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  1. Sérgio Silva

    A ideia é interessante, mas inconsistente. Encara a língua como um monte de palavras isoladas e não como um sistema de palavras q se correlacionam. Qual a lógica, como já ouvi, de “Bem-vindEs, é um prazer tê-lOs aqui”?

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  2. Ivo Ferreira

    Essa chamada linguagem neutra é como gíria. Funciona em determinados nichos. Algumas palavras passam a ser utilizadas por pessoas fora do nicho e são aceitas com naturalidade. A maioria cai no esquecimento.

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    1. Jove Bernardes

      Boa, ótimo: gírias, falares de nichos próprios, esquisitices. Deixa, o tempo resolve isso.

  3. João Paulo Zizas

    É engenhosa essa linguagem neutra cujo uso alguns grupos minoritários querem impor ao povo brasileiro. Mas ela (elu?) parece insuficiente para agradar a totalidade dos oprimidos revoltados com o fato de a humanidade ter adotado o hábito de qualificar alguém como homem ou mulher. Logo será preciso criar novos patoás a fim de contentar pessoas que não se veem em nenhum dos dois sexos mais conhecidos enquanto também acham malpropício, desconfortável e simplista o rótulo de não binárias.

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  4. roberto barbosa de castro

    Cada um é livre para se comunicar (ou tentar fazê-lo) como queira. Mas a escola existe para ensinar a língua oficial, segundo a norma culta.

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  5. Fabio Hansem

    O caso é mais complicado do que você descreve. Trata-se de uma escola pública, pelo que me conste, que estava ensinando a linguagem neutras para os alunos.

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  6. José Cardoso

    Quando criança, eu tinha um amigo que tinha que estudar esperanto, para seu desgosto e gosto do pai. Era da mesma forma uma tentativa bem intencionada de mudar o mundo mudando as palavras. Meu nome por exemplo era iosefo.

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  7. Berenice Gaspar de Gouveia

    Podiam proibir a ABL de se meter também. Já fizemos tantas reformas ortográficas nos últimos anos que ninguém mais tem certeza de escrever corretamente. Saudades de um bom e útil acento diferencial...

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    1. Marcos Benassi

      Eu tô na sua - ao menos, na sua descrição: já não sei direito nem o novo nem o velho. Quanto à nova ortografeia, simplesmente a ignoro, uso quando bem entendo - como a entendo mal, uso pouco. A velha, agora, dela já não tenho certeza. Nesse estado de incerteza, portanto, escrevo esculhambadamente e malemá, mantenho-me à tona. E sem o menor pobrema: é tudo portugueis.

  8. JOSE CARLOS BETONI

    Esse negócio de vestir azul e rosa nas palavras é uma confusão. Será que A Árvore em português quando atravessa a fronteira com os hermanos se sente ofendida por ser tratada no masculino (el arbol). Pior ainda O Leite. Uma substância que essencialmente só é produzida por fêmeas ser tratado no masculino no nosso idioma. O espanhol é mais racional onde La Leche é substantivo feminino. Engessar a língua sempre dá ruim...

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    1. Marcos Benassi

      Xiiii, meu caro, nem que fale a língua dos Anjos, fala sem amor - e não só porque não ligam pra São Francisco, mas por vocação familiciana...

    2. JOSE CARLOS BETONI

      Caro Benassi, em Brasília havia uma primeira dama que dizia entender de LIBRAS. Ela também se dizia entendedora da linguagem dos anjos embora não visibilizasse em sua figura nenhuma auréola. Não confundir com aréola, que é outra coisa.

    3. Marcos Benassi

      Hahahaha, eita confa. E em portugal, onde "o sanduba" é "a sande"? Tamo tudo perdido, Zé Carlos, melhor aprendermos Libras! Hahaha!

  9. José Bernardo

    O idioma é um ente vivo, que evolui; e quanto mais inclusivo for, melhor. Pessoalmente evito, por exemplo, usar o termo "homem" para designar a espécie ou coletividade humana, preferindo "ser humano" ou "pessoa". Se há pessoas que se identificam com o gênero neutro, não vejo problema em utilizá-lo. Em tempo: o STF não legislou sobre o assunto: dentro de sua atribuição, apenas considerou inconstitucional legislação proibitiva.

