Infelizmente a cultura ( ou falta dela) que pode ser exemplificada no recebimento de verba para mudança fantasma impera e dificulta todo o resto.

Quanto mais conheço o processo ESG mais fica claro para mim que é somente uma estratégia para se proteger de danos que possam vir das questões ambientais e sociais. Fazer algo para contribuir nesses dois aspectos ninguém quer.

Na última segunda-feira, fui convidado em um órgão público a ministrar um ciclo de palestras para empresários sobre inclusão no mercado. Questionando a eficácia destas ações junto aos próprios pcds, ouvi veementemente, durante 3 horas de discussão, que o problema era insolúvel: importavam apenas as palestras, para alavancar a próxima campanha eleitoral. Recusei. A pessoa que fez o convite, pcd, já apareceu na FSP como grande promotora de inclusão. Descobri ser só propaganda: ela lucra com isso.

"Elas e eles estão certos, mas, na minha opinião, essa não é a questão central. A questão central é que governança, selos e pareceres não substituem caráter." Curti muito este seu texto Leonardo Letelier. Comentei na coluna do Sérgio Rodrigues, e fiz uma analogia sobre a ESG nas empresas e uma certa ESG do indivíduo. Entendo que hoje, muitas pessoas sabem muito mais o que dizer para parecer ser, do que realmente ser. Estão mais no campo performático.

Muitas empresas com selos de ESG, apoiaram na eleição o cidadão que foi para a Flórida, para de lá comandar remotamente aquela coisa de 8 de janeiro. Isso, por si só, já demonstra o pouco compromisso de boa parte da sociedade, e nela as empresas, com a governança ambiental, social e corporativa.

Como pessoas estão nas empresas, se o ESG não for orgânico no indivíduo, não acredito em bons frutos se não for uma verdadeira cultura.

Meio vago. Venceu a cultura escravocrata ou a cultura "tô pagando terceirizado pra não ter que me ocupar com isso"? Senti falta de exemplo de cultura se sobrepondo à estratégia.

Eu acredito no lucro, o problema é a competição. Ser menor significa que será engolida e ficará de fora. Nesse caso vira guerra e vale tudo. Acaba a elegância e entra a ganância.