Mônica Bergamo > Credores se irritam com acionistas da Americanas Voltar
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Não consigo entender como quem promoveu o monopólio do mercado de cerveja no Brasil, para depois lucrar bilhões de reais negociando esse monopólio com os belgas, pode ser visto com admiração. Haja ingenuidade!
A credibilidade do trio foi pro chão, independente do envolvimento de algum deles pela fraude. Daqui para a frente, sua presença como acionistas controladores de empresas passa a ser um sinal de alerta para bancos e investidores. Antes era uma garantia.
Vendam a Americanas sem as dÃvidas e paguem os bancos com o dinheiro. Ou invistam seu dinheiro nela se é que ela vai repor o investimento. Fechar não parece ser necessário, alguém deve querer ela sem as dÃvidas.
Vamos supor que os 3G realmente não soubessem de nada. Ao se descobrir o escândalo, imediatamente deveriam devolver todo o capital multiplicado pela façanha, pelo reconhecimento simples de um favorecimento vultuoso, mês que involuntário. Não o fazendo, no mÃnimo estão exercendo apropriação indébita. Mas é óbvio que eles sempre souberam, ou melhor, cresceram sobre esses mecanismos.
Lemann não precisava disso no ocaso da vida
Quem não precisava disso eram os credores, os investidores e a opinião pública de tentar ser ludibriada com esse discursinho do Lemann de que não sabia de nada. Aprendeu a lorotar com o nine?
O que aqui se faz, aqui se paga. É passação de pano o tempo todo. Nenhuma fortuna é construÃda sobre a legalidade. Esse sujeito criou uma cultura de exploração do trabalhador, do fornecedor, do financiador que atingiu limites exorbitantes. Tudo pelo lucro, tudo pela sua forma de ver a vida. Foi pego, agora aguenta.
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