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O que parece claro é que, com algumas nuances, o diagnóstico é mais ou menos parecido lá e cá, isto é, o racismo estrutural é forte. Calcar a solução por esse viés é o erro. A mentalidade policial é que tem que mudar. Se não houvesse negros na população, passariam a perseguir os brancos pobres, os mais frazinos etc. O mote é a covardia embutida na ação desses policiais
Brancos racistas querendo desesperadamente negar o viés racial nas abordagens da polÃcia não me surpreende nem um pouco. Não lhes basta não sofrer a mesma coisa que os negros e pretos sofrem, eles querem manter os negros e pretos sofrendo.
Grande Demétrio. Como sempre, leitura obrigatória.
Os negros são mais visados nas abordagens porque são considerados mais perigosos. E por que? Porque o número de crimes violentos praticados por eles é maior percentualmente. Colocar policiais negros não muda a coisa porque para eles o que vale é a realidade das ruas. Nesse quadro, as grandes vÃtimas são a maioria dos negros, que obviamente não são bandidos.
Falácia do espantalho. Reconhecer racismo estrutural, ou seja, que as pessoas que pensam "eu não sou racista", exercem racismo inconsciente e que esse pode prejudicar pessoas com o fenótipo "negro/pardo", dificultando, por exemplo, a ascensão em empresas, ou levando policiais a agredir com mais facilidade um menino negro que um branco, é uma coisa que é fácil concordar. Pregar uma revolução, achar que há uma "intenção racista" nos aparatos do estado, é outra. Essas ideias não são um combo.
Homens são muito mais visados do que mulheres em abordagens policiais. Misandria estrutural.
Perfeito
Policiais abusam do poder excessivo contra pessoas que não vão reagir, na hora ou depois na justiça, as vÃtimas são geralmente mais pobres e os negros são maioria nesta faixa de renda. A raça do policial não importa, a impunidade sim.
Ótimo! Dá-lhe, Demétrio!
A luta contra o racismo é nobre, justa e extremamente necessária. Quando criança, vi um rapaz negro ser espancado por dois policiais, um deles negro, pelo fato de estar embriagado. A visão me persegue até hoje. O problema é quando o fator ideológico obscurece a verificação dos fatos. No Brasil, as ações por racismo ultrapassam R$ 4 bilhões, sendo a média de R$ 260 mil. O grande risco é o importantÃssimo instrumento ser utilizado de forma oportunista e prejudicar o combate aos crimes reais.
Pelo raciocÃnio do Demétrio, uma vez que os EUA tenha eleito um presidente negro, como Obama, não há racismo estrutural nos EUA?! Usa conceitos de forma errada, com explicações superficiais. Na situação relatada, há racismo estrutural e racismo institucional e tentar negar isso, dizendo que os policiais eram negros e a chefe de polÃcia também é uma distorção grotesca.
Denise, minha cara, é até pior do que você aponta: distorce a conclusão da meta-pesquisa realizada pelo acadêmico estadunidense. Ele afirma sobre a necessidade de maior cuidado e sofisticação metodológica na investigação, não a inexistência de viés institucional policial.
Demétrio, prezado, agradeço o debate com base em uma revisão de dados que aparenta ser muito interessante, grato pelo link. Todavia, uma explorada rápida bate de frente com sua alegada "inexistência de viés racial na letalidade policial": as conclusões do tiozinho indicam a necessidade de estudos mais sofisticados que expliquem melhor como e onde ocorrem tais viézes. Fica difÃcil: na hora de debater, com dados de revisão, bem feita, cê bota sua ojeriza à frente? O tiozinho não a endossa, não.
Desenvolveu com todo cuidado, mas conclusão superficial. Talvez tenha dado preguiça ou intenção mesmo ao pensar o lado dos ativistas
Análise superficial, talvez pelo espaço. Como 13% da população tem mais chance de sofrer assinaria. A teoria do racismo estrutural, que não é teoria, não prega revolução nenhuma.
Caro José Eduardo, não é por falta de espaço ou excesso de preguiça, é "implicância estrutural". É leitura parcial da realidade e da ciência produzida de modo encontrar substrato pro próprio preconceito e chatice. Todavia, embora seja um saco, é um debate que é realizado sobre dois pés - nos dias que correm, não dá pra dispensar, né?
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