João Pereira Coutinho > A liberdade de expressão deve ter prevalência sobre a cartilha das patrulhas Voltar
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Além disso um pesadelo me persegue, inclusive acordado, o pesadelo do Fahrenheit 451...
nao precisa acordar e dormir pensando em diversidade e, infelizmente, seguiremos mentindo. que sabe menos. basta concordar com as pautas de equilibrio, que não são "quaisquer pautas". depois, quem sabe, voltamos ao mérito.
Advogados fazem juramento; médicos fazem juramento; engenheiros também... Portanto, na perspectiva do texto e da autora citada, o 'triunfo do cinismo' já é fato na maioria das disciplinas. Afinal de contas, se esse cinismo já é existente há dezenas de anos na maioria das disciplinas, qual é o problema de mais um? Resumindo: cinismo mais hipócrita do que o cinismo liberal, só o cinismo pós-liberal.
Cinismo é cinismo, ou existe cinismos diferentes? Se o próprio texto usa deste termo para demonstrar que fazer um 'juramento' não quer dizer que o profissional vá segui-lo estritamente, então não é nada diferente. Ademais, o quantos médicos formados têm coragem não não serem 'cÃnicos', e não fazer o juramento porque não irá segui-lo? Dessas coisas, conhecemos bem: é a arte de vestir a roupa do cordeiro, para ninguém perceber que ali há um Lobo. O 'liberal' está mais difÃcil dissimular a avareza.
O juramento de Hipócrates não é obrigatório. Além disso, ninguém exige alinhamento ideológico para aceitar alunos ou professores em faculdades públicas de medicina. Ainda. Ou seja: são coisas diferentes.
Ai ai... preguiça de comentar. (por Maria José)
Integrei a diretoria de um instituto, de predominância jurÃdica, mas na realidade multicultural e assumidamente democrático. Pois não é que recebemos há uns dez anos uma moção trágica, para proibir, sim proibir, a apresentação da tese de uma aluna que defendia um enfoque conservador para o conceito jurÃdico de famÃlia? Recusamos, porque éramos adeptos da diversidade, e fomos duramente ofendidos. Patrulheiros em busca de suas vÃtimas.
Distorceu mesmo hein, não precisa ser militante da causa da igualdade. Não pode é atuar contra. Só faltou defender a liberdade dos fascistas que tentaram golpe de estado. Afinal eles dizem defender a liberdade. No caso a liberdade de perseguir os adversários polÃticos, e serem livres pra voltar ao capitalismo primitivo, livre de regras.
"Que pai permitirá que seus filhos estudem numa madrassa?" Histeria tÃpica de Olavo de Carvalho. Não é porque uma escola pede simpatia a ideias politicamente corretas que está criado um centro de doutrinação ideológica. As faculdades podem até ter certa resistência, mas permitem muito mais o contraditório que associações conservadoras (na prática, vejo que estas se demonstram muito mais as "donas da verdade" que as progressistas).
Não foi bem o caso de a escola ter "pedido a simpatia..." foi coação. (por Maria José)
Pra mim, o cinismo ainda pode não ter vencido, mas está bem na frente nesta corrida do patrulhamento.
Faltou ao articulista o bom pensamento em perspectiva. As universidades, como as conhecermos hoje, existem há séculos; sempre foram terreno fértil pro monolitismo e pra exclusão, que operaram de maneira orgânica, privilegiando sobretudo os mesmos sujeitos sociais: homens brancos, cisgênero, economicamente remediados ou ricos. Ninguém invocou a Justiça contra isso. Bastou que algum movimento de mudança se insinuasse pra surgirem esses papinhos "liberais". O nome disso? REACIONARISMO.
Relaxa Coutinho. Essas declarações tem tanto valor quanto os juramentos dos presidentes da república e das casas legislativas de obediência à constituição. Quando ao mesmo tempo propõe publicamente alterações nessa mesma constituição. Na verdade uma das razões do conluio que levou o Lula a apoiar o Lira é justamente aprovar mudanças constitucionais.
Depois da " moda pós-moderna", vestida tanto pelo pensamento de esquerda quanto de direita, sua excelência, o fato, precisa voltar para o proscênio da vida humana. Inteligência é interessante, porém sem o acontecimento é puro desvario. Parabéns, João Coutinho, pelo bom artigo.
