Wilson Gomes > País tem duas correntes antipolítica, e ambas se baseiam no horror Voltar
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Continuo achando que a imprensa tem grande responsabilidade no que tange à criminalização da polÃtica.
Infelizmente no Brasil tem sido assim e está piorando e fedendo. Mas se transformarmos seus cindo dogmas em cinco alternativas de uma questão, terÃamos de transformá-la em uma questão de seis alternativas. A sexta seria, Todas as alternativas estão corretas. FecharÃamos a prova, vergonhosamente, mas fecharÃamos. Apesar que muitos já teriam comprado o gabarito pronto e tomariam seus lugares nos assentos do Congresso Nacional ou em algum palácio, assembleia ou câmara municipal desse Brasil.
Todos sabem há muito tempo que há um grave problema de representação no sistem polÃtico. Maioria não sabe nem mesmo em quem votou, como vai cobrar? sistema distrital misto ajudaria a quebrar vários dos vÃcios do sistema atual. Mas fala-se pouco disso porque a maioria acha mais fácil imprecar que pensar.
Quero acreditar que é da politica que deriva toda ordem da sociedade organizada. Acreditar em uma geometria polÃtica, em ideal de progresso, tolerância, modelo de justiça bem dirigido e aplicado na esfera de sociedade. Bem comum, bem estar social. É isso que temos ou um jogo de poder onde, dentro paisagem polÃtica, o que se vê são as táticas de confronto, busca do monopólio do poder, capitalismo de compadrio, distribuição de subornos e as maiores desilusões. Realpolitik.(Claudia F.)
A questão básica dos cinco dogmas é que não se pode generalizar, mas é preciso relevar que o cidadão tem motivos para acreditar neles, já que muitos dos nossos representantes realmente se encaixam nestas descrições. Precisa haver no Brasil mais debates e mais abertura para se discuta sempre a qualidade de nossos polÃticos.
Considero os que excluem a politica de suas vidas e a repelem ferozmente como se fossem superiores, os grandes inimigos da convivência sadia em sociedade. No Brasil esse segmento esta representado pela classe média , em todas suas nuances, seja econômica, seja intelectual, que, na realidade é a grande chaga desse pais.
Se fosse roteiro de filme, diria que era de um muito mal escrito. Quem diria que aquele que possui gentil no sobrenome daria nome para a corrente mais rude e mal-educada no discurso público nacional. "Gentilismo" deveria para a literatura oficial de polÃtica. Parabéns pela sacada, Prof. Gomes. Sobre os 5 dogmas, gostaria de ver uma pesquisa mostrando pelo menos uma estimativa de qual é a porcentagem de veracidade dos itens 1 e 4 aos eleitos no paÃs. Alguém duvida deles sobre o Lira?
Roberto, quando da eleição do Bozo, tive a péssima impressão do "agora chegou nossa vez" coletivo: o liberou geral da quebra de regras, da incivilidade, da ausência do pactuado. É dureza quantificar isso, o oculto, o desprezÃvel, aquilo que tá no armário e só sai quando uma aberração pior se publiciza...
"Gentilismo" deveria *entrar* ...
Ôôô, seu Wilson, eu gostaria mais de ouvir uma discussão sua sobre a criação do "sentimento anti-pt", que não foi produto de geração espontânea ou sequer de uma gênese natural, sem interferência divina. Até porque, de modo torto, a carapuça serviu nimim: *nunca* me referi ao Quadrúpede-ex-Chefe senão como "Bozo"; Bozofrênico, Bozolóide e quejandos, minha comum designação aos seus fiéis, e por aà vai. "Modo torto" porque não é absolutamente antipolÃtico, muito pelo contrário. Mai que é grosso, é.
Os cinco dogmas descrevem bem a antipolÃtica. O paradoxo é que num regime democrático, pouco a pouco os congressistas piores deveriam ser substituÃdos por melhores. Se isso não acontece é porque muitos eleitores (a maioria?) veem o Estado mais como fonte de algum benefÃcio do que como algo sustentado por eles. AÃ, a grande diferença entre eles e seus representantes é que esses tem a chave do cofre.
