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Sobrevida de cinco anos com câncer é excelente, principalmente para os idosos.
Acredito que as crenças religiosas representam um mecanismo de defesa criado pelo ser humano para se proteger do medo da morte e do sofrimento. É difÃcil aceitar que vamos simplesmente acabar. Segundo Freud, o processo de vida sempre oscilará entre o prazer e o desprazer. Qual irá prevalecer depende das contingências a que estamos submetidos, as quais, em sua grande maioria, independem da nossa vontade consciente. Então, só nos resta relaxar, ir no fluxo, sempre tentando dar o melhor de nós.
Todos morreremos quando e como não sabemos, mas morreremos. Muitos deixarão saudades e muitos outros deixarão muita gente feliz. Mas o que preocupa é a forma como irá acontecer, se será com ou sem sofrimento, um câncer com metástase sofre o moribundo e todos seus queridos a suas queridas. Sou cético morreu acabou. Como já citaram aqui MiLLôr Fernandes " Além de ir para o inferno só só tenho medo de uma coisa: juros". O resto é pó.
Infelizmente há comentaristas que ainda confundem pessimismo, niilismo, ceticismo, realismo. Hélio contribui para realizarmos uma reflexão realista sobre o sentido da vida.
Uma coisa é certa, viver e ser feliz deve ser um propósito de vida, caso contrário não teria sentido nossa existência. Um dos ensinamentos que pratico por viver algo parecido é de acordar a cada dia, agradecer e viver esse dia como se fosse o último, fazendo o melhor possÃvel. Você já agradeceu pela sua vida hoje?
Descobrir que o tempo indefinido de vida foi subitamente abreviado, e se tornou bem mais definido, deve ser um baque tremendo. Recentemente li a frase do Mario Quintana: não faça de sua vida um rascunho. Podes não ter tempo de passá-la a limpo.
Ahhhhh, o Mário quintana era Soda!
"Por que adiá-lo ?" Ora, quem tem fé não se sente dono absoluto de sua vida, mas a considera um dom, de que somos concessionários.
O articulista está definitivamente pessimista nesta manhã. Texto dificil de atravessar. A ser verdade a primeira frase, Helio sequer estaria aqui para nos brindar com esta pérola.
Sob olhar cinematográfico e mais superficial, vale uma olhadela em "The Professor" com Johnny Depp.
A morte não é nada para nós, pois, quando existimos, não existe a morte, e quando existe a morte, não existimos mais. (Epicuro).
Ótimo
(cont.) 20pois, se o coração nos engana, Deus é maior que nosso coração; Ele é conhecedor de tudo.1Jo,3,20. Isso vai ser pesado, no cristianismo, a análise do coração é maior que a letra da lei.
Essa, de novo, uma situação limite. A pessoa diante de uma doença terminal e mesmo o suicÃdio comum, ou o aborto em casos de estupro, a pessoa no limite de sua resistência racional. AÃ, no cristianismo, o julgamento de Deus vai ser de acordo com a consciência da pessoa, nessas situações não se pode imputar o pecado pela letra da lei. Duas passagens ilustram o caso "Marcos 10:5 Esclareceu-lhes Jesus: “Moisés vos deixou escrita essa lei por causa da dureza dos vossos corações!”. (cont.).
Acho que você deveria ler David Servan Schreiber. Os dois últimos livros.
Bem, meu caro, numa cultura em que a competição continuada é tida como um valor positivo, faz-se guerras a torto e a direito e a religião é um dos grandes motivos pra fazê-lo, confesso que me é um pouco árduo compreender porque tanta celeuma em relação a terminar com a própria vida. Justo ela, que é pessoal e de mais ninguém? Lembro-me de um francês que, uns dois anos atrás, morreu na rua, na frente de todos, por pura indiferença. Fiquei tenso, vou até acender um cigarrinho - antes que proÃbam.
Por mais agnóstico que eu seja (e de fato sou), me parece estranho que a camada mais externa dessa cebola não tenha algum tipo de controle central.
O estranho é você achar isso estranho.
Não acredito em vida após a morte. Isso, por incrivel que pareça, me dá tranquilidade. Pensar que não haverá nada após eu morrer, como se fosse um sono profundo do qual não vou acordar, é reconfortante. Não há nada a temer, a não ser a possibilidade de sofrimento antes da morte. Após morte é o descanso. Virarei pó. Estarei em paz pois não existirei mais.
Concordo plenamente. Parabéns!
Como diria um blogueiro de direita que eu lia. Se as pessoas que amo terão direito à sequência, as que eu detesto também. Logo prefiro a hipótese da desintegração para organizar minha vida.
Perfeito! O grande pesadelo é acreditar que haverá uma vida pós morte pois mesmo os que nela acreditam não tem nenhuma certeza sobre o que os aguardaria, inclusive porque tudo o que tem a respeito do seu Deus não passa de palavras proferidas por um humano que tampouco tem experiência alguma do suposto divino, ou seja, qual a natureza do seu Deus.
Somos, enquanto respiramos, meros cadáveres em potencial (plagiado de F. Pessoa). Por outro ângulo: tudo vira cocô (Rita Lee, também plágio).
Perfeito!
De fato. Nos primeiros séculos do cristianismo o "suicÃdio" , ou martÃrio, era desejado pelos fiéis mais fervorosos. Em algum momento ( seriam demasiados mártires ? ) a hierarquia da igreja teve que proscrever o suicÃdio. Em algumas seitas cristãs europeias, até o sec. XII, o suicÃdio era praticado pelos iniciados "puros" como forma de abandonar as tentações da carne. Pudera, desapareceram.
Lembrei da famosa frase do Millôr Fernandes : "O cadáver é que é o produto final. Nós somos apenas a matéria prima". E parabéns à mana pela charge.
Poi Zé, sábio era o Millôr, ao constatar o evidente. Cara, sempre esqueço de elogiar, volta e meia as ilustrações são excelentes!
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