A questão é antiga como se vê. E há uma premissa que está sendo relegada a um segundo plano e que eu considero fundamental para a política pública sobre o assunto: o STF vai ou não dar uma resposta imediata e contrária à ação que pretende submeter, para a demarcação das terras indígenas, de ocupação imemorial, à trava de um marco temporal? Seria oportuno que o julgamento se desse na atual conjuntura para frear novas investidas predatórias nas terras indígenas.

Para mim, a longa história de conflitos com garimpeiros mostra a dificuldade de proteger esse povo. Se o Estado não consegue manter a lei e ordem em favelas das nossas grandes cidades, livrando seus moradores do domínio do tráfico e/ou milícia, é ilusório esperar que naquela área remota e imensa isso consiga ser feito.

Não havia gente dizendo que tudo isso começou no governo Bolsonaro? Ele apenas nada fez para impedir e ainda incentivou. Os antecessores também inertes.

Putz, Senhores, que história entristecedora. Muita gente essencial parece que perece na hora H - outros eixcrotos, como o pançuello, duram até o dia Z, infelizmente. Felizmente, esse curso assassino da incúria foi interrompido. Cuidemos pra que nunca seja retomado.

Embora tenha combatido a ditadura de 1964 nos seu últimos anos, sempre tive um pé atrás com o senador Severo Gomes por ter ele sido ministro em dois governos militares (Castelo Branco e Geisel). Com essa informação sobre sua luta pelos yanomamis, que eu desconhecia, passei a incluí-lo no diminuto grupo de políticos brasileiros que melhoraram com o tempo (outro foi o também senador alagoano Teotônio Vilela).

Claro que FHC, Lula, Dilma, Temer, e nem se fale em Bozo, fecharam os olhos. Fazer o que, a economia do Brasil se baseia na agricultura plantation, na pecuária extensiva, na mineração e no extrativismo, desde a Colônia; em outras palavras, no estupro da terra.