Ronaldo Lemos > Como lidar com discursos perigosos? Voltar
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- Ao citar no seu ótimo texto, essa Rádio de Ruanda RTLM, me lembrei aqui no Brasil, de outra grande rede de rádios, com discursos carregados de ódio.
É preciso saber onde mora o perigo. Criminalizar discursos não os faz desaparecer. É bom saber o que homens de bem têm na cabeça.
Para mim o princÃpio da lei de Talião continua válida, no sentido de proporcionalidade entre delitos. Atos violentos devem ser prevenidos e seus agentes serem alvos da violência do Estado. Já discursos devem ser combatidos com discursos, não com censura, muito menos com prisões.
Interessante, mas a radicalização conveniente é incentivada, não combatida, como vemos nos governos, na mÃdia e, infelizmente, nos espaços onde o livre discurso deveria ser cultivado. Repressão soa bem em lombo alheio, mas o alheio costuma ser alvo de quem domina a narrativa. Vide o que os ditos liberais vem fazendo no Brasil, Europa e EUA, quem diria, banindo livros, pessoas e controlando discursos. Parece que as tragédias do século XX ensinaram pouco.
Ôôô, carÃssimo, já deixei o artigo marcado, grato pela referência. É assustadora a correlação entre o número de mortes e o grau de violência empregados para fazê-lo com a força do sinal da "rádio machete" nas localidades: onde a rádio pegava bem, a barbárie foi distintamente maior. Esse seu artigo é precioso, Ronaldo, acho que oferece uma reflexão fundamental: o que se espera conter? O que é que traz risco, tanto democrático quando à população, em termos de violência epidêmica? Vamo que vamo.
Faltou sugerir como fazer isso: “É preciso também trabalhar para reduzir os incentivos à radicalização, reforçando anteparos sociais.”
Os financiadores são o centro da questão. Os elementos citados falharam feio no Brasil. O bolsonarismo normalizou a violência na famÃlia, na escola e em todos os ambientes. Não a toa quem estava nos acampamentos só falavam vai ter guerra, em guerra civil, e isso era reproduzido por parentes e conhecidos em grupos de zap. Guerra é brinquedo? Não né. O exército que sempre defendeu a unidade nacional tolerou a pregação da divisão no seu quintal.
Na verdade as pessoas buscam discursos q se adequem à "verdade" q querem acreditar. Só educação não resolve, pois basta observar q o derrotado na eleição teve 58 milhões de votos. Ou seja, dentro destes 58 haviam muitas pessoas q tinham graduação, pós-graduação e até pos-doc: médicos, advogados, juristas, engenheiros etc. A intolerância, o desamor, a incapacidade compreender a vida vem é da essência dessas pessoas. A desinformação é só uma desculpa, elas sabem o que querem e sabem o que fazem.
Cara Eda, ainda está por aÃ? Concordo com o q disse sobre a grande massa manipulada q engrossa o caldo da intolerância. Sim boa Educação poderia dar senso crÃtico a essas pessoas. Mas o q eu quis dizer na verdade é q só a falta de boa Educação crÃtica não consegue explicar este exército q fechou os olhos e apertou o 22. Fechou os olhos para o genocÃdio q só não viu quem não quis ver. E sim, entre estes 58 mi tinham médicos, advogados, juristas etc. Então não é só Educação! Falta algo mais.
Sim concordo que muitos das nossas elites primam pela intolerância e desamor à vida mas são eles que financiam os discursos violentos. Sozinhos jamais fariam 58 milhões. A massa de manobra dos incautos acredita cegamente nos discursos. Como desarmar esses discursos é a grande questão que se coloca.
Sim Rafael, concordo que a intolerância e o desamor a vida é o que move essas nossas elites só interessadas em manter seus privilégios à s custas da população. Mas são justamente eles os financiadores dos discursos violentos. Sozinhos não formariam 58 milhões de votos de forma alguma. Esses discursos atingem em cheio a massa de manobra dos incautos, dos que morrem de medo do fantasma do comunismo, do fantasma da destruição dos valores, da famÃlia pela esquerda progressista. Tipo lavagem cerebral.
Talvez se encaixa a educação da solidariedade, da empatia, da tolerância e a principal educação para inteligencia emocional, se é que é possivel.
Precisamos de educação, não de leis.
Infelizmente quando tomamos algo como verdade, dificilmente conseguimos enxergar a possibilidade do contraditório.
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