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  10. Marcos Benassi

    Ah, "last but not least", a sençura da phôia! Aqui, é lei: as palavras no Index Proibitorum Folhotrônico são 'tomática e arbitrariamente enviadas à tortura, junto com suas colegas todas do comentário, inocentes, 'tadinhas. E todo mundo leva um Fal, eventualmente (em português) chegando à morte. Ô Hélio, desregulamenta a língua e os dedos do pessoá aqui, sô, luta por nóis! Hahahah!

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  11. Marcos Benassi

    Ééé, meu caro, eu também prefiro que nossos legislacoisos não metam seus dedos na língua. Se o fizerem, como punição, que os levem adiante, até a göela, e se virem com o mal-estar decorrente. A nova ortografeia, que é outro exemplo de "legislatura" sobre o idioma, também não colou pra mim, achei feia pacaramba. Outra feiúra ambulante é o corporativês, que "endereça" pobremas e troca "ao fim" por "eventualmente". Pra isso, contudo, basta o Sérgio Rodrigues, não carece lei, não.

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  12. Paulino Vandresen

    Se colocarmos x, @, resolveremos nossos problemas sociais , assim como a frase "bandido bom é bandido morto", resolveu a criminalidade no Brasil. 2 lados da mesma moeda.

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    1. Marcos Benassi

      Xiiiiiii, Paulino, a frase é véia pacaramba... Teremos que esperar tudo isso pra averiguar se linguagem neutra cola ou não? Que desânimo... Mas eu gosto da arroba, de verdade, com moderação, tipo uísque.

  13. Cristiano Kock Vitta

    Usem e abusem da linguagem neutra todos que quiserem participar da pauta identitária. Daí, torná-la regra ou evitá-la com a força da lei, vai uma imensa distância. A língua portuguesa é viva, diz o clichê. Mas são tantos os ataques à norma culta que escancaram uma enorme preguiça do brasileiro em conhecer o idioma e Fernando Pessoa.

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  14. André Jalles Monteiro

    Caro Hélio, o problema não é o masculino ou o feminino. Em um auditório lotado com a grande maioria de mulheres e meia dúzia de homens o palestrante tem sua fala no masculino. Isso é um absurdo linguístico. O uso do neutro se encaixaria muito bem nessas situações. Eu, por exemplo, usei em várias situações o feminino. Mas isso incomoda os machistas. Nossa língua precisa evoluir.

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    1. Eduardo Rocha

      "Absurdo linguístico" é um absurdo. A língua é aquilo que se fala. Forçar o (estranho) idioma neutro é um absurdo.

  15. Vicente Valcarcel

    Vou fatiar esse debate em 2 partes. Facchi agiu certo? Sim, um estado não deve legislar em cima do curriculo de ensino federal, imagina se amanhã o rio de Janeiro decide que não vai ensinar multiplicação para os alunos enquanto todo o resto do pais está aprendendo.Agora a segunda parte é: linguagem neutra deve ser ensinado nas escolas? Acredito que não, imagine se amanhã aparece no Twitter alguém falando que a língua portuguesa é burguesa e a expressão "a gente somos" deveria estar correta. D...

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    1. Vicente Valcarcel

      Deveríamos ensinar "a gente somos" na escola como uma expressão correta?Acredito que a língua é mutável, mas para algo mudar a maioria da população deve já estar usando. A línguagem neutra só está sendo usada no twitter. A impressa tem que parar de dar tanta importância ao twitter, eles são um segmento pequeno da população, são bem barulhentos mas são muito pequeno.

  16. SUELI Iossi

    Concordo com o colunista e com o STF, porém ao mesmo tempo que não cabe ao estado proibir mudanças no idioma, tb não cabe a este mesmo estado utilizar de seu aparato para enfiar goela abaixo a linguagem neutra, se democracia é feita pela maioria, Cabe ao estado respeitar, quem quiser que use a llinguagem neutra mas não nos orgaos oficiais, isso é passar o carro na frente dos bois, forçar uma mudança antes da pp mudança, há que se cuidar da proteção das minorias, isto sim é urgente e necessário!

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  17. Alexandre Pereira

    Ótimo texto. Se o STF fez bem em legislar, não creio, mas já é um hábito, dizem, democrático. Linguagem neutra (já está virando piada) é um crença de luxo, que produz o efeito oposto ao pretendido ao criar guetos ao invés de combatê-los. Maritacas impondo uma nova ostentação, já que o Rolex saiu de moda, em uma demonstração de pseudo-virtude, como bem colocou Rob Henderson. Causa problemas? A torre de Marfim não se importa, logo passa para a bobagem seguinte. A choldra? Essa, que se dane.

