Blogs Cozinha Bruta > Churrasco grego, por que São Paulo te odeia? Voltar
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Já comi 9 ou 10 vezes. O insumo eu não sei. O gosto é bom. Nunca passei mal (e tenho estomâgo algo sensÃvel). De resto o texto discorre sobre o de sempre (que bem!): a jequice paulistana é marca da Cidade. Ou trademark, pra ornar.
Como disse Marcão, os que podiam e podem pagar PF, desdenham. Aos que contavam os centavos pro busão, era a principal refeição do dia. O suco sabor amarelo ou vermelho dão harmonização perfeita. Comi muito e agradeço por existir, assim como o dogão de Osasco,que também foi minha principal refeição por mais tempo do que eu gostaria... underground food.
Frequentei Sampa nos anos 'oitenta' e 'noventa' e nunca tive coragem de experimentar o churrasco grego. Tinha vontade, mas a vontade era pouca.
Para uma população faminta que infelizmente disputa osso, pode até ser chamado de churrasco, mas pelo que sempre vi no Centro é um horror. Uma pilha de pelanca e gordura sem qualquer higiene e origem absolutamente diuvidosa. Essa é a real
Eu era office boy em 1981, trampava na Conselheiro Crispiniano, em frente ao Mappin, e todos os dias caminhava até a Praca da Sé para degustar dois sandubas e dois copos de ki-suco. A procedência da carne nunca foi questionada por nós e estamos vivos e saudáveis até hoje!
No inÃcio dos anos 90 eu trabalhava no bairro da Penha em São Paulo, vendiam churrasco grego lá e na hora do almoço as vezes eu comia, achava gostoso e vinha acompanhado com um copo plástico descartável com suco artificial. Era gostoso e barato.
Ecu, que nojo.
Pura gastronomia raiz e sem frescuras. Decerto que não é pra qualquer estômago. Mas me fartei muito desse quitute que, sim, tem tudo da nossa Sampa maravilhosa!
Quando eu era garoto ( há 50 anos) ficou a péssima imagem das carnes de péssima qualidade, especialmente porque não eram limpas, nem de gordura nem de sebo. O cheiro de sebo era... envolvente - no quarteirão! Mas, desde que bem feito, claro que é uma iguaria.
Mas ..olha...bateu uma saudade dos tempos de office-boy...." andando nas ruas do centro..cruzando o viaduto do chá.." joelho de porco. Meu.... esse sanduÃche era podre demais...eu vi o cara montando (empilhando) as carnes. Que vinha naquelas caixas de plástico que trazia saquinhos de leite.....e ela ficava no chão cheias de carnes...e o cara pegava com as mãos e ia enfiando no espeto....muito nojento...quem viu não encara esse churrasco grego. Bom era o chá mate gelado com leite...na são João.
Cada um conta sua hostória com o churrasco que assim como o açaà nunca experimentei, mas tive uma experiência com o churrasco grego. Professor de filosofia que sou inventei fazer um pergunta dissertativa para os estudantes na prova: Cite a influência grega na cidade. E o estudante cravou categoricamente e não sem razão: Churrasco grego. Tive que atribuir a nota.
Sensacional!! A nota foi 10?
Olha , quando eu era moleque e ia muito no centrão , a gente chamava o churrasco grego de kga sangue , bom eu como gordo adorava o mais gorduroso que existia , que ficava na saida do metro luz , comia e ja corria pra porta do banheiro do metrô . Bons tempos aquele , afinal o churasquinho era uma delicia .
Tudo depende da fome e do poder econômico...sanduiche de "mortandela" também não é visto com desdém como "coisa de pobre" ? Pois experimente um, na São João quase esquina da Ipiranga...o melhor de São Paulo, dá de 7 x 1 no do afamado do Mercadão, coisa que nem ogro consegue devorar
a gente come muito o assim chamado churrasco grego (o nome certo e: Gyros)aqui nos restaurnates gregos na Alemanha. E envolto no pao se chama pita
Não é o nome "certo", é o nome grego. Aqui recebeu um nome em português e é isso.
Quando saÃa da estação São Bento do Metrô e andava pelo Anhangabaú até chegar no meu trabalho, o cheiro de carne gorda tostando era, sim, um soco no estômago. Ver o vinagrete dançando direto na gaveta de fórmica quebrada e madeira crua não melhorava a situação, que, no entanto, parecia só minha. A fila era grande as 8 da manhã e o tang garantido!
Priscila, tal narrativa faz de você um sujeito-homem! (atenção,: isso é um elogio)
E era gostoso, eu garanto!
