzir essa cultura multifacetada, miscigenada à qual Francisco se refere. A estética agredida não me parece representar as contradições do povo brasileiro. Dito isso concordo com muitas das colocações do autor. Olavo de Carvalho e seus seguidores são profundamente nocivos.
Uma tarde no Palácio da Razão.
Excelente artigo! Recupera de maneira cuidadosa a questão da cultura no bolsonarismo que está expressa no acting destrutivo do dia 8. E aponta soluções integrativas.
Brilhante! Parabéns! Só me pergunteo como se daria essa integração de sertanejos e evangélicos, um total contrassenso estético, com a crème de la crème da cultura brasileira. No entanto isso não tira o brilhantismo do texto.
Isso não é possÃvel. Ele apenas usou da ironia.
Perfeito! Parabéns!
Excelente! Obrigada.
Daquele suposto espectro cultural do ex-chanceler templário nada restou. O bolsonarismo sempre foi uma força destrutiva que não conhece o que seja cultura. Essa gente mijaria na cruz!
Estamos presenciando a expressão do extremismo de direita num contexto de crise brutal do capitalismo, assim como a ascensão do fascismo no perÃodo entreguerras e do terrorismo no perÃodo 68 a 92. O PT é a expressão do pacto entre burguesia e proletariado, Lula é a expressão viva disso, após o expurgo das correntes radicais do partido nos anos noventa. As únicas pessoas que admiro são o Gabeira e a Dilma, por terem hoje em dia um espÃrito pacifista e democrático.
Mais um trecho da entrevista: "Percebo agora como subestimei o perigo que Bolsonaro representava em 2018. Calculava apenas a ameaça à democracia e contava com os clássicos contrapesos institucionais: STF e Congresso, imprensa. Não imaginei que um presidente poderia enfrentar uma tragédia como o coronavÃrus ou precipitar dramaticamente a tragédia anunciada pelo aquecimento global”, afirmou." Como ele não percebeu o que muitos de nós, sem a dita convivência, conseguimos ver tão claramente?
Emir Sader @emirsader Gabeira confessou que votou no Bolsonaro e não no Haddad em 2018. Como ele explica hoje aquele voto? Que análise ele fazia na GN naquele momento para explicar seu voto? Tweet de 03/01/2022
Gabeira confessou o voto, segundo Emir Sader. E ainda declarou, em entrevista: "Eu tenho uma convivência com ele de 16 anos. Eu estou acostumado a discutir com ele em muitas circunstâncias, então eu tenho uma tática para lidar com o Bolsonaro diferente da tática que eles optaram. Eu tenho uma tática de tentar entendê-lo, não só por ele, pela amizade que possa existir entre nós, mas pelo fato dele representar uma parte da população considerável”.
Gado petista detectado abaixo. Gabeira votou na Marina no primeiro turno e nulo no segundo.
Gabeira apoiou e votou em Bolsonaro, em 2018. ImpossÃvel esquecer, quanto mais admirá-lo, depois disso. Com o agravante de ser supostamente uma pessoa esclarecida, com trajetória polÃtica extensa e que conhecia de perto a criatura.
Cultura Bolsonarista, ??? Estas duas palavras não se podem colocar juntas, até porque Juummento não aprecia arte…
Há tempos que digo - mesmo aqui nesta Folha - que o maior problema de nossa grande nação é que nosso povo não se reconhece entre si e se odeia completamente. É um desafio imensurável não apenas à nova administração federal que se inicia, mas para o próprio povo como um todo. Todavia, é imperativo que a agregação de todos se inicie...ontem.
Gostei do texto.
Penso que o caminho ainda é pela sexualidade. O fanatismo religioso é o termômetro das neuroses sexuais. Precisamos retomar os escritos do velho Freud, sem nenhuma atualização, e fazer a transversalidade.
O que mais surpreende: como no seculo XXI chegou ao poder alguem que pense com os mesmos parametros do seculo XII (medieval)? Minha tentativa para explicar tal fato: o fundamentalismo religioso cego de um grande numero de pessoas na nossa sociedade, ricos e pobres. Essa massa foi canalizada diante da frustacao por ter que conviver com ideias e costumes dos tempos atuais, ficaram pra tras na historia, muitos estao descobrindo isso na Papuda.