Poi Zé, José, É de fato algo preocupante. Tem relação, em parte, com a penúria do sufragista: quem o acode de algum modo, acaba tendo seu voto. A colega leitura Valéria, queria fazer uma observação: o Tiririca, embora não seja um parlamentar muito produtivo, é um trabalhador exemplar do legislativo: não falta, aplica-se ao trabalho, e não faz barbaridades. A comparação pode ser boa como piada, até porque é palhaço, mas na prática não se sustenta.
Até que enfim, um comentário inteligente mostrando que entendeu o que leu. Absolutamente verdadeiro quando você diz que os congressistas piores deveriam ser substituÃdos por melhores mas o que temos visto, é o contrário, os piores estão sendo substituÃdos por extremistas da pior qualidade e sem nenhuma cultura e conhecimento mÃnimo para exercer o cargo. Para exemplo de comparação: professor Villa não ser eleito e Tiririca ser reeleito pela terceira vez. Pelo menos Tiririca fica lá invisÃvel.
O Sr. professor só faltou dizer que muito da antipolÃtica vem do "modus operandi" dos...polÃticos. Eles fazem o que fazem e querem que o povo pense o quê? Já leram na Folha quantos os deputados federais e senadores, mesmo os que foram reeleitos ou eleitos pelo DF, vão receber de "verba de mudança". Por favor, um pouco mais de mundo real nessas análises professorais!
Pois é, esse é o dilema a ser enfrentado pelas democracias liberais, pelo menos é o que aponta, para citar um, o "O Povo Contra a Democracia", agora, se não cremos no modelo, é esperar 26, para se repetir as mesmas patacoadas daqueles que, sem moral alguma, apontam para os outros e berram, pega ladrão!
O que as classes dominantes querem é isso mesmo ,a antipolitica .Assim fica mais fácil explorarem o o povà o .
Só faltou dizer que temos que adorar o grade irmão e que nos afastar dele foi a origem de todo mal. Mas a boa citação final até que minimizou o reducionismo da mensagem.
Artigo esclarecedor. Cabe acrescentar que muita gente está na oposição e mantém posição crÃtica aos governos por acúmulo de decepções com as polÃticas - e não por ser antipolÃtica. O movimento social progressista e de esquerda teve grande momento de aglutinação com o PT em 1989. Depois, aos poucos só aumentou o desencanto com o lulismo, com exclusões, abandonos, desistências, mudança de militância, até a explosão libertária de 2013. De lá para cá nada mais alimentou a esperança de mudança real.
Nossa patologia polÃtica decorre de termos um Presidencialismo insepulto e um Parlamentarismo de gestação prolongada e parto dependente de cesariana. Nascido este o povo se politiza. É o sistema democrático por excelência, onde o povo não só admite mas também demite seus governantes. Essa responsabilidade comum valoriza a polÃtica. Que Deus nos ilumine a todos e abraços fraternos em agnósticos e ateus! Namastê!
Caro Benassi. Não é de meu estilo provocar, implicar e muito menos ofender quem quer que seja, antes tenho sido aqui ofendido. Minha recorrência em designar o PT por PEB-Partido das Empreiteiras e dos Banqueiros, decorre do meu respeito pelos trabalhadores, dos quais tenho como exemplo meu falecido( desencarnado) pai. Namastê!
Nelson, meu caro, devo dizer que foi um alÃvio ouvir de você uma reflexão que não trouxesse o seu acrônimo predileto. E não é que eu tenha particular amor pelo PT e seus comportamentos preservacionistas (e não falo do meio ambiente, mas de si próprios), apenas creio que o debate fica melhor sem a manutenção perene da implicância. Também não sei se o parlamentarismo pariria a auto-regulação da responsabilidade comum, mas o argumento fica muito mais bem posto sem a implicância recorrente. GratÃssi
Seria isso é uma teoria do digamos anti-ismo? O antepetismo raiz descende de longa tradição, que já teve as famosas Marchas da FamÃlia com Deus pela Liberdade, que antecederam o golpe de 64. Mas o antepetismo moderno, aquele que elegeu um governo protofascista, tem também uma origem mais curiosa: nasceu dentro da própria disputa polÃtica, quando Aécio Neves perdeu as eleições de 2014 e mobilizou o establishment pelo golpe de 2016.