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  18. Marcio Francisco Colombo

    Brilhante resgate. Simples assim desde Babel. Se fosse complementar teria q acrescentar q a língua também é embate. Por isso se move.

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  19. Miro Costa

    Muito bem, Doutor. E o STF não estã legislando sobre idioma, quando proíbe um ente federativo de proibir a imposição autoritária e ideologicamente orientada de uma nova língua? Como se chama a lingua oficial do Brasil, grande linguista? Já ouviu falar que a CF determina que se chama Língua Portuguesa? A língua - não o idioma - não é pétreo, claro. Mas as mudanças NUNCA foram impostas. Jamais alguém conseguiu criar uma língua e impô-la guela abaixo na marra.

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  20. Samuel Gueiros Jr

    Concordo que essa invenção vai virar mesmo curiosidade histórica. Tanta preocupação com essas palavras e aos poucos vai se integrando na língua expressões como selfie, zap, wifi, e até a fake news (no passado era boato), e ninguem se importa. Em todas as novelas atores exibem camisas sempre com expressões inglesas. A briga pra empurrar essa aberração de linguagem neutra é pura necessidade de protagonismo de uma esquerda que não sabe ler nem escrever.

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  21. Ayer Campos

    O problema é que alguns processos de criação de palavras sinalizam, como diria Ivan Lessa, que "o brasileiro vive com os pés no chão - e as mãos também"... Náo preciso citar os casos em que a ignorância presta homenagem à cultura, como em usos de 'paradigma', 'minimizar', 'complexo', etc. Vejam o caso escabroso do vocábulo brazuca 'mídia' (que não existe em Portugal e países hispânicos). Recolhemos uma palavra latina pela forma fônica como é emitida por falantes não-latinos! ( plural: mídias?)

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    1. Marcos Benassi

      Lembro só da expressão, Ayer, mas nunca tinha ligado os pontos, não. É, os tugas são mais elegantes no idioma, e mais rigorosos na fala, aderem mais à norma rígida. Gostei do delenda Cartago, mais uma etimologia pro bagageiro! (se o 'lemão não sumir com a informação, claro)

    2. Ayer Campos

      Caro Benassi, os patrícios sabem que media (assim mesmo, com pronúncia de 'café com leite') é o plural de medium... E deletar é uma nobre palavra de raíz latina ("delenda Cartago", lembra?)

    3. Marcos Benassi

      E, inda por cima, escrevi e larguei paradinho no jornalomóvel, o dispositivo de ler jornal na mão. Cabei de mandar. Mas havia me esquecido d um treco: salvo engano, os Tugas falavam "os média" pra se referirem às mídias, quaisquer. Também eles incorporam os "deletar" da vida, a língua lá é móvel como a nossa, embora mova-se de modo mais educadinho, parece. Se bem que, no norte, são bem bocudos, gostam d um palavrão.

    4. Marcos Benassi

      Ôôô, caríssimo, fico paradigmaticamente alegre ao topar convosco aqui na Ágora: nunca minimizo o valor de keitores-comentadores complexos, Hahahah! Ruim mêmo é termos que ser resilientes em nossa luta pra se comunicar: mesmo escrevendo direitinho, o que tem de gente que teima em não entender obviedades...

  22. ROBERTO DO AMARAL SILVA

    Se o orador deseja usar a tal "linguagem neutra", que use. Mas induzir/obrigar alunos ao uso na escola é piada pronta. Não vejo relevância em forjar uma linguagem para atender uma minoria cuja inclusão depende sim de ações protetivas contra discriminação sócio-economica e não uma utilização de linguagem neutra.

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  23. Neli de Faria

    Parabéns. Análise perfeita. Daqui a uns cinquenta anos ,se viva estiver, quero ver se a linguagem neutra pegou...! Particularmente, não estarei viva e a linguagem neutra, como bem o disse, certamente, estará na reciclagem da história. Falta do que fazer no Legislativo, por isso, há muito, proponho a redução de seus membros: estadual, federal, distrital, vereadores e de Senador. Democracia não se faz com inflação de políticos.

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    1. Alexandre Pereira

      Apoiada!!