Não entendem que a cultura e suas variadas expressões: música, canto, teatro, etc, entre outras coisas, gera emprego e renda. E torna o paÃs conhecido mundialmente de forma positiva.
O caso mais recente de difusão cultural como PolÃtica de Estado é o da Coreia do Sul, onde o seu K-pop que ganhou adeptos mundialmente e participou da abertura da Copa do Mundo de Futebol no Catar.
O desastre da gestão Bolsonaro não se caracteriza apenas pela situação caotica de arraso economico em que enfiou o paÃs, pelos retrocessos e desmonte em todas as areas ou até mesmo pela tentativa frustrada de golpe. O pior de tudo, foi fazer emergir esse grupo de radicais que acha que pode tudo, não respeita a lei e instituições.
Contra truculentos e pessoas que preferem usar violência verbal (indiretamente ou diretamente) e chegam as vias de fato usando até armas de fogo, não tem como argumentar.
Para pessoas que vivem em bolhas não adianta mostrar a importância da arte e suas variadas expressões, cultura, história, patrimônio público. Desconhecem totalmente o que é patrimônio histórico, religioso e cultural.
Face incultural*
O ressentimento popular contra os ricos é perene. As cenas escatológicas da invasão aos palácios me lembraram de um colega de trabalho, desenhista projetista, relatando a invasão de vários apartamentos vazios do prédio em que morava na zona oeste do Rio. Um tapete do prédio sofreu destino semelhante por parte de uma invasora: 'elazinha agora vai morar num acarpetado, vão me chamar de madame'. E tratou de 'batizar' o carpete, talvez para marcar território.
Penso que não se deve usar o termo "terroristas" para designar os baderneiros de 08 de janeiro. O modus operandi de terroristas é bem diferente (veja o exemplo das Torres Gêmeas em NY, do Bataclan em Paris etc.). Estes de BrasÃlia parecem mais o Homem de Lata (sem cérebro), do Mágico de Oz. Merecem penas rigorosÃssimas por seus cr**imes gravÃssimos e pagamento dos danos causados ao pat. público. Mas se a justiça os enquadrar como terroristas, um bom advogado poderá livrá-los das grades
O texto é bom. Em todo esse movimento, que em resumo é a expressão do reacionarismo, há as digitais do velho Olavo. Para ele, o mundo tinha que dar um rewind até o perÃodo pré -moderno, iluminista.
BelÃssima reflexão.
Paulo niemeyer é um medico não é o arquiteto de BrasÃlia. Os bolsonaristas são um grupo de desinformados e sem noção que achavam que estavam salvando o Brasil de Lula, que seria um ladrão querendo implantar o comunismo. O macho alfa desde gado é digital que berra pela rede. O mal está nos quartéis, usa uniforme, está nas piscinas dos barões do agro, está na fazenda boa vista, está nos médios e pequenos empresários q tinham negócios com ex governo. Esta no garimpo O resto é muuuu que não analisa.
Continuando minha resposta: o médico Paulo Niemeyer é filho do velho patriarca Oscar de Niemeyer Soares e irmão de Oscar Niemeyer, o grande arquiteto. Este, por sua vez, como indicado corretamente no texto, é bisavô do arquiteto Paulo Sérgio Niemeyer.
Continuando… o médico Paulo Niemeyer é filho do velho patriarca Oscar de Niemeyer Soares e irmão de Oscar Niemeyer, o grande arquiteto. Este, por sua vez, como indicado corretamente no texto, é bisavô do arquiteto Paulo Sérgio Niemeyer.
Paulo Niemeyer, bisneto do Oscar, é arquiteto, nunca foi médico na vida. De onde o senhor tirou isso? O texto corretamente fala do « bisavô » do jovem arquiteto Paulo. O senhor confundiu alhos com bagulhos. É o filho do Oscar, um outro Paulo Niemeyer, que é médico.
Sr. Armando, o Arquiteto é bisneto. Desculpe-me pelo erro.
Existem dois Paulos Niemeyer, pai e filho, que são médicos neurocirurgiões, sendo que o 1º já partiu, e o filho continua aà exercendo o ofÃcio com extrema competência. Mas o Niemeyer de que o Chico Bosco fala é o Paulo Sérgio Niemeyer, bisneto do divino Oscar e tb arquiteto reconhecido internacionalmente. Este está em gozo dos seus 50 anos, e é referência mundial na Arquitetura.