Poderia, por favor, mencionar em nosso universo polÃtico quem votou contra o Orçamento Secreto ou o aumento do judiciário? Aà começo a crer em pos no Brasil.
Posso lhe dizer. Foram os mesmos psicotipos que votaram a favor dos mecanismos que permitiram o mensalão da era do PEB-Partido das Empreiteiras e dos Banqueiros (nome fantasia PT), que, voltaram ao governo e ao comando do congresso. Que Deus nos ilumine a todos e abraços fraternos em agnósticos e ateus!Namastê!
Tudo, sem excessão na vida é polÃtica. Estes decadentes e grosseiros também fazem polÃtica e se usufruem dela de alguma forma até mesmo econômica, são estes os verdadeiros oportunistas que não largam o osso se fazem de apolÃticos. Vamos deixar de hipocrisia e falar abertamente que a nossa sociedade é resumo do parlamento, ou seja, tem de tudo, aqueles que se divirtuam pelo caminho são muito poucos, não é só uma questão educacional é moral ou amoral, como queiram.
Uai, faltou o terceiro tipo de gente, a gente polÃtica, para quem polÃtica faz parte do seu dia-dia, e são pessoas que sabem como o universo polÃtico é disputado pelas famÃlias de polÃticos tradicionais, pelos patrocÃnios, e quão duro é ter boa gente representando o povo nessa estrutura de poder polÃtico, mas são pessoas polÃticas, acreditam nela, e tomara que se organizem para que tenham bons representantes, pq a maioria vem de patrocÃnios de força econômica, ou até religiosa ultimamente.
Uma das bases da anti-polÃtica é o analfabetismo histórico-cultural de uma sociedade assentada numa tradição de esperteza comercial egoÃsta e acumulação capitalista competitiva e comparativa. A solução só virá com muita educação linguÃstica e de formação humanista.
Bom texto, apenas incluiria quem financia os propagadores como Gentilli. Temos polÃticos bons e ruins, mas rebaixar à todos serve aos interesses de uma elite bilionária, que se acha no direito de ditar seus interesses por meio de jornais, tvs e internet. Sem diferenciar os bons polÃticos dos ruins, abominamdo a polÃtica, bilionários trazem a si o poder de decisão, tirando o poder de voto da população, como com um golpe, por exemplo, ou demonizando bons polÃticos.
Texto brilhante!
Infelizmente, no Brasil, polÃtico e sinônimo de vagabundo. Mas os polÃticos não fazem nada para mudar essa imagem. Não temos ideologia polÃtica, ninguém precisa de 5 partidos comunistas, 15 partidos de direita, 8 partidos da social democracia, etc. Corrupção existe no mundo todo, quando desmascarados, japoneses comete suicÃdio, americanos vão a cadeia, e no Brasil viram heróis, a culpa é do povo.
Vamos trocar de povo, então?
Excelente texto, só quero ressaltar o mau uso da palavra conservador no Brasil. Essa turma que se diz conservadora não quer conservar nada, quer destruir tudo. A extrema direita e outros grupos antipolitica, se dizem conservadores, e não são. Conservador tem programa propósito, e costuma ter partido, não quer destruir o mundo.
Excelente texto! Acrescentaria um terceiro tipo de antipolÃtica: a militância dos identitários. São autoritários, fechados ao diálogo e ignorantes. Dominam três ou quatro jargões e se acham o suprassumo da inteligência progressista. Reativos, prestam um desserviço ao debate público e à democracia. Detonam pontes e cultivam o ressentimento, jogando ração no pasto da extrema-direita.