Admito que churrasco grego não seja saudável e tenha uma higiene duvidosa. Mas talvez por isto seja tão gostoso. Lembro de comer um yakissoba de rua vendido por uma chinesa (ou japonesa, não sei) com sotaque estranho a oferecer seu produto aos gritos, na República tarde da noite. Conteúdo estranho, pouca higiene e muita prática no preparo. Dava gosto de ver. Comi e adorei! A fome é um ótimo tempero. Aliás, é esse "tempero" que nos encoraja a experimentações como essas.
Trabalhei anos no centro de SP e posso afirmar que churrasco grego é/era horrÃvel rsrs O Marcos fala que é bom só pra pagar de jornalista modernex.
Creio que se algum "empreendedor" olhasse com mais carinho a " bomba de sebo e gordura" poderia ganhar algum dinheiro com esse artefato bélico-gastronômico. Basta colocar o espeto num ambiente limpo, utilizar carne de boa procedência e qualidade e uma receita digna da iguaria. Um suco natural para acompanhar seria um boa pedida. A sugestão está dada.
Vicente esse upgrade gastronômico implicaria em quintuplicar valores. AÃ, meu, perdeu o freguês....kkk
Aà perdeu toda a graça, kkk. Tem que ser sebo e gordura e carne ruim, se não o povo não aprova. É como o sanduiche de mortadela do mercadão. Tem que ter 500g de mortadela (sim aquela peça que é 55% gordura e sebo). Se for menos não presta.
O segredo do sabor está em marinar a carne do churrasco grego no molho inglês.
O dito churrasco grego é prato tÃpico da culinária grega há séculos . Por todo o paÃs espalham-se lojas , pequenas em sua maioria, onde o único prato é o próprio , nunca vi em carrocinhas como aqui . Seu nome é “pita gyros”. Pita por conta do pão achatado a base de água , farinha e sal , como o pão sÃrio ,e gyros por conta do espeto giratórioÂ…1/2
Justamente pela diferença que você msm citou que o Marcos quer saber a origem do nosso churrasco grego.
Quanto ao preparo do tradicional , a pita é enrolada , dentro sao inseridos o tzatziki, pasta a base de iogurte e pepino, fatias finas e pequenas de tomate, cebola ,batata frita e carne de porco unicamente . Pita de frango surgiram apenas nas últimas décadas por conta do turismo e hábitos alimentares . RarÃssimo de carne vermelha , ainda muito cara na Grécia. 2/3
Confesso que um dia, quando a fome apertou, não liguei para a aparência e comi um churrasco grego. Pelo menos não passei mau depois.
Só esqueceu de dizer se gostou da iguaria, Reginaldo.
Sempre admirei quem tinha coragem de encarar aquela bomba de sebo e gordura, disfarçado com alguns poucos bifes para poder ser chamado de churrasco. Só o cheiro já dava azia, kkk.
Era bom tempo anos 70, até meu amigo Geraldo que trabalhava na Secretaria da Cultura, chegar mal no bico que ele fazia na Vila Mariana, passando mal, o levei ao PS, estava intoxicado, uma injeção e a barriga murchou, nunca mais, deu saudades do churrasco grego.
No Rio, onde eu moro, o churrasco grego não tem tanto prestÃgio. Acho que sei o porquê: há muito tempo (ainda no sec.XX), eu trabalhei por um bom perÃodo na França e lá conheci o tal churrasco vertical nas carrocinhas de rua. Com eles, me deliciei em muitas noites frias. Voltando ao Brasil, pouco depois deparei com uma carrocinha com a maravilha gastronômica popular. "Me manda um grande", bradei. Na primeira mordida, o horror: era puro sebo. Nunca mais! Tenho que ira a Sampa tentar novamente...
Comi muito churrasco grego, trampando de boy na década 90, clássico. Aqueles perto da galeria do rock, muito bom, pão francês fresco, carne, vinagrete e aquele kisuco. Lembro dos dos caras chegando com os espetos antes de assar, após assado o milagre feito, a magia do povo.
Excelente, lembro que já comi churrasco grego no centro velho de São Paulo junto com meu pai, lá também lembro de uma iguaria na rua São Bento, o sanduÃche de linguiça de Bragança, o nosso choripan da Casa Califórnia, uma lanchonete centenária, fica a dica.
Infelizmente a Casa Califórnia fechou.
Parabéns pela coluna, adorei e salivei!!!
Coxinhas de rodoviárias, de terminais de ônibus urbanos e trens, churrasco grego e virado à paulista representam o que é de mais paulistano entre as iguarias da pauliceia desvairada.
Meu caro, o virado a paulista é meu prato favorito em São Paulo. Como péssimo carioca adoro comer em Sampa.
Parabéns! Discutindo a sociedade excludente Paulista por meio da distribuição espacial da comida. Genial!
Tão grego quanto o iogurte… o único no mundo que é adoçado. E sem adoçar não tem. Brasil e suas jabuticabas.
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