O nome ayahuasca já diz muito: liana dos espíritos, liana dos sonhos, liana do homem morto: aya, 'alma', 'espírito' + huasca, 'liana, 'cipó'. Tomando o chá, absorvemos o espírito da planta com todo seu encanto e poder. Talvez sejam as novas paisagens psíquicas, concretude não-lisérgica das visões azuladas, sensação da falta da gravidade e de certas leis da física que proporcionam uma mudança positiva/curativa nas conexões e na química do cérebro. (Claudia F.)

Marcelo, caríssimo, meu interesse prático excede o intelectual, que já instiga à beça. Ocorre que, pro DMT, não encontrei possibilidade concreta de utilizá-lo: não houve quem encarasse administrá-lo a um usuário de venlafaxina. E, vamulá, como me livrar da dita cuja - de abstinência horrível - previamente à Ayahuasca? É uma faca de dois legumes, uma sinuca de bico. Todavia, é de se tomar o necessário cuidado, e não serei eu a me furtar de fazê-lo.

A ciência convencional precisa se associar às "ciências espirituais" para enteder o Ser Humano em sua complexidade integral, tal como propôs Jung ao aduzir, que o "conhecimento" de todos as técnicas não pode abstrair a relação entre duas almas na Psicoterapia. Com efeito, não se trata depressão sem medicação nem sem espírito. Os religiosos ou espiritualistas são mais resistentes à ideia do suicídio ainda que deprimidos. Isso é estatística, é ciência , e precisa ser levado à sério. Namastê!

Fatos sociais interpretados como patologías implicam que a sociedade está doente de forma coletiva. Ainda dentro da pauta, tem matéria no NYT com depoimento em primeira pessoa de um paciente que tomou ketamina e disse que para ele não só não funcionou como os efeitos eram aterrorizantes.

Estudo e pesquiso a depressão bem como a iatrogenia de Ivan Illich, que trata de maneira especial do fato da classe médica psiquiátrica ter saído das fronteiras da medicina e ter entrado na sociologia transformando em patologias fatos sociais, criando uma nova forma de exploração humana, para que a ciência que se encarre

gou de criar a doença encarregue-se também de seu controle com altos preços de consultas e remédios ineficientes. O fato é que a cura para depressão já existe mas como médicos não conseguiram criar uma nova forma de exploração das pessoas que sofrem com a depresão, ela (a cura) permanece oculta. O fato é que pequenas

de canhâmo em sua forma tradicional se encarregam de restituir a pessoa deprimida sua vida de volta mas é reprimida pelo Estado. Enquanto isso, a população que já poderia usufruir da cura, sofre nas mãos do Estado e de uma classe médica que não conseguiu criar ainda uma nova forma de exploração com consultas

caras e medicamentos eficientes, visto que a cura já existe. Somos uma das sociedades mais atrasadas do mundo quando diz respeito a depressão e a uma cura que já existe e não é praticada.

Que esses estudos possam evoluir para apresentar tratamento medicamentoso eficaz e seguro para os deprimidos que dele possam precisar. A depressão castiga demias os que dela sofrem.