Coutinho, meu caro, tem um pobrema nessa sua peroração: o compromisso assinado refere-se ao comportamento manifesto dos sujeitos, "a promoção" da bagaça. Tá escrito lá que eles não vão poder discuti-la ou pensar diferentemente? Escrever artigos em que questionem até mesmo sua instituição? Sei não, muito preciosismo. Se fosse o Mac fazendo funcionário assinar que promoveria o carnivorismo via hambúrguer, concordaria contigo; na universidade, não, todos são grandinhos. Se acharem melhor, vazam.
Óbvio que não são todos, mas pela linha de pesquisa e a produção de alguns professores universitários que eu conheço, o debate talvez deva mudar de foco para a serventia de tudo aquilo. Talvez obrigar o professor e pesquisador a participar de uma ação social seja uma forma de compensação pelo nada produzido na academia. Beijos e abraços a crentes e ateus. Namastê.
O problema é que quase sempre que uma universidade fala em “diversidade” só admite uma única opinião. Na chamada “guerra cultural” (essa deplorável herança Gramsciana) a esquerda se aboletou em nichos de universidades para promover o pensamento único. Na outra ponta, a ultradireita defende a “escola sem partido” sonhando em colocar seus partidos na escola. Nesse ambiente nenhum conhecimento genuÃno pode florescer.
Que ótimo, Marcos! Resolvemos o problema com “culhão”. Agora só precisamos de mestres do bom gosto para definir o que é “ex-croto” e o que é o “inverso”. AlÃvio geral! Problema resolvido!
Há um livro de um professor universitário de história da UEL que discute o pensamento único nas universidades. Não é de hoje que mudamos os padres mas a igreja continua a mesma. Em tempos de maniqueÃsmo então, nem se fale. Abraço a todos.
Na universidade, prezado, o que não se pode proibir é a discussão. Comportamento eixcroto, pode perfeitamente ser proibido, assim como, seu inverso, pode ser formalmente estimulado. Quem tiver culhão e competência teórica, que bote os "nichos", quaisquer, em discussão.
Ótimo texto. Andamos realmente em cÃrculos, de autoritarismo em autoritarismo, sempre com a melhor das intenções e, claro, as universidades não poderiam ser exceções. Produzir resultados convenientes seria a cereja do bolo do esgotamento da capacidade para a dialética. Bem vindo ChatGPT. Quem sabe, o retorno da vida inteligente por outros meios.
Hum. Então não precisamos de juÃzes que jurem obediência à Constituição?! Vai vendo...
Boa objeção, curta e grossa.
Como você chegou nesta conclusão pelo texto?
Muito bom. Lembrou-me Robert Hughes, Cultura da Reclamação.
Muito bom.
Ótimo artigo ! Obrigado !
encontrou um jeitinho cheiroso de contemplar o ataque à autonomia universitária e ainda esconder-se sob o manto da sabedoria liberal. Sr., eu posso processar a Usp por não aceitar minha tese sobre Tomas de Aquino? E se for alegado que as linhas de pesquisa do departamento excluem argumentos sobre a centralidade da escolástica? Absurdo, né? Mas parece que as linhas de pesquisa só não podem definir interesse por inclusão e diversidade, né? aà um juiz pode vir em socorro do gravatinha...tosco, não?
Paulo Lobatp, uma pessoa autoritária deve ser apresentada como tal. Desculpe, mas essa sanha contra o crescimento de pautas minoritárias já deveria causar estranhamento. O autor ignora ou omite que um debate cientÃfico introduz ou retira objetos do campo de interesses de pesquisadores. Agora, me desculpe, não ver o absurdo que é propor que um juiz possa decidir se um departamento deve ou não rejeitar uma pesquisa, meu amigo, é dormir no ponto. Não vê o autoritário dentro desse paletó?
Caro Paulo Werner, você acha mesmo que JPC é apenas uma pessoa má intencionada e sorrateira, como você agressivamente sugere? Ou ele apenas tem ideias diferentes das suas? Será que não há nada que se possa discutir sobre o modo com que o ambiente das universidades vem se tornando cada vez mais restritivo, partidarizado e autoritário?
Cara, deixa o rebuscamento rococó com quem entende da coisa!
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