Sérgio Rodrigues > Paranoia pode matar debate sobre palavras que guardam marcas de racismo Voltar
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É por acreditar que a linguagem seja fundada em relações de confiança e respeito, especialmente confiança como a que alimento pelo autor, que não duvidaria da historinha do primeiro parágrafo. Saber que era potoca por outra fonte, aÃ, sim, abalaria gravemente a confiança, mas até lá eu engoliria minha desconfiança, talvez checasse aqui e ali, mas confiaria. Foi sorte a minha continuar a ler.
Caro Sérgio, tão terrÃvel quanto a "paranóica delirante" - talvez + - é o patrulhamento ideológico, na maioria das vezes protagonizado por pessoas q não estão nem aà para qualquer causa identitária, racismo, preconceito, homofobia, injustiça social etc. Na verdade, muitas vezes tratam-se de ações performáticas, q vislumbram unicamente a autoafirmação fundada na mentira de um "politicamente correto". Tipo assim, como um ESG individual. Estou esgotado com tanta hipocrisia e demagogia. Segue...
Hahahahah, meu caro, vinho, cigarros - tenho feito 5O% dos meus com fumo de um plantador que conheço, paranaense - roupas, comidas, farmácias e sei lá que mais. Não fico policiando os outros, mas não me furto a defender que tomemos posição. É algo a se pensar, creio.
Este "movimento" está muito presente nos meios acadêmicos, e pasme, muito na área de "humanas" (por enquanto, daqui a pouco será humanes). Nestes espaços vistos como provÃncia da esquerda progressista, o nÃvel de agressividade dos hiper-identitários está num nÃvel insuportável. O q estes extremistas ditos de esquerda não entendem é q este discurso deles também é doutrinante e acaba alimentando o outro discurso extremo, q é o da direita. Está aà o DNA daquilo q por enquanto está na Flórida...
Mas ele deixou as sementes do ódio por aqui, e uma certa esquerda sem noção vai tratar de adubar, regar e fazer prosperar com seus paranóicos ismos. Assim que der vou para o paÃs dos Zés. É... vou para Nova Zelândia.
Do limão, melhor fazer uma caipirinha. Será que o pessoal do agro vai achar que o nome da bebida discrimina os caipiras?
Eita, carÃssimo, ser rigoroso dá trabalho pacaramba. Eu também tenho uns pudores, tipo com "a coisa tá preta": não sei daonde deriva, mas o som da expressão já me basta pra conter o uso. Quando, após a eleição, fiquei sabendo que os Tabajara sobrevivem e urnas em suas localidades deram O% de votos ao Bozo, penitenciei-me e abdiquei da excelente expressão Cassetóide - como antes havia feito com "programa de Ãndio". Assim como não comprar carne da JBS ou produto da Ypê: custa mais, mas é bom.
Ei Benassi, inclui aà alguns vinhos e cigarrinhos de palha.
Sempre gosto das palavras e da coluna. Boa está do limão. Eu não uso está expressão porque sempre achei que o limão vale por si mesmo
Em fim, racionalidade? Espero. Palavras não possuem significado pétreo, mudam como muda a sociedade, mudam com a forma que são usadas, mudam com o grau de relação entre as pessoas que as utilizam. Ofender, podemos fazer até com elogios. Deixem que as pessoas se entendam e parem de tentar controlá-las. Mas também podemos voltar a falar latim, grego, árabe, persa, swahili etc, só vai ser difÃcil se entender.
Muito bem lembrado Marcos. Mas linguagens técnicas tem uma razão ser: dar precisão ao tratamento de problemas especÃficos (ok, nada que justifique votos de 8 h do juridiquês, normalmente para justificar algo moralmente duvidoso ou de cunho narcisista). O uso de termos advindos do passado tem que ser analisado com base nos tempos atuais, na relação entre interlocutores, na intenção do uso, do contrário, novalÃngua, e ficaremos a mercê do estado, um péssimo negócio.
Bem, Alexandre, como forma de "controle", a linguagem sempre está disponÃvel: basta ver como algaravias especÃficas são usadas pra segregar, com maior ou menor sucesso. O juridiquês é um clássico; o corporativês, contemporâneo e ridÃculo, só não é clássico por falta de idade, mas merece. Como forma de cuidado com o outro, acho que vale, sem paranóia ou mistificação. Ah, dessas lÃnguas todas, só o latim já elvis, o resto tá em pleno uso.
Caro Sérgio seu artigo é muito bom e beira o Hilário, quando as redes difundem estórias sem pé nem cabeça onde a formação lógico formal é deixada em um décimo plano.
Concordo , muito bom texto.
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