Comente*

* Apenas para assinantes

comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.

  1. José Cardoso

    Talento existe, assim como a muito mais abundante falta de talento. Só que no caso de habilidades musicais e esportivas os pais aceitam com certa tranquilidade que sua filha não vai ser uma Anita, nem seu filho um Neymar. Mas não aceitam que não tenha talento acadêmico. Tem que se formar em engenharia por exemplo, mesmo que use mais tarde apenas as 4 operações como gerente de área numa empresa.

    Responda
  2. Marcos Benassi

    Ôôô, caríssimo, excelente reflexão sociológica. Se me permite acrescentar, com mínimo rigor - até porque nesse espacículo - a dimensão psicológica, há contributos. Em primeiro lugar, a aprendizagem observacional: muito daquilo que nos conforma é aprendido vicariamente, por observação. E, em direção à sua afirmativa, molda as aspirações: aquilo que nem vejo, não almejo. Mais: se almejar, a crença capacidade de sê-lo é essencial à motivação e à sua manutenção. Autoeficácia, ou crença de capacidade

    Responda
  3. Luis Felipe

    Gostei muito do artigo, acrescento apenas que para aqueles que são a exceção que alcançam algum tipo de ascensão, não esqueçam que a exceção não prova a regra. Devemos lembrar que para um(a) desses(as), há milhares que continuam provando a regra, há gerações e por gerações.

    Responda
    1. Marcos Benassi

      Bingo. Glorificar a exceção pra sustentar o blá "meritativo" é, num olhar benigno, falácia. Sendo menos bondoso, é o discurso que sustenta ideologicamente uma estrutura geral de opressão, manutenção dos estamentos sociais intactos e uma auto-percepção de fracasso e incapacidade. Se juntar a isso algo de que você não pode se livrar, tipo a pele preta, tá feita a confusão pastosa...