Excelente texto, porém, acredito que o desprezo pela polÃtica tem origem na forma como a Justiça do Brasil tem atuado, aqui os senhores magistrados cada um faz a interpretação da Lei como bem quer, os magistrados do Brasil contestam tudo, inclusive legisla contra o povo. Congresso e o executivo e a justiça, são inativos na questão dos juros, da reforma agrária, dos créditos, da real distribuição de renda, etc. O Brasil a muito vem doente, é o campeão mundial dos juros e da desigualdade.
Excelente análise, professor. Mas tem a terceira faixa de antipoliticos, que são aqueles que não esbraveja nas mÃdias antissociais, que não ofendem ninguém, são os excluÃdos que não se sentem representados, que não tem poder de lobby, são os periféricos e excluÃdos que são lembrados de 4 em 4 anos.
Acredito que ninguém é antipolÃtica. É anti está polÃtica suja que entrou no Brasil pós anos oitenta. PolÃticos que só entram na polÃtica para enriquecer. PolÃticos que levaram o paÃs e o povo trabalhador ao empobrecimento descomunal.
Homero Feijó. Toda essa turba podre da polÃtica que você citou aà foi abraçada por Lula para juntos saquear os cofres públicos. Se o Lula tivesse investido toda a dinheirama que entrou no paÃs em seus 8 anos de governo em projetos de desenvolvimento econômico; industrial, agrÃcola, turÃstico, saúde, educação etc. o Brasil hoje estaria entre os paÃses do primeiro mundo e governo Bolsonaro não teria existido porque o PT ainda estaria no poder.
Ah, sim, antes de 80 quem governava (os milicos) tinham como presidente de seu partido (ARENA) uma pessoa ilibada, J. Sarney, lÃder no senado outra semelhante: ACM que legislavam apoiados por uma turba, hoje conhecida como centrão. Era muito diferente! Era um paraÃso!
Do Czar da economia da ditadura militar (está vivo! Último remanescente vivo que assinou o AI-5. Escrevia na Folha e na CartaCapital): ´´Não me arrependo de ter endividado o paÃs.`` Hoje, mais ou menos 50% do orçamento federal é para pagar os juros e rolagem da maldita dÃvida. Outra quando perguntado sobre a dÃvida: ´´Aaah... aquilo lá (a dÃvida pública)? Só tacando fogo nos papeis.`` O último general-ditador que deixou a presidência do Brasil, deixou com o paÃs com uma inflação de 360% ao ano.
Antes de 80 era a ditadura militar, tempo em que a fome assolava e matava no sertão nordestino sem que se pudesse publicar, pois eram censuradas as matérias sobre a fome no Brasil. Não adianta, senhor, esta tentativa de vocês, de recontar a história da ditadura, verdadeiramente sanguinária, corrupta e incompetente, fracassou.
Ótimo texto, concordo plenamente e me identifico de pronto com o primeiro grupo. Entendo que não precisaria ser assim, desde que fosse possÃvel encontrar desde sempre, alguém que valesse a pena, minimamente, receber um voto de confiança. Insisto à s vezes, e sem sucesso, em encontrar algo na gestão pública que possa acreditar. Sou influenciado diretamente, diariamente (numa ONG), pela incompetência dos gestores públicos(não importa a bandeira) no trato da coisa pública, no meu caso, Social.
Excelente !
Essa primeira vertente estaria ligada diretamente na aversão ao Estado; na aversão à burocracia do funcionalismo público?
seria o jornalismo, ou pelo menos alguns de seus editorialistas, a expressão desse horror antipolÃtica, em sua versão - como dizê-lo? - mais limpinha ou aristocrática?
eu teria apreciado exemplificações mais, digamos, "encarnadas" dessa primeira variante do horror antipolÃtico. no caso da segunda espécie do tipo, como se diz na bahia, "onde abunda, não faltam" ilustrações.
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