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Achei muito pertinente sua analise, sr feres
Leio o artigo e fico pensando que é tão analógico quanto o governo, o que reforça a crÃtica do professor Wilson Gomes.
Recebo metodicamente mensagens de propaganda polÃtica com meias verdades de alguns membros de um grupo de whatsapp de ex colegas. Nem os próprios que repassam nem os outros membros acreditam nelas pelo valor de face. Todo mundo dá um desconto. A ideia de que o Jair teve 58 milhões de votos porque esses eleitores 'caÃram' em boatos falsos é de uma constrangedora ingenuidade.
É uma tese respeitável, mas assustadora. O que se opõe à ingenuidade é que o Brasil possui 58 milhões de pessoas que apoiam o genocÃdio, o negacionismo, apoiam milicianos, são fascistas, misóginos, homofóbicos, não se importam com o capital familiar adquirido com rachadinhas e assim sucessivamente. Mas a construção de uma realidade paralela é fato. Que diversas pessoas vivem nesse mundo paralelo também é fato. Se todo o conteúdo da internet tivesse rigor jornalÃstico, no mÃnimo seria diferente.
Assisti ontem Maria Ressa no programa Roda Viva, que tem opinião convergente com o autor. Mas o que fica claro é a financeirização da comunicação social. Números de cliques determinam o valor da mensagem e remunera seu autor ou disseminador. As que mais geram cliques são as mensagens de ódio e especulativas. O controle dessa exploração financeira tem sido chamada de censura, ou quebra da liberdade de opinião.
Vou procurar o Roda Viva no site da Cultura - ou no youtube, né? - e conhecer essa senhora, Marcelo, grato pela dica!
Exato Marcos. Maria aponta os donos das plataformas como as piores pessoas do planeta, pois faturam muito dinheiro sobre um conteúdo desqualificado. Ela entende que a saÃda para caos é justamente penalizar qualquer publicação de que não seja minimamente comprovada. Ela constrói uma pirâmide de avaliação, que passa por verificação de verdade, contexto jornalÃstico, possÃveis repercussões psicológicas e por fim, avaliação jurÃdica. Ela criou uma plataforma nas Filipinas, seu paÃs de origem.
Ao par dessa constatação, Marcelo (talvez nela incluÃda) observe-se também que essa lógica impele as plataformas a terem fracos controles sobre a mentira e o ódio brutos: ao dar guarida a tais mensagens e exibir anúncios ao seu redor, fazem (bi)milhões. Não fôra a eventual pressão do Estado, em seu papel regulador, deixariam a mentirada correr solta: tem muito mais apelo do que a verdade, e dá um dinheirão.
Prezado seu João, não há o que discordar de suas proposições, particularmente em relação a jogar o jogo comunicacional com idênticas ferramentas à s da direita selvagem e criminosa. Fazê-lo seria tornar a democracia um vale-tudo tão superficial, demagógico e falso como as lutas de Telecatch da década de 9O. Também em sintonia com sua perspectiva, parece-me que será uma longa e multifacetada tarefa, de educação polÃtica e midiática, socialmente ampla, que nos dê melhor imunidade contra a barbárie.
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