Sr. Armando, temos o Dr. Paulo Niemeyer Filho, Neurocirurgião, que, acredito ser sobrinho do grande Oscar, e o Paulo Niemeyer, Arquiteto, o neto.
Garimpo industrial.
Aplausos para o texto. Bravo! Que nos ajude a achar a melhor forma de ação.
Até concordo que "bolsonaristas radicais" seja um pleonasmo de bolsonaristas, mas o mais correto, no momento, é empregar a palavra terroristas, que, para mim, se tornou um outro pleonasmo.
Reflexivo texto. Mas a pergunta que fica , quem tem paciência de aturar e tentar trazer ao convÃvio social esses ex tremistas zumbis? Eu ja dispensei ate familia! Quero paz e distância de bur rice!
Texto excelente e obrigatório. Aposto, porém, que o tÃtulo do artigo, grosseiro e vulgar, não foi escolhido por Francisco Bosco. Absolutamente incompatÃvel com a elegância do texto.
Para os que não rezam por esse catecismo ou mesmo nao rezam, é bom esclarecer que essa horda não segue com Deus ou Jesus, como muitos dizem e pensam. Seus lideres sim, agem como Constantino para a conquista do poder: colocam a cruz de Cristo em seus escudos e estandartes e enviam os incautos à batalha. Esses seguem seus chefes pensando que seguem Jesus.
Brilhante resposta, Dorivaldo. Sao 'cruzados' mesmo.
O artigo é excelente, luminoso mesmo! No entanto, é preciso notar que, numa cultura assim diversa, plural, como é a nossa, é impossÃvel (e desnecessário) que todos apreciem tudo indistintamente. O que realmente explica a sanha destruidora é um 'narcisismo cultural': se não gosto, se não entendo, não tem valor para mim; se não tem valor para mim, não pode ter para ninguém.
Concordo. Entretanto, a cultura dita culta tem preconceitos sérios em relação a música sertaneja e a de raiz, as considerando "inferiores". Isso é sério e segregacionista e é algo que vejo desde sempre.
A palavra cultura provoca ânsia de vômito em metade dos brasileiros, os bolsonaristas. DifÃcil mudar isto.
Uma coisa rasteira como o bolsonarismo não combina com este nÃvel de análise. O bolsonarismo se apropria com sucesso da mente tacanha de metade dos brasileiros. Esta mente é infensa a humanismo.
De fato, Jose Milton. As doenças mentais não tem cura. Paixões polÃticas é como uma doença. nada no mundo pode ser mais perigoso que a ignorância sincera e a estupidez consciente” Martin Luther King. Acho que essa frase, apesar de frase feita, é bem empregada para essa grande massa de manobra que se transformou parte da população brasileira.
Excelente texto! Houve vários ideólogos (ao meu ver com ideias distorcidas e equivocadas), que sustentaram esse movimento radical. Acho que a série de livros “Guia politicamente incorreto...” pavimentou Bolsonaro e seus seguidores durante a campanha eleitoral (lembrar que pretendiam exterminar o “politicamente correto”). Deu no que deu. Ainda em tempo, é bom lembrar que Luiz Felipe Pondé, que agora critica o bolsonarismo, foi um desses ideólogos.
O momento humano não é simples de ser entendido, mas o descontentamento com "tudo isto que tá aÃ" como dizem os bolsonaristas anticomunistas talvez seja o primeiro passo para o socialismo que previu o economista Khal Marx, onde as pessoas decidirão pela igualdade sem revoluções ou lutas, mas pelo simples objetivo de viver melhor em sociedade já que são contra "tudo isso que tá aÃ".
Tentei postar a escolha vanguardista de vocabulário do douto autor. Surpresa: o próprio aplicativo vetou a postagem por linguagem inapropriada. Só o autor pode mi jar.
Kkkkkkkk!
É Sr. Carlos, mi jar e kgar são coisas para poucos. Ou não? Vai saber!
A tragédia épica de 8/1 deve ser debatida, estudada, precisa de uma compreensão profunda. O texto do professor é contribuição valiosa.
