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  1. Ivo Ferreira

    A situação da Cultura é uma mistura de má administração com mudanças de hábitos da população. As pessoas vão até as livrarias olham os livros e depois compram pela internet. Mais barato. Vejo o lamento pelo fechamento de livrarias como sendo igual ao lamento pelo fechamento dos cinemas de rua. Todo mundo lamenta, mas poucos frequentam.

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  2. Vito Algirdas Sukys

    No século dezenove os luditas protestaram contra a industrialização, sobre o impacto da tecnologia sobre a sociedade. Eles não atacavam apenas as máquinas mas queixavam-se da criação de uma sociedade tecnológica onde as vidas humanas eram reduzidas a apenas uma dimensão. Livrarias podiam ser convívio entre diferentes. E agora , em nossas cidades, onde se dará esse convívio? Nos shoppings? Nos bares? Nos estádios de futebol? Fica a pergunta.

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  3. Lemuel Gulliver

    O establishment da nossa cultura logo acha outro lugar bacana pra lançar seus livros que só os coleguinhas compram (e não leem). Chega já desse chororô todo, por favor!

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  4. Paulo Silva Barbosa

    Felizmente esta falência foi suspensa e voltou a funcionar . Espero que este patrimônio cultural volte a funcionar a todo vapor . Seria uma perda irreparável na cultura brasileira .

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  5. Francisco Barbosa

    Nos últimos anos o espaço deixava em destaque os livros do falecido Bolovo de Carvalho.. Não lamento seu fim, que já havia acontecido. É preciso que a cidade realmente tenha uma cultura de livrarias e bibliotecas públicas, inclusive nos bairros. Qualquer empresário com visão abriria uma nova livraria no lugar icônico, mas no geral este povo endinheirado espera pelos rendimentos da especulação nos juros altos.

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    1. José Cardoso

      Tudo vale a pena se a alma não é pequena, e se o dinheiro não é nosso...

  6. Vito Algirdas Sukys

    Conheci a Livraria Cultura através de meu colega de faculdade que era sobrinho dos donos. Ele falava vai na Livraria da minha tia e lá você encontra esse livro difícil. Era uma verdade significativa. Encontrava. A Livraria ainda era pequena no Conjunto Nacional. Adorava passear pelos corredores fuçando livros. Meu filho deu-me o leitor eletrônico mas não é igual ao livro de papel. Quando quero rever capítulos levo horas infinitas para achar o ponto, no papel, o hábito era mais rápido que um raio

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  7. Ricardo Ferreira

    É verdade que livros, jornais e revistas cada vez mais estão se convertendo a cópias digitais. Eu mesmo, antes "rato de livraria e bancas de jornais" já não as frequento como antes, preferindo a conveniência da compra on LINE, ou mesmo do digital. Mas o fechamento da Cultura é um golpe. Sim, um golpe para os amantes da leitura a lembrar o quanto é escasso neste país, o virtuoso hábito.

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  8. José Cardoso

    Para todos que gostam de ler e tiveram a experiência de garimpar livros numa livraria, essas falências são como uma perda pessoal, um mundo que existia e parece estar acabando. Mas por outro lado, é muito mais fácil comprar qualquer livro que se queira hoje em dia. Não precisa sair de casa, é só pagar, sincronizar o programa de leitura e começar a ler.

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  9. Klinger Luiz de Sousa

    Triste! Impressiona como vamos perdendo espaços importantes na cidade sem que nada equivalente seja colocado em seu lugar. A reflexão do autor é importante para alertar-nos a respeito de para onde estamos caminhando como sociedade, que tipo de cidade e de espaços desejamos construir? O que será feito deste local? Não me surpreenderá se uma denominação evangélica neopentecostal assumir o local. Triste fim!

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  10. Marcos Benassi

    Óia, Thiago, eu fui talvez uma dúzia de vezes à Cultura, se tanto, não sou da capital: pra uma ou outra reunião no café, às vezes pra fazer hora na região, comprar livros era um acaso. Sempre me espantou a "generosidade" do lugar: a gente pode abrir livros e ficar lendo! Tem onde sentar e ler! Um ambiente bonito pra se estar. Dei boas prosas com gentes que nunca mais vi. É função de espaço público de convivência, não de venda, né? Foi o espaço privado mas generoso que já vi.

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    1. Peter Janos Wechsler

      Marcos. Tristeza. Detesto Kindle.

    2. Marcos Benassi

      Zeus queira que nem essa do Rio, nem a de sp, virem mais templo. Já tá de bom tamanho. E, como eram livraria, e não cinema pornô, não precisam ser redimidas... Hahahah!

    3. Peter Janos Wechsler

      Pura verdade. E a filial que abriram no RJ, no local de um antigo cinema, também foi uma jóia inclusive arquitetônica. Durou pouco.

  11. Vanderlei Vazelesk Ribeiro

    Chorei, quando comprei pela última vez livros na Leonardo Davinci aqui no Rio. Ali comprei livros em espanhol, que me abriram as portas para os demais países do continente. Mas todo cambia, como cantou Mercedes Soza. Assim como cresci ouvindo as músicas que falavam da saudade dos boiadeiros, que perderam a profissão, agora vemos as livrarias físicas indo embora.

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    1. Marcos Benassi

      Ôôô, Vanderlei, emociona partilhar desse seu amor por uma livraria, que normalmente é coisa de "enxergantes". Sabendo que você é cego, isso dá uma dimensão adicional de valor: portas que você abriu à força - ou na base da micha, na habilidade - num mundo de enxergantes. Mas a nostalgia da perda, teremo-la, muitos de nós, em breve: ah, que saudade de quando havia um humano me atendendo! "Vovô, como era ter aula com uma pessoa, e não com um robô?" PhilipKDick está atualíssimo.

  12. Raymundo de Lima Lima

    Sim, a falência da Livraria Cultura -e de tantas de outras cidades do Brasil - é mais um sintoma de emburrecimento de nossa população que pouco lê livros, mas lê e vê nas telas eletrônicas informação rasa, fake news como verdade, mensagens religiosas nivel baixo. No espaço da Livraria Cultura vai ser ocupado por uma igreja evangélica? A exemplo da ocupação dos cinemas e teatros por igrejas doutrinadoras e fabricas de fake news.

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    1. Marcos Benassi

      Mmmmm... Sei não, Raymundo, sei não. A igreja vinha como redenção, pelo que observei acontecendo em Campinas: primeiro, o cinema decaía e passava filme pornô; depois, quando a sobrevivência já não era viável nem na base dos peladões, aí sim, vinha a salvação - ou o inferno completo, a gosto da interpretação do freguês, ao menos no curto prazo. No longo, de trinta anos, com a culminância do movimento trazendo o Bozo à tona, acho que não dá pra fugir da conclusão: era mêmo o Hades que espreitava.