As previsões sobre os colapsos das Democracias não falharam. Foi justamente seu sistema. suas liberdades. A possibilidade de críticas. Que permitiram ao sistema se preparar e lidar com seus algozes.

O Roberto Campos costumava dizer que as ditaduras de direita eram bio degradáveis. Foi o caso do Chile de Pinochet, do resto do cone sul da AL, ou de Singapura, Taiwan e Coreia do Sul. O mesmo parece acontecer com o populismo de direita no Brasil e EUA. Já os de esquerda, como Venezuela e Cuba são bem menos recicláveis. Um entulho ambiental.

Pois Zé, dona Hermínia, tal como a senhora e seu colega Marcus indica, as democracias resistem; no entanto, permaneço preocupado. No caso das mudanças no jogo político, vide nosso exemplo corrente, nem tanto o direitismo/autoritarismo, mas um de seus colaterais, incomoda: vejamos a maravilha dos poucos democráticos na máquina do poder, carregando suas capivaras privadas. Milicianos no jogo duro eleitoral, estrada e cavalos: compor com tipos que desrespeitam as regras não será risco excessivo?

O balanço entre a democracia e seu avesso mostra como o processo é modelado pelo acaso e pela aleatoriedade. No longo prazo temos uma regressão à média, mas no caminho essas ideias afetam as decisões na política. Tomamos decisões ruins e julgamentos equivocados quando somos confrontados com o acaso e a incerteza. Isso mostra o tremendo esforço dos cientistas para confirmar o aquecimento global. Até quando vamos negar as evidências? As tragédias nos espreitam.