No geral um ótimo texto. Mas tem um ponto q o autor se engana q é tratar o sertanejo como um estilo à margem, quando na verdade ele é o estilo hegemônico, bancada pelos poderosos do agro como pauta de aceitação popular. E q assim também atua na destruição de identidades e singularidades culturais. O sertanejo se aproxima do bolsonarismo também pelo modus operando, além do mesmo ressentimento de não aceitar a própria tosquice com a qual se expressa.
Integração em vez de segregação, sem dúvida. Ao meu ver, contudo, ao falar de Ernesto Araújo o artigo toca, sem abordar, o real, grande problema na área cultural: a herança mal dita de Olavo de Carvalho. Muito disseminada entre os militares, ao que consta, e legitimadora de atos como a estupidez ressentida deflagrada no último domingo, lidar com ela será um grande desafio para os próximos anos, quiçá décadas...
Em resumo: são lunáticos, simples assim.
Chico Bosco, mas uma vez saindo do lugar da crÃtica comum. Parabéns!!! O problema interpretativo, bem visto na maioria dos comentários, é que sempre se pretende uma fixação das ideias, o que oculta o caráter precário e fragmentário de qualquer ideia. Precisamos sim de mais lados, mas não como defenestrador dos outros. A gente não quer só comida quer comida, diversão e arte ... por toda parte.
Concordo em parte com o artigo. No entanto, quem é verdadeiro cristão, conhecedor do Evangelho de Cristo jamais identifica nesses grupos facistas e ameaçadores da democracia algo semelhante ao cristianismo. Jesus Cristo nunca condenou nada, portanto está sendo usado por estes grupos. Eresia total. Dá nojo ouvir esse povo falar em Deus. Jesus sequer falou em religião. Ouçam os cristãos verdadeiros.
Honestamente não são cristão; são falsos religiosos. Nunca leram um só vÃrgula dos escritos bÃblicos. São marginais, traficantes, contrabandistas, ladrões e milicianos. No grupo desses terroristas uma idosa conhecida dona Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza cidadã de bem, defensora dos bons costumes e da famÃlia, registra condenação por tráfico de drogas com envolvimento de menor de idade na porta da sua residência no municÃpio de Tubarão (SC) e denúncias por falsificação de documentos.
O viés culturalista não explica a ascensão da extrema direita em todo o planeta, e portanto não é suficiente para produzir uma paz verdadeira. 50 anos de crise de neoliberalismo produzindo miséria e ódio explicam. Entronizar a música evangélica no panteão da cultura nacional seria uma alternativa aplaudida por banqueiros que sugam o sangue do Brasil, porque não custa recursos públicos subtraÃdos de seu butim. A solução seria menos fácil: dar real perspectiva de vida à maioria das populações.
Outra coisa: o fervor moralista, conservador, evangélico não é uma opção estética ou cultural. Baseia-se em uma necessidade de sobrevivência de quem já perdeu tudo: manter pelo menos o seu último bastião de sanidade e arrimo, a famÃlia. Nessas condições, ela precisa ser defendida furiosamente, contra todos que parecem ameaçá-la (o que é espertamente instrumentalizado). O articulista passou mais perto de entender o problema real quando mencionou as promessas manquées da modernidade e do Estado.
Separar o joio do trigo, neste momento se faz necessário. Hoje a palavra de ordem é a Democracia. Explica para o povo que sacoleja nos BRts superlotados, infernais, para ele o que é democracia. Democracia sem inclusão social e com qualidade de vida, é uma palavra vazia na boca de quem sofre o golpe neoliberal todos os dias. A democracia pequeno burguesa me atende, leio livros, jornais, gosto de teatro, de cinema sem censura, mas para a massa serve para quê? Votar?
O problema da apropriação da cultura rasa é oficializa-la no panteão da consagrada, sem ao menos discutir a sua gênese. O viés mercadológico é impositivo na cultura de massa, onde novas estéticas estão sempre colocadas sempre promoverá novas formas. Deve haver lugar para todas as formas, mas antes de tudo a elas se deve respeito como representação e consolidação de manifestação do seu povo. Portanto devem ser estudadas e protegidas de toda barbárie.
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