Muniz Sodre > Outro lado do desespero Voltar
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Profundo.
No aconchego dos cercadinhos muitas pessoas encontraram um sentido para
*No aconchego dos cercadinhos muitas pessoas encontraram um sentido para suas vidas, por mais que o cercadinho não sejam confortáveis e o ali é verbalizado não faça sentido nenhum. Um perÃodo deprimente da história do paÃs.
Estou faz 24 horas convivendo com uma pessoa assim e, realmente, é impossÃvel ter serenidade. A obssessão e paranóia contra tudo e todos torna o ambiente irrespirável. Não há chance de diálogo, pois não há raciocÃnio - apenas repetição crônica de contradições. É um ódio à felicidade de desconhecidos, um autoritarismo tirânico, uma sanha pelo assassÃnio da personalidade individual. Estas pessoas votariam em Hitler tranquilamente, em nome da entidade sociopata que afirmam para justificar sua bile.
Sai voado ou manda embora
Na simples análise psicológica, o contato com os seguidores no cercadinho devidamente ensaiados, foi uma ferramenta psÃquica até que bem sucedida, para manter a mÃnima sanidade do exPR ao fazerem o papel de superego , mantendo- o em contato diário com sua "realidade" , necessário para não "surtar" - se vcs analisarem bem , os frequentadores possuem exatamente a mesma configuração mental e social do protagonista...
Hipótese sobre o cercadinho: Bolsonaro e outros polÃticos da atualidade não dominam nem a linguagem e nem a oratória, daà veio salvá-lo de pronunciamento público o tal cercadinho, útil para proferir banalidades e opinião [nunca argumentação] gratificando p baixo nÃvel de razão dos ouvintes. Prof. Muniz: analise a decadência do discurso verboso, elegante, argumentativo na história dos polÃticos deste paÃs, por favor! Abraço.
Em tese, o argumento é interessante, mas o paralelo com o conceito de desespero de Kierkegaard não encaixa muito bem.
Caro professor Muniz Sodré, adorei seu artigo. Brilhante! Sua criação ‘Autoimunidade ao VerossÃmil é antológica e imortal. Encaminhando seu texto a todos, inclusive aos poucos bolsominions com quem ainda mantenho contato. JK
O Kierkegaard, segundo um professor de filosofia, escreveu que existir é escolher e apaixonar-se por sua escolha. Talvez pervertendo o sentido das palavras do filósofo, há muitas pessoas que escolhem lÃderes e depositam nele sua confiança, como dinheiro num banco. É mais fácil que ter que decidir por conta própria o que deve ser feito caso a caso. Essa tendência humana pode explicar uma devoção tão grande a pessoas como Lula e Bolsonaro.
Não casualmente os monarquistas brasileiros viram no antigo presidente, que voou para a Flórida, uma transição para a monarquia.
Lembrar que os monarquistas alemães engendraram um golpe maluco, recentemente, mas foram presos por conspiração contra o Estado Democrático de Direito.
Ôôô, Vanderlei, na mosca: inda trouxeram a conserva do Imperador pra decorar o altar. Espelhemo-nos nos alemão e seu rápido e eficaz tratamento contra a gripe monárquica.
Acho que nã o "prÃncipe" Órleans e Bragança humilhou-se a ser mero deputado e aida bate continência a Bolsonaro..
Sêo Muniz, Justa Lerda, o "autoimune ao verossÃmil" foi uma tijolada de ôro, de matar pastor - não de traumatismo craniano, note-se, mas por trauma freudiano. Oscula-se o fiofó do SuÃno-mor, enquanto esse grunhe e refocila: é um show Freak mêmo, coisa que nem o phineas barnum faria tão bem; se fizesse, ia cobrar mais caro. Porque locupletar de grunhidos o ôco de espÃrito, convenhamos, é engodo quase artÃstico. Quase Phineas, o Fogg pode nos ajudar: mandemos o Bozo em volta ao mundo, será mó sú.
No cercadinho,sempre foram contratados nem que o pagamento seja um sanduÃche. Não expontaneedadade aÃ. Só interesse.
No filme Vida de Inseto, os insetos guerream com pássaros numa cena que parece o fim do mundo, e de repente a imagem corta para uma perspectiva que seria de um humano - a paz completa da natureza com dois pássaros no chão, um pouco agitados. Penso que mede-se a ignorância pelo nÃvel de verdade que as pessoas atribuem ao seu universo mental e social. O cercadinho é um ninho de insetos que projetam no mundo suas idiotices.
Os cercadinhos da falta de razão são o principal meio de controle da extrema direita. Cambridge Analytics, Steve Bannon, etc já desenharam toda a história atual há alguns anos. Meu irmão morreu acreditando em todas as besteiras propagadas por essa corja. E ele não era um inculto. Era um mestre pela UFMG. Um estudioso. Um iludido, ao final.
Nilo, Prezado, o que a Cambridge analytica fez no brexit britânico foi ensaio de orquestra: moveu quem tava na beirada, os de opinião limÃtrofe, foi cirurgia por cateterismo. Aqui, a negada abriu o peito, operação com tripas expostas - bem, custou ao Bozo suas tripas, mêmo. Sei lá onde se vai parar se o Luloverno ficar só proseando com "influenciador"... Há de se cavar mais fundo.
Voilà , voltando à s reflexões sobre a unidade na união. Existência. Angústia e neurose limitando o cordeirinho. O porquinho embrazado, brisado e embolhado. Desespero é querer trabalhar. Comer. Reza pra si mesmo, deus algorÃtmico. Torcer pelas reformas. Vencer a burocracia. Colher os resultados. Cegueira, alienação e autoengano é pra quem pode. É carnaval! Vai ter formiga de asa e grilo de óculos.
O apego exagerado ao “cercadinho” levou muitos às grades da cela. Mas nem mesmo essa arquitetura penal se compara ou explica os limites mentais do golpista brasileiro. Kierkegaard diria que a razão é crucificada na fé; o extremista brasileiro aconchega a minguada razão em cercadinhos.
Óia, carÃssimo, bota minguada nisso. Deve dar um conforto na alma, estar ali juntinho dos iguais, do ladinho do Grande Herói, o medÃocre que sai da fossa e resplandece. Parece edição em papel-jorná do mito do self-made-man, que promete a todos a redenção pela superação/anulação das regras: chegou a nossa vez, os holofotes do mundo sobre nós. É engodo do bão, profissa: os fantoches vão em cana, os titereiros arregimentam outros, e a farsa continua.
Perfeito!
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